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Sanepar_destaque Saneparianos querem melhores condições de trabalho e salários

Trabalhadores da Sanepar de todo Estado deflagraram ontem uma paralisação de 24 horas. O motivo do protesto é a luta dos servidores em buscar melhorias nas condições de trabalho e, principalmente, de salário.

No total, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Saneamento (Saemac), os funcionários da Sanepar são cerca de três mil, tanto na parte administrativa quanto entre o pessoal que trabalha nas ruas.

Ontem, em Curitiba, muitos permaneceram mobilizados em frente à sede da empresa, no bairro Rebouças. Porém, cerca de 40% do efetivo ainda foi mantido em atividade.

A categoria reivindica um ganho real de R$ 408,00 para todos os trabalhadores, além de benefícios como adicional de penosidade, gratificação de férias, auxílio alimentação, estabilidade de emprego e segurança no trabalho.

A campanha salarial teve início no último mês de fevereiro e já foram realizadas 48 assembleias. Em uma conversa entre a estatal, os trabalhadores da Sanepar e o Ministério Público do Trabalho (MPT) realizada ontem, a empresa fez uma proposta de 2% de ganho real e de 5% de reajuste, para reposição da inflação acumulada entre março de 2009 e fevereiro de 2010, que foi rechaçada pelos servidores.

“Acredito que essa paralisação foi favorável, uma vez que a Sanepar já ofereceu um ganho real para a gente, ainda que tenha ficada aquém das nossas expectativas. Nesta assembleia de hoje (ontem), decidimos recusar a proposta, todavia retornaremos ao trabalho amanhã (hoje) e vamos continuar conversando até o dia 30. Se até este dia as negociações não avançarem, aí entraremos em greve por tempo indeterminado”, diz o presidente do Saemac, Gerti Nunes.

Segundo ele, hoje o salário inicial de quem começa a trabalhar na Sanepar é de R$ 815. Com os R$ 408 a mais, passaria a R$ 1.223. “Pedimos um aumento real de R$ 408 a todos para que todos possam ter uma recuperação salarial, independente do nível que ocupam”, afirma.

A Sanepar informou que, apesar da paralisação, as atividades operacionais foram realizadas normalmente e que a greve não teve nenhum efeito prático para a comunidade.