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Dos cerca de 1,5 mil agentes penitenciários que trabalham em Curitiba e região metropolitana, os 500 que estavam em escala de trabalho ontem suspenderam suas atividades dentro das unidades prisionais. Eles estiveram nos postos de trabalho para cuidar dos presos, mas não houve movimentação, como banho de sol e atendimentos médicos, em nenhum presídio da região. Eles pediam mais segurança depois da morte do agente Car­­los Alberto Pereira, 52 anos, assassinado na frente de casa, no bairro Fazendinha, em Curitiba, no início da noite de terça-feira.

Depois de uma reunião com a nova secretária de estado da Justiça, Maria Tereza Uille Gomes, os agentes voltaram ao trabalho. A reunião entre governo e trabalhadores durou cerca de três horas e deixou os agentes satisfeitos. Um dos principais pedidos é a regulamentação do porte de armas para os agentes. Segundo o Sindicato dos Agentes Peni­­tenciários do Paraná (Sindarspen), Maria Tereza teria se comprometido a estudar o caso junto com a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp) e a categoria. Os agentes consideraram o posicionamento da nova secretária um avanço, já que eles afirmam que o governo anterior se recusava a discutir o assunto.

“Nossa classe foi perseguida nos últimos anos e acabou rechaçada. Tivemos uma proposta de lei sobre o porte de armas aprovada na Assembleia Legislativa, mas foi vetada pelo ex-governador [Ro­­berto] Requião”, disse o vice-presidente do Sindarspen, Antony Johnson. “A arma seria utilizada fora das unidades, para dar maior segurança dos agentes e familiares contra possíveis retaliações.”

A secretária também se dispôs a analisar o pedido para funcionários de carreira assumirem a direção de presídios. Outra reivindicação foi a criação de um Núcleo de Inteligência na Secretaria de Justiça, que investigaria as ameaças feitas a agentes e anteciparia rebeliões.

Fonte: Gazeta do Povo