O acesso aos medicamentos que compõe o “coquetel” de controle da doença ampliou bastante, passou de 400 mil pessoas em 2003 para 6,65 milhões no ano passado, um aumento em 16 vezes entre os beneficiados. Embora a Aids não tenha cura, com esta medicação os portadores do vírus podem viver anos e até décadas sem que nenhum sintoma se manifeste.
É preciso ressaltar que o Brasil cumpre um papel fundamental em nível mundial para isto ocorrer. O país tem uma produção importante de medicamentos anti-Aids, realiza o tratamento completo pelo Sistema Único de Saúde e, nos últimos anos, tem ajudado no combate à doença no continente africano.
Mas se os números apontam boas perspectivas, é preciso melhorar na forma da sociedade enxergar tanto os portadores do vírus HIV quanto a aceitar a necessidade de realização de exames para controle. Ainda hoje muitos soropositivos são considerados uma anomalia.
Há também muito preconceito ou incompreensão sobre a forma do contágio. Ele se dá por meio de relação sexual sem preservativo, transfusão de sangue, reutilização de agulhas e seringas e de mãe infectada para o filho. Significa que nada irá acontecer se você abraçar, apertar a mão, dividir talher ou respirar o mesmo ar que uma pessoa que possua a doença.
Outro problema grave que tem gerado aumento do número de portadores da doença, em especial entre os jovens, é o medo ou falta de vontade de realização de exames preventivos. Os exames são gratuitos e podem ser feitos em unidades de saúde e nas diversas “blitz” organizadas em campanhas de combate à doença e devem ser realizados pois quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, maior a chance de controle.