Na reunião do Conselho de Representantes foi aprovado, por unanimidade, que não haverá, em nenhuma hipótese a fusão da Nova Central com qualquer outra central sindical. Segundo o presidente José Calixto, não há a menor perspectiva, imediata ou futura de fusão, ao contrário, “o trabalho da NCST vai se concentrar na ampliação e crescimento do número de entidades filiadas para continuar sendo uma das maiores centrais sindicais do País”, disse.
Atualmente, a Nova Central é a terceira central em número de entidades filiadas e tem plenas condições de manter-se entre as maiores em todos critérios de representatividade. “Por isto não há sentido nem possibilidade de propor fusão. Vamos continuar existindo como a Nova Central, até mesmo porque somos a única central do sistema confederativo brasileiro e que, por isso mesmo, defende as conquistas e direitos do sindicalismo histórico”, concluiu José Calixto.
CONFIRA AS DELIBERAÇÕES DA PAUTA DE LUTAS DE 2011:
CONSELHO DELIBERATIVO DESCARTA FUSÃO DA NCST COM QUALQUER OUTRA CENTRAL
O Conselho de Representantes da Nova Central Sindical de Trabalhadores-NCST, reunido na cidade de Caldas Novas-GO, no dia 10 de dezembro de 2010, aprovou os seguintes encaminhamentos:
1 – Considerando a nova conjuntura que o País vai viver a partir do próximo ano, com um novo governo e um novo Congresso; considerando que a realidade mundial, marcada por uma profunda crise econômica e social do sistema capitalista, poderá impactar o nosso País e por conseqüência implicar em prejuízos para os trabalhadores; considerando as características próprias da presidente eleita, a Nova Central realizará seminário nacional no mês de junho de 2011, para avaliar o Governo Dilma Rousseff e deliberar sobre recomendações que a NCST deverá adotar; antecedendo ao seminário nacional, a Diretoria Executiva produzirá documento a ser encaminhado aos diretores nacionais e para as diretorias estaduais que servirá de referência para os debates no seminário;
2 – A Nova Central vai atuar no sentido de elaborar projetos de qualificação profissional e de formação sindical, inclusive para serem desenvolvidos de forma conjunta com as diretorias estaduais, em especial, buscando se habilitar aos incentivos que estarão disponíveis para as áreas de turismo, saúde e construção civil, em função da Copa do Mundo de 2.014; também vai se habilitar aos cursos disponíveis para esta finalidade através de verbas orçamentárias do Congresso Nacional e outras fontes de receita que possam ser utilizadas, neste projeto, mediante convênios e parcerias;
3 – A NCST vai dedicar-se ao trabalho no Congresso Nacional, acompanhando, pressionando e negociando em defesa dos interesses da classe trabalhadora e da organização sindical brasileira, em especial, quanto aos projetos que integram a chamada Agenda Trabalhista: neste sentido são prioridades a redução da jornada de trabalho, a ratificação da Convenção 158 da OIT (demissão imotivada),
4 – A Nova Central vai manter a sua mobilização pelo Fim do Fator Previdenciário, no sentido de derrubar o veto do Presidente Lula, considerando ser esta uma das bandeiras prioritárias para o ano de 2011;
5 – A NCST compreende que as chamadas práticas antissindicais, que devem ser denunciadas e combatidas, não são prerrogativas apenas de governos e de patrões, mas, tratam-se, infelizmente, de método recorrente no próprio movimento sindical, especialmente no âmbito das centrais, caracterizando-se pela utilização de procedimentos escusos e muitas vezes criminosos, para cooptar sindicatos, fraudar registros, com ações desrespeitosas e sem ética, contando, muitas vezes, com o beneplácito de instâncias do Ministério do Trabalho. Neste sentido, a NCST adotará postura de rejeição, denúncia e combate a essas práticas em defesa do maior patrimônio da Central que são as suas entidades filiadas;
