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A prévia da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), acelerou com reajustes de preços maiores em abril, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA-15 avançou 0,43% em abril, quase o dobro da taxa de março (0,25%).
O índice acumulado no ano até abril chegou a 1,87%, abaixo do resultado no mesmo período de 2011 (3,14%). Nos últimos 12 meses, a taxa caiu para 5,25% em abril, bem abaixo do resultado de março (5,61%).
O resultado de abril veio bem próximo à mediana das previsões dos economistas consultados pelo Banco Central no boletim Focus. A projeção mediana do mercado era um avanço de 0,45% para o IPCA-15 no mês. Para maio, o centro das estimativas está em 0,48%.

Já em relação à inflação oficial, medida pelo IPCA, o mercado espera na mediana das projeções uma taxa de 0,54% em abril e 0,47% em maio.
A taxa de abril foi puxada principalmente pelo avanço nos preços dos grupos habitação (de 0,44% em março para 0,75% de alta em abril) e despesas pessoais (de 0,60% em março para 1,43% em abril). Juntos, esses dois grupos responderam por 58% do índice no mês.
No grupamento de produtos e serviços classificados como despesas pessoais, o cigaro teve alta média em abril de 5,56% nos preços nas regiões pesquisadas. Empregado doméstico também encareceu em média 1,87% em abril, ante 1,38% em março. Esses foram os principais responsáveis pela inflação no grupo.
Em habitação, a pressão inflacionária veio de aluguel residencial, que aumentou 0,82% em abril, depois de subir 0,45% em março. Também influenciou o aumento do condomínio, de 1,01%, de mão de obra para pequenos reparos, de 1,31%, de artigos de limpeza, de 0,95%, e de água e esgoto, de 1,60%. A alta nas contas de água e esgoto foi decorrente do reajuste de 11,17% em Brasília, vigente desde 1º de março, além do aumento de 16,50% ocorrido em Curitiba a partir de 21 de março.
Já o aumento nos medicamentos, que chegou a 0,48%, se deu em razão do reajuste ocorrido a partir de 31 de março.
Os artigos de vestuário voltaram a subir, passando de 0,16% para 0,49%, assim como os alimentos, que foram de 0,22% para 0,31%. Em queda, o destaque foi o item carnes, que teve deflação de 1,59%, apresentando o mais intenso impacto para baixo: -0,04 ponto percentual.
Dentre os índices regionais, o maior foi o do Rio de Janeiro (0,65%) em virtude do item empregado doméstico, que avançou 7,37% na região metropolitana do Rio. O menor foi o de Salvador (0,09%) sob influência da deflação de 0,16% nos alimentos consumidos no domicílio.

.Foto: Globo / Globo