A presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Selma Balbino, afirmou que os aeroviários estão fazendo um protesto no aeroporto internacional Tom Jobim (Galeão) que deve durar até a 0h desta quinta-feira. Segundo ela, o objetivo é fazer uma paralisação de 20% dos funcionários.
O protesto leva em conta a decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), diz Balbino, que obriga a manutenção de um efetivo de 80% dos trabalhadores do setor aéreo.
Uma outra decisão, da Justiça Federal do Distrito Federal, proibiu a organização de qualquer greve em todo o país até 10 de janeiro, sob pena de multa de R$ 3 milhões por dia no caso de descumprimento. Balcino disse que até agora não foi notificada de qualquer decisão judicial.
A presidente afirma que serão feitas manifestações semelhantes nos aeroportos de Confins, em Minas; Salvador, na Bahia; e Brasília, no Distrito Federal.
Apu Gomes/Folhapress | ||
Fiscais da Anac circulam pelo saguão do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, no inicio da manhã |
Questionada sobre a nova proposta apresentada pelas empresas aéreas, de reajuste de 8% nos salários, Balbino disse que o percentual é muito abaixo do que os aeroviários querem, de 13% a 15%. Além disso, a categoria reivindica aumento de 30% para os que recebem o piso. O piso de parte dos aeroviários é de R$ 704.
Balbino afirmou que o aeroporto está com policiamento reforçado e que há dificuldade para falar com os trabalhadores. “O Jobim [Nelson Jobim, ministro da Defesa] pediu ao governador para botar a polícia em cima da gente, os bandidos do Rio devem estar pulando de alegria”, disse.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas suspendeu a decisão de entrar em greve no começo da manhã de hoje. As companhias aéreas apresentaram uma nova proposta de reajuste, mas o percentual ainda não foi votado em assembleia por trabalhadores em terra (aeroviários) e tripulantes (aeronautas).
Fonte: Folha de S. Paulo