6 – A Nova Central vai manter e ampliar o seu trabalho de esclarecimentos e assistência às entidades sindicais que não tenham filiação a nenhuma central sindical, buscando, através do debate democrático, ético e transparente, apresentar a Central, apontar os seus compromissos e os seus princípios e, se assim for a decisão destas entidades, recebê-las como novas filiadas sem que, para isto, tenha que usar qualquer outro expediente que não seja lícito e rigorosamente de acordo com o respeito aos valores maiores da classe trabalhadora;
7 – A Nova Central vai manter a luta em defesa dos interesses dos servidores públicos, em especial para garantir que a Ratificação da Convenção 151 da OIT se efetive, de fato, como direito regulamentado de acesso à data-base, negociação coletiva, aplicação do direito de greve, garantia de liberação de dirigentes sindicais e das mesmas fontes de custeio que são prerrogativas da organização sindical do setor privado;
8 – A Nova Central vai manter a luta em defesa da recomposição dos proventos dos aposentados e pensionistas, mantendo a proposta de que seja assegurada a paridade com as variações dos reajustes do salário mínimo, uma vez que está ocorrendo um achatamento inaceitável no valor destes proventos;
9 – A Nova Central terá como objetivos, em 2011, a realização de atividades voltadas para fortalecer o trabalho de organização da central, envolvendo diretorias, secretarias e departamentos, de acordo com os recursos humanos e financeiros disponíveis e em conformidade com as demandas e necessidades da central;
10 – A Nova Central considera importante e necessária a participação no Fórum Social Mundial 2011 e, para isto, vai se preparar adequadamente para que esta presença no FSM ocorra de forma organizada e qualificada;
11 – A Nova Central vai adotar política permanente de formação sindical para os seus quadros e para novos dirigentes sindicais, inclusive criar o coletivo nacional dos conselhos;
12 – A Nova Central vai concluir levantamento dos conselhos e dos demais fóruns de representação nos quais é garantida a participação dos trabalhadores, através das centrais sindicais, para que a Central assuma os espaços a que tem direito;
13 – A Nova Central vai realizar cursos para esclarecimentos e capacitação dos seus diretores que representam a central em conselhos nacionais e estaduais como SESI, SESC, SENAT , Codefat etc.;
14 – A Nova Central vi buscar meios para estruturar o núcleo de elaboração de projetos da Central, destinado à elaboração de projetos de qualificação profissional e de formação sindical;
15 – A Nova Central vai definir temas parra organizar campanhas de interesse social e pertinentes com as demandas dos trabalhadores;
16 – A Nova Central vai trabalhar, lutar e se mobilizar para regulamentar as categorias profissionais que ainda não estão regulamentadas, especialmente concentrando a luta na regulamentação de categorias como motorista, comerciários, profissionais de segurança pública em ferrovias (Polícia Ferroviária Nacional) etc.
17 – A Nova Central vai atuar no sentido da regulamentação dos bingos como atividade econômica necessária à geração de renda e emprego;
18 – A Nova Central vai atuar para a alteração do artigo 2º. do artigo 114 da Constituição Federal, retirando a expressão de “comum acordo” que, na prática, inviabiliza o dissídio coletivo;
19 – A Nova Central manter a luta pela aprovação do Projeto 248 do Senador Paulo Paim, restabelecendo a Contribuição Assistencial como uma das fontes de custeio da organização sindical brasileira ;
20 – A Nova Central manterá a luta nos debates das questões de gênero, dando ênfase especial na implementação das propostas das mulheres trabalhadoras aprovadas na Assembléia da Classe Trabalhadora em 1º de junho de 2010 e encaminhadas à presidente eleita Dilma Rousseff, que incluem a ratificação da Convenção 156 da OIT, bem como vai atuar no acompanhamento dos projetos de interesse da mulher e da juventude trabalhadoras em tramitação no Congresso Nacional;
21 – A Nova Central vai participar de fóruns nacionais e internacionais que debatam e encaminhem questões de interesse da classe trabalhadora, atuando de acordo com os seus princípios e conforme os objetivos que justificaram a sua criação.
Fonte: NCST