A projeção mediana das instituições ouvidas pelo Valor Data já apontava para uma estabilidade no mês
Por Nathália Larghi, Valor Investe — São Paulo
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), conhecido como “prévia do PIB”, subiu 0,01% em novembro ante outubro, segundo a autoridade monetária.
A projeção mediana das 22 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data já apontava que o IBC-Br mostraria uma estabilidade em novembro ante outubro. As estimativas iam desde uma queda de 0,7% até alta de 0,6%.
No acumulado de 2023 até novembro, o indicador registrou alta de 2,40%. Em 12 meses, o avanço era de 2,31%. Na comparação anual, de novembro de 2023 ante o mesmo mês de 2022, a alta foi de 2,19%.
E o meu bolso com isso?
O IBC-Br, como o próprio “apelido” sugere, ajuda o Banco Central a antecipar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB). E isso ajuda a definir também o futuro da taxa básica de juros da economia.
Isso acontece porque um indicador de atividade econômica mostra também o quanto um país pode gerar de inflação. Afinal, se a economia está forte e acelerada, as pessoas tendem a consumir mais e, com isso, ops preços sobem. Há, portanto, mais pressão inflacionária.
No cenário oposto, como o que aconteceu agora em novembro, a atividade está menos aquecida, então há menos pressão na alta dos preços. Portanto, isso permite que o Banco Central acelere o corte dos juros sem comprometer a economia.
Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano, vinda de sucessivos cortes de 0,5 ponto percentual. Agora, o mercado espera dados que corroborem a tese de que é possível que a autoridade monetária aumente a magnitude das quedas para 0,75 ponto percentual.
Afinal, com juros menores, a renda fixa passa a ter uma rentabilidade menor e os investidores voltam para a bolsa em busca de mais oportunidades. Pelo lado das empresas, as companhias ficam com suas dívidas menos pressionadas, o que melhora seus resultados financeiros e também tende a se refletir em suas ações.
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