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Uma recuperação da indústria brasileira só deve mostrar mais firmeza a partir da segunda metade de 2012, com maior aderência das medidas tomadas desde 2011, como o ciclo de redução da Selic iniciado em agosto, desonerações setoriais e estímulo financeiro no crédito para investimentos.
Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, é cético a respeito do impacto do estímulo ao crédito para pessoa jurídica via Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ele acredita que as decisões de investimento levam mais tempo e não devem influenciar a produção ainda neste semestre.
”Com isso, podemos dizer que o PIB do País terá no primeiro trimestre deste ano um desempenho limitado pela performance fraca da indústria, ainda que o produto do setor de serviços aponte bom resultado”, diz Flávio Serrano, economista sênior do Besi Brasil. De acordo com ele, essa falta de força está associada não só aos tradicionais problemas de infraestrutura e carga tributária, mas também ao aumento dos custos do trabalho e perda de produtividade.
Para Serrano, a recuperação deve chegar com mais força dentro de cinco ou seis meses, graças a uma sucessão de estímulos que têm sido conduzidos pelo governo desde o ano passado, inclusive o corte dos juros básicos e das taxas para o consumo, além da diminuição do IPI para a linha branca. ”É o setor de serviços que vai puxar a indústria, não o Plano Brasil Maior”, diz, ao afirmar que o programa tem abrangência pequena e não deve ter efeito significativo na produção.
Rafael Bacciotti, economista da Tendências Consultoria, acredita que a atividade deve ganhar um pouco mais de ritmo na segunda metade do ano, como efeito da redução dos juros básicos e dos incentivos a investimento. ”Podemos considerar esse quadro de moderação da atividade econômica nos primeiros meses do ano com base nas evidências de que os estoques estão acima do planejado”, diz.