Desde 2009, a cidade de Temuco, no Sul do Chile, é a casa da Plaenge fora do Brasil. Eleita a maior construtora de capital fechado do país, segundo o último ranking do ICTnet, a empresa paranaense cruzou a Cordilheira e levou a inspiração dos seus projetos brasileiros como estratégia para conquistar um mercado chileno ávido por novidades.
O lançamento mais recente é o Ipanema Home & Resort, primeiro empreendimento vertical da construtora no Chile. Além do nome, o projeto lançado no final de abril também contempla espaços típicos das plantas brasileiras – churrasqueiras na sacada e amplas áreas de lazer –, que tiveram ótima aceitação por parte do público chileno.
A torre de 14 andares foi projetada em parceria por profissionais dos dois países e leva em conta a necessidade de materiais e tecnologias antiterremotos, imprescindíveis na construção civil chilena. Destinados a famílias recém-formadas e jovens profissionais com renda média de R$ 7 mil, o preço dos apartamentos devem variar de R$ 208 mil a R$ 304 mil. O custo total do empreendimento é estimado em R$ 20 milhões.
A estratégia de expansão geográfica da Plaenge acabou levando a construtora para o Chile, um país de economia aberta e bastante promissora, diz Fernando Fabian, diretor regional da Plaenge. “A aquisição de uma empresa já consolidada no mercado nos poupou tempo de aprendizado”, explicou ele, referindo-se à compra de 51% das ações da construtora chilena CVPSA, em abril de 2009.
No Chile, a Plaenge atende a um público semelhante ao da Vanguard, construtora do grupo Plaenge voltada ao mercado do primeiro imóvel no Brasil. A expectativa da construtora paranaense para os próximos três anos é triplicar o volume atual de investimentos no Chile, chegando a um montante de R$ 150 milhões por ano.
Mercado interno
Apesar dos desafios do processo de internacionalização, a Plaenge resistiu à onda de abertura de capital dos últimos anos e não descuidou do mercado interno. Para Fabian, os números provam que a escolha foi acertada: entre 2005 e 2010 o volume de vendas saltou de modestos R$ 85 milhões para R$ 804 milhões, incluindo o faturamento da Vanguard, Plaenge Chile e Emisa, construtora do grupo com foco no segmento industrial. A construtora, que encerrou 2011 com faturamento de
R$ 912 milhões, não tem planos de abrir capital. E, para este ano, projeta crescer entre 10% e 15%, apesar da desaceleração do mercado.
Atualmente, a Plaenge possui operações consolidadas nas cidades de Londrina, Curitiba, Campo Grande e Cuiabá. Além disso, também está presente em Dourados, Maringá, Ponta Grossa e Joinville, por meio da Vanguard.
