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Decisão foi tomada em assembleia hoje de manhã. Eles prometem impedir saída de caminhões

Nem mesmo a proposta de reajuste entre 10% e 30% oferecida pela empresa Cavo, foi suficiente para impedir que os funcionários da limpeza pública de Curitiba decidissem pela greve a partir da próxima segunda-feira (28). Em assembleia realizada nas primeiras horas da manhã de hoje (23), em frente à sede da Cavo, no bairro Rebouças, a maioria dos trabalhadores presentes rejeitou o reajuste oferecido pela empresa. Com isso, será feito um aviso prévio de 72 horas junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) alertando sobre a paralisação, conforme manda a lei, e, neste período, será aguardada uma nova contra-proposta da empresa .
Antônio Nascimento / Rádio Banda BRepresentantes do SIEMACO (Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Estado do Paraná), alertaram os trabalhadores sobre os riscos que eles correm ao decidirem pela greve, apesar da proposta da empresa homologadada no TRT ter sido acima do dissídio coletivo, que previa apenas a reposição da inflação. “Deixamos claro para os trabalhadores a proposta feita pela Cavo explicamos que corremos o risco de perder esta proposta. A empresa pode entrar na justiça e conseguir apenas pagar a reposição da inflação, mas, ainda assim, a maioria decidiu pela greve e vamos acatar a decisão dos trabalhadores”, disse João Jerônimo, vice-presidente do SIEMACO.

Segundo o que foi apurado pela Banda B, os coletores são os mais descontentes com a proposta da Cavo por considerarem que houve um aumento maior apra as outras categorias. Hoje, a maioria dos funcionários presentes era de coletores. A Cavo ofereceu reajustes que elevaria o salário do coletor em 10%, passando para R$ 1.475 com benefícios. Pela nova proposta, que não foi aceita, o salário do coletor domiciliar passaria para R$ 1.555 com vale-refeição, vale-alimentação, insalubridade e uma bonificação por assiduidade de R$ 80, que não foi oferecida para o coletor comum.

Segundo o Sindicato, até domingo (27), os caminhões de limpeza pública de Curitiba irão circular normalmente. A suspensão do serviço deve ocorrer a partir de segunda-feira, caso não haja um acordo até lá.

Paralisação

Os funcionários da Cavo já haviam cruzado os braços no último dia 10 de março, no entanto, a paralisação durou apenas 24 horas e chegou ao fim após o acordo de reajuste salarial de 8,5% acertado entre patrões e empregados. Mesmo com a “rapidez” da greve, vários pontos de acúmulo de lixo foram registrados em distintos pontos da capital.

Na ocasião, os servidores da empresa, que há 16 anos faz os serviços de coleta de lixo e limpeza dos espaços públicos de Curitiba exigiam reajuste salarial de 20%, além do aumento de 50% no vale mercado e no vale alimentação. Eles reclamavam também de não terem sido avisados sobre a venda da empresa para a organização paulista Estre Ambiental por R$ 610 milhões.

Fonte: Banda B