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Ao discutir a geração de energia renovável no país, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quarta-feira (4) que não há espaço para se discutir “fantasia” na Rio+20, a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, a ser realizada em junho no Rio de Janeiro.

A afirmação foi feita durante encontro do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, no Palácio do Planalto. A presidente defendeu a produção de energia hidrelétrica, posição que será levada à conferência.

Dilma disse que “fica difícil” garantir energia renovável que não seja hídrica. “Para garantir energia de base renovável que não seja hídrica, fica difícil, né? Porque eólica não segura, né? E todo mundo sabe disso”.

Dilma ponderou, no entanto, que faltam reservatórios nas hidrelétricas brasileiras, o que poderá demandar reforço da matriz eólica. “Deus nos ouça que a eólica consiga ser reservatório de hidrelétrica no Brasil. Deus nos ouça. Nós vamos ter que suar a camiseta tecnicamente”, afirmou.

A presidente se lembrou da época em que era secretária de Energia, Minas e Comunicações do Rio Grande do Sul e disse que conhece o assunto porque já “mediu vento”. “Não tem como estocar vento, não tem como. […] Não sei se vocês sabem, mas não venta 24 horas por dia nem 365 dias por ano. Eu testou falando isso porque eu já medi vento em Porto Alegre”, afirmou.

A presidente afirmou que, na conferência, o Brasil precisa “propor um novo paradigma de crescimento”.

A presidente afirmou que a discussão sobre geração de energia tem que ter “base científica” e que os países não devem apresentar propostas “olhando para o seu próprio umbigo”.

“Eu tenho de explicar às pessoas como elas vão comer, como terão acesso a água e energia. Eu não posso dizer para elas que só com eólica é possível iluminar o planeta. Não é”, afirmou.