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Pela terceira vez, a reunião entre os motoristas e cobradores com as empresas de ônibus de Curitiba terminou sem acordo, na tarde de ontem. Mais uma rodada de negociações foi marcada para a próxima terça-feira (8).

A proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp) ficou muito próxima do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 6,27%, o que não atende à reivindicação da categoria, de reajuste de 38%. No entanto, o valor exato oferecido pelas empresas não foi divulgado. “Não foi definido nada.

A contraproposta patronal é irrisória, não foi aceita por nós. Quem tem que ter pressa são eles”, afirmou o vice-presidente do Sindicato dos Motoristas e Cobradores nas Empresas Transportes de Passageiros de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), Dino César Morais de Mattos.

A data-base da categoria venceu no último dia 1.º mas, segundo o Sindimoc, o reajuste será retroativo, quando aprovado. Por enquanto, ainda se evita falar de uma possível greve de motoristas e cobradores.

Enquanto funcionários e empresários de ônibus discutem o aumento, uma pesquisa divulgada pelo curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Paraná (UFPR) vem causando polêmica por apontar como ruim o transporte coletivo de Curitiba.

A conclusão da pesquisa, feita com cerca de 2 mil usuários de ônibus de todas as linhas que passam pelas canaletas exclusivas, mostra que o sistema precisa de mudanças e que perdeu a qualidade de décadas atrás. Entre os entrevistados, 75% responderam que o serviço é insatisfatório, com classificação que vai do regular ao péssimo.

A Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs), responsável por gerenciar o transporte coletivo da cidade, rebate a pesquisa com outro levantamento, feito pelo instituto Paraná Pesquisas e cujo resultado demonstra que o índice de aprovação chega a 64%.

“Sabemos que o sistema tem que ser melhorado, mas pesquisas internas também mostram que o curitibano está satisfeito”, defende o diretor de Transportes da Urbs, Lubomir Ficinski.

Segundo o diretor, a tarifa de ônibus deve ser aumentada em breve. “Há uma defasagem. Da composição total, 45% são de gastos com profissionais e 25% de combustíveis”, explica.

Fonte: Paraná Online