“O supervisor sai do campo experimental todos os dias e vai para a sua casa depois do expediente. Já os trabalhadores do campo – são oito – são obrigados a permanecer lá dentro. Eles não têm autorização para sair. E a empresa alega que é porque não tem transporte.”
Para Simone a Embrapa poderia utilizar o mesmo veículo que transporta os funcionários para o local de trabalho na segunda-feira. Ela ainda relata que as condições no alojamento são precárias.
“Eles dão uma casa de madeira, que não é ajeitadinha. Não dão uma cama, colchão e nem rede. Isso quem providencia é o próprio trabalhador. Não tem móveis. Eles puxam uma corda e penduram as roupas. Quem leva mala, deixa os pertences dentro da mala.”
O Sinpaf ainda informa que os trabalhadores exercem funções irregulares de vigilância, limpeza e cozinha “por meio de coação, sem receber horas-extras e sem qualquer estrutura de atendimento médico”.
Conforme matéria publicada pelo Diário do Amazonas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) investiga outros casos semelhantes denunciados anteriormente e que teriam ocorrido na mesma unidade da Embrapa.