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Zaia é apoiado pela União Geral dos Trabalhadores; tucano começa a nomear secretários ligados às siglas aliadas
Dificuldade de chegar a consenso com PMDB e PV levou governador eleito a anunciar um só secretário desta vez


DANIELA LIMA
DE SÃO PAULO

A distribuição de cargos a aliados políticos no governo de Geraldo Alckmin começou ontem. O tucano iniciou a partilha dos postos pelo PPS, anunciando o deputado estadual Davi Zaia para a Secretaria do Trabalho.
Foi a primeira vez que o governador fez o anúncio de apenas um nome para o secretariado. Alckmin estava divulgando suas escolhas em bloco, mas a dificuldade em acertar os ponteiros com outros partidos impediu a definição de mais pastas.
Zaia era nome de consenso no PPS há semanas, e anteontem a Folha publicou que sua nomeação para a pasta era dada como certa.

O deputado tem histórico no movimento sindical e o apoio da UGT (União Geral dos Trabalhadores). Ontem, o presidente da entidade, Ricardo Patah, foi prestigiar a apresentação de Zaia.
Alckmin quer fortalecer a relação do PSDB com as centrais sindicais do Estado. Por isso, quando o nome do deputado foi apresentado pelo PPS, o governador aceitou.

DIFICULDADES

Alckmin tem problemas com o PV e o PMDB, principalmente. O primeiro partido vive um racha interno.
A bancada dos verdes- que será, com nove deputados, a terceira maior da Assembleia na próxima legislatura- exige a indicação de um dos parlamentares à equipe do governo.
Já o comando da legenda sonha com a Secretaria de Meio Ambiente e prega a escolha de um integrante do organograma da sigla.

A divergência entre os verdes é tamanha que ontem o presidente estadual do partido, Maurício Bruasadin, anunciou o rompimento com o governo, enquanto os deputados davam continuidade ao pleito por cargos.
O presidente nacional da legenda, José Luiz Penna, foi acionado para buscar um entendimento entre a direção estadual do PV e a bancada de deputados.

AGRICULTURA

Já o PMDB dá como certa a indicação de um nome da sigla para a Agricultura e tenta emplacar deputados estaduais como opção para assumir o comando da pasta.

A equipe de Alckmin, no entanto, resiste às indicações, por acreditar que não há, entre os peemedebistas da Assembleia, alguém com perfil para a secretaria.

O deputado federal Edinho Araújo (PMDB-SP) agradaria, mas esbarra na pressão da bancada estadual.
Ainda ontem, na coletiva, Alckmin não descartou a nomeação de mais tucanos para o governo.
Há expectativa pela indicação do deputado estadual Bruno Covas, neto do ex-governador Mário Covas, para a Secretaria de Meio Ambiente.

Ele pleiteou a pasta, e com o racha entre os verdes, deve assumir a secretaria.

Fonte: Folha de S. Paulo