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Derrotado na eleição presidencial, candidato se recusou a dizer nome de Lula ao declarar apoio e vive recluso em Fortaleza desde os 3% obtidos em 2 de outubro.

Por Bárbara Carvalho, da GloboNews

Fortaleza, 2 de outubro de 2022. Primeiro turno das eleições. Depois de votar, conceder uma breve entrevista coletiva e dizer que ia comprar figurinhas para o álbum da Copa do Mundo para o filho e tomar sorvete, Ciro Gomes foi para o seu apartamento, de frente para a praia, na Avenida Beira-Mar. Não acompanhou nenhum candidato votando. Como afirmou, foi para casa acompanhar a apuração e, sem sair do prédio, às 20h59, convocou os jornalistas para um pronunciamento no saguão do edifício.

Naquele momento se disse “profundamente preocupado” com o que estava assistindo acontecer no Brasil. “Eu nunca vi uma situação tão complexa, desafiadora e ameaçadora. Por isso, peço a vocês que me deem umas horas para conversar com meus amigos, com meu partido para decidir que rumo iremos tomar para melhor servir à nação brasileira”, complementou Ciro diante de nós, jornalistas.

Cheguei a perguntar se ele responderia uma pergunta sobre o apoio no segundo turno, mas ele já estava caminhando em direção ao elevador, e os assessores disseram que o encontro já tinha terminado.

 

A curiosidade e a preocupação sobre o apoio de Ciro não surgiram à toa. Em 2018, ele deu origem a uma série de memes –e críticas– ao viajar para Paris sem declarar apoio ao candidato do PTFernando Haddad.

 

O único ponto que deixou claro ao conceder uma entrevista – ao fim da apuração do primeiro turno, em frente ao mesmo prédio residencial – foi o de que não apoiaria Bolsonaro: “ele não”.

Naquele momento se disse “profundamente preocupado” com o que estava assistindo acontecer no Brasil. “Eu nunca vi uma situação tão complexa, desafiadora e ameaçadora. Por isso, peço a vocês que me deem umas horas para conversar com meus amigos, com meu partido para decidir que rumo iremos tomar para melhor servir à nação brasileira”, complementou Ciro diante de nós, jornalistas.

Cheguei a perguntar se ele responderia uma pergunta sobre o apoio no segundo turno, mas ele já estava caminhando em direção ao elevador, e os assessores disseram que o encontro já tinha terminado.

 

A curiosidade e a preocupação sobre o apoio de Ciro não surgiram à toa. Em 2018, ele deu origem a uma série de memes –e críticas– ao viajar para Paris sem declarar apoio ao candidato do PTFernando Haddad.

 

O único ponto que deixou claro ao conceder uma entrevista – ao fim da apuração do primeiro turno, em frente ao mesmo prédio residencial – foi o de que não apoiaria Bolsonaro: “ele não”.

Um assessor disse que ele não viajou e permanece em Fortaleza. O presidente do PDT, Carlos Lupi, também confirmou que ele segue em casa. O telefone utilizado pelo candidato durante a campanha está desligado e a ligação cai direto na caixa postal. O número não está vinculado a uma conta de WhatsApp.

 

No Twitter e no Instagram, a única postagem dele depois do pronunciamento foi uma foto ao lado de crianças e apoiadores em comemoração ao Dia de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, no dia 12 de outubro. Na TV Ciro e no YouTube, o último vídeo postado foi justamente o de apoio à decisão do PDT.

A campanha de Bolsonaro não esqueceu Ciro. No programa de rádio desta terça-feira, 18 de outubro, a campanha do candidato do PL usou uma fala de Ciro atacando Lula durante a corrida eleitoral.

G1

https://g1.globo.com/politica/blog/octavio-guedes/post/2022/10/18/ciro-gomes-repete-2018-e-vai-a-paris-sem-sair-do-brasil.ghtml