por NCSTPR | 03/06/25 | Destaque, Notícias NCST/PR
A Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) participa da 113ª Conferência Internacional do Trabalho, promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), que ocorre entre os dias 2 e 13 de junho, em Genebra, Suíça. O evento reúne representantes de governos, empregadores e trabalhadores de 187 países para debater os principais desafios e perspectivas das relações de trabalho no mundo contemporâneo.
Neste ano, cinco comissões temáticas centrais estão em destaque na Conferência: proteção contra riscos biológicos no ambiente de trabalho, trabalho decente na economia de plataformas, informalidade e transições para a formalidade, contribuição tripartite para a Segunda Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social (2025) e medidas sobre a situação de Mianmar. Além disso, a Conferência contará com a tradicional Comissão de Aplicação de Normas, responsável por analisar o cumprimento das convenções internacionais ratificadas pelos países-membros.
Segundo Denilson Pestana da Costa, Diretor de Relações Internacionais da NCST, os temas escolhidos são estratégicos para a classe trabalhadora global, especialmente diante dos atuais desafios impostos por crises econômicas, transformações tecnológicas e mudanças climáticas.
“A Conferência deste ano aborda questões centrais para o futuro do trabalho. A NCST tem representantes em todas as comissões, refletindo nosso compromisso com a luta por condições dignas, inclusão e justiça social. É uma oportunidade fundamental para incidir sobre as políticas internacionais do trabalho”, afirmou Pestana.
A primeira comissão trata da proteção contra riscos biológicos no ambiente de trabalho, com atenção especial aos efeitos do estresse térmico, intensificados pelas mudanças climáticas.
Representantes da NCST: Denilson Pestana da Costa e Gladston Almeida Caja.
“Esse é um tema de saúde pública e justiça climática. Trabalhadores expostos ao calor extremo precisam de proteção urgente”, destacou Pestana.
A segunda comissão discute o trabalho decente na economia de plataformas digitais, com foco na elaboração de uma convenção internacional da OIT prevista para 2026, que assegure direitos mínimos a trabalhadores de aplicativos.
Representantes da NCST: Tarcísio Brandão Melo e Cristiano Brito Alves Meira.
“Vai ser uma disputa acirrada. As grandes plataformas estão mobilizadas para manter o modelo atual, baseado na precarização e na informalidade. Nós estamos aqui para garantir direitos”, afirmou Pestana.
A terceira comissão aborda abordagens inovadoras para enfrentar a informalidade e promover transições para a formalidade, um tema especialmente relevante para a América Latina e o Brasil, onde milhões de pessoas ainda vivem do trabalho informal.
Representantes da NCST: Reinaldim Barboza Pereira e Carlos Roberto Da Cunha.
A quarta comissão discute a contribuição tripartite da OIT para a Segunda Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Social (2025), que será realizada pelas Nações Unidas. O objetivo é construir uma participação sindical qualificada nas estratégias globais de desenvolvimento.
Representantes da NCST: Moacyr Roberto Tesch Auersvald e Alison Aparecido Martins de Souza.
A quinta comissão trata de medidas sob o Artigo 33 da Constituição da OIT para assegurar a conformidade de Mianmar com as recomendações da Comissão de Inquérito, diante das violações graves dos direitos humanos e sindicais no país.
Representantes da NCST: Antônio Alpendre da Silva e José Orlando dos Santos.
A NCST reafirma seu compromisso com a defesa de direitos trabalhistas universais, condições dignas de trabalho e desenvolvimento com inclusão social. A atuação da entidade em Genebra, ao lado de organizações sindicais de todo o mundo, busca transformar os debates em normas concretas, eficazes e aplicáveis.
“Nossa delegação está comprometida em contribuir ativamente com os debates e articular avanços concretos. Estamos diante de uma Conferência decisiva para o futuro do trabalho”, concluiu Denilson Pestana.

por NCSTPR | 16/05/25 | Destaque, Notícias NCST/PR
Evento reúne lideranças sindicais de todo o continente para debater democracia, direitos trabalhistas e desafios globais
O Diretor de Relações Internacionais da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Denilson Pestana da Costa, está participando do 5º Congresso da Confederação Sindical das Américas (CSA), que começou nesta terça-feira, 13 de maio, e segue até o próximo sábado (17), em Santo Domingo, na República Dominicana. Com o tema “Sindicalismo Sociopolítico das Américas, para defender a classe trabalhadora e ampliar a democracia”, o evento reúne delegações de dezenas de países das Américas para discutir os principais desafios enfrentados pela classe trabalhadora na atual conjuntura.

