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Publicação revela que em 2009, só 40% dos paranaenses tinham carteira assinada

No Paraná, das 5,5 milhões de pessoas ocupadas no Estado, em 2009, 2,2 milhões trabalharam com carteira assinada — ou seja apenas 40% dos trabalhadores atuavam no mercado formal. Os números foram revelados pelo Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda, lançado ontem pela A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Paraná (SRTE/PR) e pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). A publicação traz informações sobre o mercado de trabalho brasileiro, ocupação, postos de trabalho gerados e renda.

“A taxa de desocupação foi de 6,3%, o que mostra que o n[úmero de desocupados caiu num ritmo maior do que o aumento da população ativa mas a inserção ocupacional e, especialmente, a formalização, ainda são precárias. Com a análise desses números, poderemos aprimorar nossas políticas públicas e direcionar nossos esforços para iniciativas que resultem no aumento da formalização do trabalho e qualificação profissional”, afirmou Neivo Beraldin, superintendente regional do Trabalho e Emprego no Paraná (SRTE-PR). 
Para o superintendente regional Neivo Beraldin, o anuário é uma ferramenta extremamente importante para a construção das políticas públicas de trabalho, emprego e renda.

Segundo o supervisor técnico do Dieese no Paraná, Cid Cordeiro, os dados do Anuário revelaram que, em 2010, 754 mil pessoas se inscreveram no SINE, dos quais 173 mil foram colocadas, sendo 3.740 pessoas com deficiência. “O dado revela que a inserção de pessoas com deficiência está aquém do necessário. O mesmo se dá em relação à qualificação profissional. Em 2010, estavam inscritos em cursos de qualificação no Paraná 2.265 educandos, equivalente a 1,2% do total do país, o que revela a necessidade de mais investimentos na promoção de cursos porque há demanda e grande potencial de crescimento”, analisa. 

Em relação à qualificação de mão-de-obra no Estado, o superintendente Neivo Beraldin revelou que a intenção da SRTE/PR é oferecer mais cursos que atendam às demandas do mercado de trabalho. “Tenho dialogado com os dirigentes do sistema S (entidades como SESI, Senai, Senac, SESC), com lideranças da Federação das Indústrias (Fiep) e da Organização de Cooperativas do Estado (Ocepar) para construirmos juntos um modelo de qualificação que efetivamente possa inserir os jovens, especialmente aprendizes e os que buscam o primeiro emprego. Nossa meta é passar de 12 mil jovens aprendizes para 50 mil. O Paraná precisa oferecer cursos de qualidade, de acordo com o perfil sócio-econômico regional do Estado, para que esses jovens tenham mais oportunidades de emprego “, diz.
Participaram do lançamento do Anuário, o secretário de Estado do Trabalho, Emprego e Economia solidária, Luiz Claudio Romanelli; o secretário municipal de Trabalho e Emprego de Curitiba, Paulo Bracarense e técnicos de várias secretarias estaduais, municipais e da SRTE/PR.

Anuário – Disponível em seis volumes, contém dados relacionados às políticas públicas de emprego, trabalho e renda. Cada livro trata sobre um tema diferente, como mercado de trabalho, intermediação de mão de obra, qualificação social e profissional, seguro desemprego, economia solidária e o Programa de Geração de Emprego, Trabalho e Renda (Proger) e nesta edição um específico sobre o mercado de trabalho para a Juventude. A publicação retrata a heterogeneidade estrutural do mercado de trabalho brasileiro, refletida na diversidade de ocupações e indicadores.