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Grupo discute adiantar para 2026 eventual atuação do modelo, que está em discussão na Câmara dos Deputados para 2030. Objetivo é aumentar poder do Congresso seja sob Bolsonaro ou Lula.

Após a eleição, no próximo domingo (30), o Centrão promete retomar o debate sobre o semipresidencialismo – independentemente se o vencedor for Lula (PT), que está à frente nas pesquisas, ou Jair Bolsonaro (PL).

O semipresidencialismo é um meio-termo entre o parlamentarismo e o presidencialismo. Neste sistema de governo, a figura do presidente da República fica mantida como nos moldes atuais – escolhido em eleições diretas –, mas é introduzido no cenário político o primeiro-ministro, indicado pelo presidente eleito.

 

No presidencialismo, sistema de governo em vigor no Brasil, o presidente da República acumula a função de chefe de Estado com a de chefe de governo.

 

Em março, a Câmara dos Deputados criou um grupo de trabalho para discutir a adoção do semipresidencialismo no Brasil.

 

A pauta tem o patrocínio do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) – um dos principais líderes do Centrão e hoje um aliado do presidente Jair Bolsonaro –, mas conta com a defesa de diversos parlamentares do Centrão – incluindo o ministro da Casa CivilCiro Nogueira (PP-PI).

À época da criação, a ideia original é que o modelo seja aprovado com vistas a uma eventual adoção em 2030. Mas, diante do cenário eleitoral deste segundo turno, parlamentares do Centrão não descartam antecipar para 2026.

 

“Se apertar, podemos adiantar”, diz um dos caciques do centrão ao blog.

O argumento oficial do Centrão é que, independentemente de quem ganhar, o país deve enfrentar um cenário de instabilidade política – no caso de vitória de Bolsonaro, por causa das ideias golpistas do atual presidente da República; no caso de Lula, porque o próprio grupo deve agir para esvaziar o poder do petista no Congresso.

Mas, para integrantes da campanha de Lula, trata-se de mais um movimento do Centrão para aumentar o seu cacife em negociações nos próximos anos. Ou seja, um Congresso cada vez mais empoderado.

G1

https://g1.globo.com/politica/blog/andreia-sadi/post/2022/10/25/apos-as-eleicoes-centrao-quer-avancar-no-semipresidencialismo.ghtml