Curitiba – Os head hunters procuram talentos geralmente para cargos de presidência, diretoria, conselho de administração, gerência e técnicos especializados como engenheiros. São profissionais que possuem, no mínimo, um curso superior e especialização.
Na hora de buscar alguém no mercado de trabalho conta muito a rede de contatos que esta pessoa possui, a formação e os resultados que atingiu ao longo de sua carreira. A dica de Bernt Entschev é que os profissionais procurem expor o seu trabalho escrevendo, participando de redes sociais na internet e até concedendo entrevistas. Além disso, para ser cobiçado pelo mercado de trabalho é importante que a pessoa volte a estudar a cada três ou cinco anos.
O administrador Márcio Viana, 39 anos, foi descoberto por uma head hunter. Ele era gerente de vendas e atuava há oito anos na Vale do Rio Doce em Vila Velha, no Espírito Santo. ”Eu não estava com o currículo na praça”, contou.
A head hunter fez, segundo ele, um verdadeiro ”trabalho de encantamento” para convencê-lo a mudar de empresa e de cidade. ”Fizemos todo o processo por telefone e só no final fui conhecê-la pessoalmente”, contou.
Hoje, ele trabalha na Construtora Cbemi, em Curitiba, e assumiu o cargo de diretor comercial. O que fez Viana tomar a decisão foi o desafio que ele teria na nova empresa: realizar a profissionalização em uma empresa familiar.
Ele conta que recusou uma promoção na Vale do Rio Doce para o cargo de gerente geral e resolveu vir para o Paraná. A proposta salarial, segundo ele, ”foi a cereja do bolo”. Para ele, o ponto negativo foi o clima de Curitiba que é muito frio.
”A head hunter não revelou como me encontrou. Como profissional foi um reconhecimento pelo meu trabalho”, destacou. Ele tem MBA em gestão empresarial e fez um curso de extensão em logística, no Canadá.