Representando a NCST, Denilson Pestana da Costa integra as atividades de formulação estratégica e articulação política internacional da CSA. O Congresso ocorre em um momento decisivo para o sindicalismo das Américas, marcado por ataques aos direitos trabalhistas, avanço de projetos autoritários, impactos da automação e emergência climática. “A participação da NCST neste Congresso é fundamental para reafirmar o compromisso do sindicalismo brasileiro com a democracia, com a justiça social e com a solidariedade entre os povos do continente”, afirma Denilson.
Ao longo da programação, estão previstos painéis e debates sobre a precarização do trabalho, a ascensão da extrema direita na política regional, as transformações no mundo do trabalho diante das mudanças tecnológicas e demográficas, e a urgência de uma transição energética justa. Denilson também acompanha as discussões sobre a reforma dos estatutos da CSA, a eleição da nova diretoria e a formulação de resoluções políticas que orientarão a atuação da entidade nos próximos anos.

Na sexta-feira (16), durante o painel sobre a crise no Haiti, Denilson destacou a importância da solidariedade internacional e da atuação sindical em defesa dos direitos humanos e da soberania dos povos. “A crise haitiana é um reflexo extremo de um modelo que marginaliza países inteiros em nome do lucro. O movimento sindical tem o dever histórico de denunciar essas injustiças e construir alternativas pautadas na dignidade, no diálogo e na autodeterminação dos povos”, declarou.
A presença da NCST no 5º Congresso da CSA também reforça o compromisso da central com a construção de uma agenda sindical internacional conectada às lutas por igualdade de gênero, justiça climática, educação pública e combate às desigualdades estruturais no mundo do trabalho.

O Congresso da CSA termina no sábado (17), com a posse da nova diretoria e discursos de autoridades internacionais, como o Diretor-Geral da OIT, Gilbert Houngbo, e o Secretário-Geral da Confederação Sindical Internacional (CSI), Luc Triangle. A participação ativa da NCST contribui para fortalecer o sindicalismo sociopolítico nas Américas e ampliar o protagonismo do Brasil na defesa de uma globalização com justiça social.


