O vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a projetar, nesta terça-feira (18/11), um cenário de queda na taxa básica de juros. Segundo ele, os cenários de inflação na meta e câmbio em R$ 5,30 farão com que o Conselho de Política Monetária (Compom), do Banco Central, reduza a Selic nas próximas reuniões.
“Os juros se elevaram para segurar a inflação. Poucos meses atrás, o dólar estava em R$ 6,30. Hoje, está por volta de R$ 5,30. A inflação de comida, no ano passado, subiu porque houve queda na safra por causa da seca. Isso aumentou o preço da comida. Já nesse ano, a safra é recorde”, explicou Alckmin sobre motivos que devem ser analisados para uma possível queda de juros.
O vice-presidente, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, participou hoje de um evento da indústria automobilística, realizado em São José dos Pinhais, no Paraná.
No encontro, a francesa Renault e a chinesa Geely fecharam uma parceria de R$ 3,8 bilhões para o desenvolvimento de plataformas eletrificadas e tecnologias de baixas emissões, que darão origem a produção de novos modelos no Brasil.
Questionado sobre projeção de quando esses novos produtos entrarão no mercado brasileiro, Alckmin foi enfático em condicionar o lançamento a uma possível queda na Selic.
Mercado projeta manutenção da Selic em 15%
Enquanto o governo trabalha com a ideia de redução nos juros na última reunião do Copom deste ano, entre 9 e 10 de dezembro, o mercado projeta que o próximo encontro do Copom deve resultar na manutenção da taxa de 15% ao ano.
Já o Comitê de Política Monetária, em seu comunicado oficial após a reunião de novembro, pontuou que o atual cenário econômico “exige cautela na condução da política monetária”.
“O Comitê avalia que a estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”, afirmou o comunicado.
CORREIO BRAZILIENSE
