Um dia após ter dito que abriu mão da pré-candidatura à Presidência da República, o ex-juiz Sergio Moro, nesta sexta-feira (1/4), mudou o discurso. Ele anunciou que não desistiu “de nada” e que não será candidato a deputado federal pelo seu novo partido, União Brasil.
“Preciso esclarecer a todos que eu não desisti de nada. Muito
menos de meu sonho de mudar o Brasil. Pelo contrário. Sigo firme na construção de um projeto para o país”, disse ele, em pronunciamento à imprensa.
Moro saiu do Podemos, pelo qual era pré-candidato a presidente, para se filiar ao União Brasil nesta quinta-feira (31/3). Uma das condições para a mudança era justamente não concorrer ao cargo de presidente. O secretário-executivo do partido em São Paulo, Alexandre Leite, informou que ele seria candidato a deputado, mas o ex-chefe informal da falecida “lava jato” desmentiu o dirigente.
“Não tenho ambição por cargos. Se tivesse, teria permanecido juiz federal ou ministro da Justiça. Não tenho necessidade de foro ou outros privilégios que sempre repudiei e defendo a extinção. Aliás, não serei candidato a deputado federal”, afirmou.
Em seu discurso, Moro ainda defendeu uma terceira via, no intuito de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (PSL) e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no pleito marcado para outubro. Para isso, pediu uma articulação democrática com outros políticos cotados à disputa presidencial — João Doria (PSDB), Eduardo Leite (PSDB), Simone Tebet (MDB), Luiz Felipe d’Avila (Novo) e André Janones (Avante) — e demais lideranças partidárias.
“Filiei-me ao União Brasil com a intenção de auxiliar a unificação do centro democrático, exigência para derrotar o populismo e o radicalismo que ameaçam a nação”.
Revista Consultor Jurídico
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