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Sete estados brasileiros, inclusive o Paraná, receberam ontem a autorização formal do governo federal para aumentar o limite de endividamento previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Eles poderão emprestar um montante total de R$ 21,3 bilhões para obras de infraestrutura. O governo paranaense poderá contrair empréstimos internos e externos adicionais de até R$ 1,192 bilhão.

Acordo para liberação dos recursos foi assinado ontem pela presidente Dilma Rous­­seff com governadores e re­­presentantes do Paraná Ala­­goas, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e de São Paulo. O governador paranaense, Beto Richa (PSDB), estava presente na solenidade.

De acordo com o secretário estadual da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, os recursos que o Paraná busca serão financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econô­­mico e Social (BNDES), Banco Mundial (Bird) e Banco In­­teramericano de Desen­­volvimento (BID). “Vão proporcionar a execução de programas nas áreas de infraestrutura, segurança, saúde, família e transportes. Todos preveem a geração de renda e de emprego”, disse.

Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a ampliação da capacidade de endividamento servirá para que os estados invistam e, com isso, afastem o risco de contágio da crise internacional no Brasil. “A ampliação dos limites fiscais para os estados não conflita com a nossa política fiscal e sim a reforça. Todos os estados têm melhorado suas contas e a Lei de Responsabilidade Fiscal está sendo cumprida à risca”, destacou ele.

A ampliação da capacidade de endividamento dos estados não resultará em desembolsos por parte da União. Isso porque esses estados apenas tiveram aumentados os limites impostos pela Lei de Res­­ponsabilidade Fiscal para a obtenção de empréstimos.

No mês passado, a presidente Dilma havia assinado acordo semelhante com mais dez estados, que tiveram R$ 15,7 bilhões liberados, totalizando R$ 37 bilhões em aumento de re­­cursos neste ano. Até o fim do ano, mais oito estados assinarão o acordo – apenas o Amapá e o Tocantins ficarão de fora porque não aderiram ao programa de ajuste das contas públicas.