NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

O avanço da formalização do mercado de trabalho não é acompanhado na mesma intensidade pela garantia de direitos trabalhistas, principalmente os relacionados à segurança. A conclusão é de um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) divulgado ontem. Segundo o instituto, 37,2% dos entrevistados com emprego formal disseram enfrentar situações de risco à saúde ou de morte no trabalho. No entanto, menos da metade desse grupo (43,2%) informou ganhar adicionais por insalubridade ou periculosidade.

A pesquisa também mostra que quase 90% dos trabalhadores com carteira assinada têm suas horas extras pagas como adicional ou compensadas na forma de banco de horas. O trabalho ainda surpreende mostrando que as horas extras no mercado formal de trabalho só são habituais na rotina de quase 30% dos ouvidos. Em relação aos trabalhadores informais, o relato de hora extra é ainda mais baixo: 8,8%. “Como os trabalhadores sem carteira cumprem uma carga horária maior do que a dos formais, eles não enxergam a hora extra como tal”, interpreta André Gambier Campos, um dos pesquisadores do Ipea responsáveis pelo trabalho.Na percepção dos empregados, a rede de relações pessoais aparece como um dos principais itens na hora da contratação. Ao responder sobre a principal exigência ao ser contratado para o emprego que ocupa, 21,3% dos entrevistados responderam referências pessoais, 23,1% disseram experiência na atividade e 25,8% afirmaram não ter sido feita exigência nenhuma.A pesquisa também mostrou que, apesar de o assunto ser muito debatido, casos de assédio sexual e moral no ambiente de trabalho são marginais. Apenas 4,9% dos entrevistados tiveram conhecimento de situações desse tipo no atual emprego.
Fonte: Gazeta do Povo