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aids-internaDia 1º de dezembro é o Dia Mundial de Combate a AIDS. E no mundo todo ocorrem diversas iniciativas que visam atingir a meta de erradicação do vírus que provoca a doença da face da terra.
A situação não é animadora: chega a 34 milhões o número de infectados em todo o planeta, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU). Apesar do grande desafio, a ofensiva contra o vírus tem surtido efeito e na última década houve uma redução no número de novas infecções.

O acesso aos medicamentos que compõe o “coquetel” de controle da doença ampliou bastante, passou de 400 mil pessoas em 2003 para 6,65 milhões no ano passado, um aumento em 16 vezes entre os beneficiados. Embora a Aids não tenha cura, com esta medicação os portadores do vírus podem viver anos e até décadas sem que nenhum sintoma se manifeste.

É preciso ressaltar que o Brasil cumpre um papel fundamental em nível mundial para isto ocorrer. O país tem uma produção importante de medicamentos anti-Aids, realiza o tratamento completo pelo Sistema Único de Saúde e, nos últimos anos, tem ajudado no combate à doença no continente africano.

Mas se os números apontam boas perspectivas, é preciso melhorar na forma da sociedade enxergar tanto os portadores do vírus HIV quanto a aceitar a necessidade de realização de exames para controle. Ainda hoje muitos soropositivos são considerados uma anomalia.

Por falta de informação, amigos e parentes se afastam exatamente no momento em que a pessoa mais precisa de ajuda e conforto. A verdade é que a pessoa com Aids é como outra qualquer: vive, trabalha, se diverte, constrói família, etc.

Há também muito preconceito ou incompreensão sobre a forma do contágio. Ele se dá por meio de relação sexual sem preservativo, transfusão de sangue, reutilização de agulhas e seringas e de mãe infectada para o filho. Significa que nada irá acontecer se você abraçar, apertar a mão, dividir talher ou respirar o mesmo ar que uma pessoa que possua a doença.

Outro problema grave que tem gerado aumento do número de portadores da doença, em especial entre os jovens, é o medo ou falta de vontade de realização de exames preventivos. Os exames são gratuitos e podem ser feitos em unidades de saúde e nas diversas “blitz” organizadas em campanhas de combate à doença e devem ser realizados pois quanto mais cedo ocorrer o diagnóstico, maior a chance de controle.

Não vamos tapar os nossos olhos e nos silenciar para esta doença que, com os devidos cuidados, pode ser evitada. Basta conhecê-los e não ignorá-los.
*Denilson Pestana da Costa é presidente da NCST/Paraná e do Sintracom Londrina.