por NCSTPR | 13/05/25 | Destaque, Notícias NCST/PR
Na manhã desta terça-feira (13), lideranças sindicais e representantes do Ministério Público do Trabalho se reuniram em Curitiba-PR para participar da audiência coletiva “Desafios e estratégias do movimento sindical no contexto atual”. O evento, realizado no auditório do MPT-PR, contou com a presença de representantes das principais centrais sindicais do estado, além de entidades independentes e autoridades do mundo do trabalho.
A mesa de abertura foi composta por RUBIA VANESSA CANABARRO, Procuradora do Trabalho do MPT-PR, que deu as boas-vindas aos participantes e destacou a importância do diálogo institucional entre o MPT e as organizações sindicais. Ao seu lado, estiveram LUIZ CARLOS DOS SANTOS, Secretário de Combate ao Racismo da CUT-PR e Diretor da APP Sindicato; JEFFERSON ALLHANSER DE ALMEIDA ROSA, Advogado da FORÇA SINDICAL-PR; NILTON PEREIRA CAMPOS, Vice-presidente da Região Sul da NCST-PR e Diretor da FETRACONSPAR; GLADIR BASSO, Vice-Presidente da UGT-PR e Presidente da FEEB-PR; e AYRTON PONTES, Diretor do SENGE-PR, representando os sindicatos independentes.
Um dos destaques da programação foi a palestra do economista Sandro Silva, supervisor técnico do DIEESE, que apresentou um panorama da conjuntura econômica do país desde a aprovação da reforma trabalhista. Em sua análise, Sandro evidenciou os impactos negativos da reforma sobre os sindicatos e os trabalhadores, ressaltando a perda de poder de negociação coletiva, a precarização das condições de trabalho e a queda na renda e na formalização do emprego. O economista também alertou para a necessidade de reconstrução de políticas públicas e de fortalecimento das entidades sindicais como forma de reequilibrar as relações entre capital e trabalho.
Durante suas falas, os integrantes da mesa destacaram os principais desafios enfrentados pelo movimento sindical no cenário atual, marcado por reformas legislativas, precarização das relações de trabalho e tentativas de enfraquecimento da representação coletiva. Também foram discutidas estratégias de resistência e reorganização do sindicalismo para garantir a proteção dos direitos trabalhistas e o fortalecimento da democracia sindical.
A audiência teve como objetivo promover o intercâmbio de experiências, fortalecer a articulação entre as entidades e pensar conjuntamente saídas para o enfrentamento dos obstáculos impostos à atuação sindical. Ao final, os participantes ressaltaram a importância da união entre as centrais e do apoio de instituições como o MPT para a efetiva defesa dos direitos da classe trabalhadora.
Confira abaixo a transmissão do evento:
por NCSTPR | 05/05/25 | Destaque, Notícias NCST/PR
Hoje, 1º de maio, celebramos o Dia Internacional do Trabalhador – uma data que carrega a memória de lutas históricas e conquistas fundamentais da classe trabalhadora. É um momento para homenagear cada trabalhador e trabalhadora que, com esforço diário, constrói o país, mas também para refletir sobre os desafios que ainda enfrentamos.
Nos últimos anos, temos presenciado ataques sistemáticos aos direitos trabalhistas. A Reforma Trabalhista de 2017, por exemplo, flexibilizou normas que antes protegiam os trabalhadores, permitindo jornadas exaustivas, redução de salários e fragilização das negociações coletivas. Além disso, a terceirização irrestrita e a prevalência do negociado sobre o legislado colocaram em risco conquistas históricas, como o descanso semanal remunerado e as férias.
Essas medidas, impulsionadas por interesses da bancada patronal no Congresso Nacional, visam enfraquecer a organização dos trabalhadores e reduzir custos às custas de direitos fundamentais. No Judiciário, decisões que flexibilizam ainda mais as relações de trabalho contribuem para a precarização e a insegurança no emprego.
Diante desse cenário, o movimento sindical se mostra mais necessário do que nunca. Foram os sindicatos que conquistaram direitos como o salário mínimo, a jornada de oito horas, o 13º salário, a licença-maternidade e as férias remuneradas. Eles atuam na defesa coletiva dos trabalhadores, negociando melhores condições de trabalho, salários dignos e benefícios, além de oferecerem suporte jurídico e lutarem contra práticas abusivas.
Fortalecer os sindicatos é fortalecer a democracia e a justiça social. É garantir que a voz dos trabalhadores seja ouvida e respeitada. Neste 1º de maio, celebremos as conquistas, mas também renovemos nosso compromisso com a luta por um trabalho digno, justo e valorizado para todos.
por NCSTPR | 24/04/25 | Destaque, Notícias NCST/PR
Nos dias 23 e 24 de abril de 2025, Brasília é palco do 14º Fórum Sindical do BRICS, reunindo representantes das centrais sindicais dos países membros e parceiros do bloco econômico. O evento tem como objetivo promover a cooperação e o diálogo entre as nações, abordando temas cruciais para o futuro do trabalho.
Denilson Pestana da Costa, Diretor de Relações Internacionais da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), representou a entidade no fórum. Sua participação foi fundamental para reforçar o compromisso da NCST com a construção de uma governança global mais inclusiva e sustentável.
Durante o evento, foram discutidos temas como a transição justa para uma economia sustentável, os impactos da inteligência artificial no mercado de trabalho, a efetividade do multilateralismo e a promoção da justiça social, paz e democracia. Esses debates são essenciais para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam preservados em um mundo em constante transformação.
A presença de Denilson Pestana da Costa no 14º Fórum Sindical do BRICS destaca a importância da atuação sindical no cenário internacional e reafirma o papel da NCST na defesa dos interesses da classe trabalhadora.
Confira no vídeo abaixo a intervenção da Nova Central no evento.
por NCSTPR | 26/03/25 | Destaque, Notícias NCST/PR
Teve início hoje, em Brasília, a Cúpula Sindical Pré-COP30, promovida pela Internacional de Trabalhadores da Construção e da Madeira (ICM), reunindo lideranças sindicais, especialistas e representantes do governo para discutir os impactos da crise climática no mundo do trabalho e a necessidade de uma transição justa. O evento ocorre em um momento crucial, com o Brasil prestes a sediar a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30).
Durante a abertura, o presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Moacyr Roberto Tesch Auersvald, destacou a importância da participação dos trabalhadores nas decisões relacionadas à transição energética e ao desenvolvimento sustentável. “Não há transição justa sem trabalhadores e trabalhadoras. Não há futuro sustentável sem trabalho decente. E não há desenvolvimento sem justiça social”, afirmou.
Os debates do evento abordam a necessidade de um modelo econômico que integre sustentabilidade e justiça social, além da urgência em combater o desmatamento e garantir condições dignas para os trabalhadores. Dados alarmantes foram apresentados: em 2023, 3,7 milhões de hectares de floresta primária tropical foram perdidos, resultando na emissão de 2,4 gigatoneladas de CO2. A exploração ilegal e predatória das cadeias de produção florestais também foi um dos pontos de destaque, sendo apontada como um dos principais desafios para a proteção ambiental e dos trabalhadores.
A NCST, que representa mais de 1.100 sindicatos, com forte presença na Amazônia e nos setores da construção civil e moveleiro, enfatizou a necessidade de promover empregos verdes e investimentos em qualificação profissional para uma economia de baixo carbono. “Precisamos garantir que a transição climática traga oportunidades reais de trabalho e proteção social para aqueles que constroem e movem este país”, ressaltou Auersvald.
Outro ponto abordado foi a vulnerabilidade dos trabalhadores frente às mudanças climáticas. O calor extremo nos canteiros de obras e os desastres ambientais colocam em risco a segurança e a saúde dos profissionais. A adoção de medidas de adaptação climática e a inclusão dos direitos trabalhistas nas políticas ambientais foram defendidas como prioritárias.
A Cúpula Sindical segue até amanhã, dia 27, com discussões sobre políticas públicas, certificação florestal e soluções sustentáveis. O evento se consolida como um marco na luta sindical por um futuro mais justo e sustentável, reafirmando o compromisso das entidades representativas com a defesa dos direitos dos trabalhadores e da preservação ambiental.