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Governo do Paraná propõe reajuste de 5,1% para o funcionalismo Público

Governo do Paraná propõe reajuste de 5,1% para o funcionalismo Público

Os servidores públicos estaduais devem ter reajuste de 5,1% relativos à reposição da inflação dos últimos doze meses. O índice oficial foi informado ontem pelo Dieese ao secretário da Administração e Previdência, Luiz Eduardo Sebastiani, que deve encaminhar agora a minuta da mensagem do governo à Casa Civil, e em seguida enviar a proposta para votação da Assembleia Legislativa. O índice foi comemorado pelos sindicatos dos servidores, já que o percentual inicialmente proposto pelo governo era de 4,66%.

O economista Cid Cordeiro, do Dieese-PR, que acompanha a negociação, avalia positivamente a resistência dos trabalhadores para que o índice oficial fosse garantido, pois com isso conseguiu-se evitar uma perda considerável, de 0,42%.

Segundo Marlei Carvalho, presidente da APP Sindicato, com a medida fica respeitada a negociação e mais uma vez a categoria e os servidores saem fortalecidos em sua luta. “Agora, vamos acompanhar a tramitação na Assembleia, para que o índice seja aprovado o mais breve possível, e vamos continuar na negociação para ver consolidado o piso e construirmos um índice diferenciado para os funcionários de escola”, disse. O Estado tem 151 mil servidores ativos, 72 mil aposentados e 25 mil pensionistas.

Governo do Paraná propõe reajuste de 5,1% para o funcionalismo Público

Em busca do eleitorado de Lula, Dilma prepara pacote social

Reajuste do Bolsa Família e ações voltadas para a saúde das crianças serão anunciados pela presidente no domingo, em pronunciamento em homenagem ao Dia das Mães

De olho nas eleições municipais e em busca de uma reaproximação com o eleitorado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a presidente Dilma Rousseff prepara um “pacote social” para ser anunciado no próximo domingo, Dia das Mães. Entre as medidas previstas está o reajuste do valor do Bolsa Família – o que deverá ampliar o orçamento anual do programa em R$ 1,6 bilhão.

Há também a intenção de acabar com o limite de filhos por família imposto hoje para participação no programa. Além disso, também estão previstas medidas voltadas à saúde de crianças de até seis anos, como a distribuição gratuita de remédios contra asma e ações para reduzir o porcentual de crianças com anemia no país.

Ações

Medidas têm foco em crianças de até 6 anos

O “pacote social” que será divulgado no domingo pela presidente Dilma Rousseff vai reajustar o valor dos benefícios do Bolsa Família às vésperas do aniversário de um ano do programa Brasil Sem Miséria, vitrine social do governo. Dilma encomendou estudos sobre o assunto à equipe econômica e ao Ministério do Desenvolvimento Social. Com foco em crianças de até 6 anos, o pacote social também prevê um complemento pago pelo governo às famílias pobres – quando a renda per capita não atingir o mínimo de R$ 70, independentemente do número de filhos.

Atualmente, o limite estabelecido para o recebimento do Bolsa Família é o de cinco filhos com até 15 anos e mais dois jovens de até 17. A transferência de renda varia de R$ 32 a R$ 306, dependendo do perfil econômico e da quantidade de filhos. Há 13,35 milhões de famílias que ganham o benefício.

Estimativas feitas pelo Ministério do Desenvolvimento Social indicam, porém, que 1 milhão de famílias extremamente pobres ainda não são atendidas pelo programa. Além disso, muitas delas têm mais de cinco crianças em idade pré-escolar. O último reajuste no Bolsa Família ocorreu em março de 2011, quando Dilma concedeu aumento médio de 19,4%.

Além do reajuste dos valores do Bolsa Família, o governo também vai anunciar outras medidas como o repasse de recursos a prefeituras para a construção de creches. A intenção é aumentar o número de vagas para filhos de beneficiários do programa Bolsa Família. A estimativa é que pouco menos de 4% das crianças do Bolsa Família de até 3 anos estejam na creche – a média nacional é de 23,6%. (SM, com agências).

O pacote para turbinar a área social será anunciado por Dilma em cadeia nacional, durante pronunciamento em homenagem ao Dia das Mães. No dia seguinte, a presidente promoverá uma solenidade no Palácio do Planalto, com a presença de prefeitos, governadores e parlamentares para divulgar as novas ações de combate a pobreza.

O conteúdo da mensagem da presidente ao país e até a simbologia da data escolhida para o anúncio do pacote social faz parte de uma estratégia para mudar o foco da gestão de Dilma, tida como técnica, para o campo social. Essa é a avaliação de especialistas em comunicação e ciência política ouvidos pela reportagem.

Para o cientista político Wilson Ferreira Cunha, da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO), a guinada do governo Dilma para o fortalecimento das políticas sociais tem caráter eleitoral. “É jogo para plateia, o que é a marca do governo Lula/Dilma”, disse. Cunha desconfia dos programas sociais petistas, que para ele são parte da estratégia de manutenção do poder. “Eles podem ter o valor imediato, paliativo. Mas não se erradica a pobreza com salários públicos permanentes”, critica.

O cientista político Au­­­gusto Clemente, doutorando na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, vê a iniciativa de turbinar os programas sociais já existentes como “parte de uma manobra [de Dilma] para aproximá-la daquele eleitor que a escolheu exatamente para continuar as políticas de governo Lula”. Para ele a exposição recorrente da presidente em rede nacional, é também estratégia para superar a falta de carisma e a dificuldade de comunicação da presidente. “[Isso vem] do fato dela não ter se forjado politicamente em debates no Congresso, nem rotina das campanhas eleitorais”, avalia.


Rede nacional

Já a escolha da data para o anúncio pode ser interpreta de forma simbólica para identificar a presidente com a figura materna e aproximá-la do eleitorado mais humilde, segundo a coordenadora do Núcleo de Opinião da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Célia Retz. “Falando em rede nacional talvez ela não alcance este eleitor, mas é certeza que todo mundo fica sabendo que ela está agindo para tentar suprir a carência econômica da população.”

Para o professor de Ciência Política Adriano Codato da Universidade Federal do Paraná (UFPR), a forma de comunicação do governo e mesmo a postura mais crítica de sua recepção pela opinião pública são sinais intitucionalização da democracia no Brasil. “A população vai adaptando a luta social ao calendário político e os políticos vão adaptando ações em função do calendário eleitoral.”

Governo do Paraná propõe reajuste de 5,1% para o funcionalismo Público

Mostra promete descontos de até 50% em móveis

Descontos de até 50% em móveis e objetos de decoração. Esse é o chamariz da a 3ª edição da Feira DecoreCom, aberta ontem no ExpoUnimed.Até o dia 13 de maio, 41 expositores apresentam soluções de mobiliário, decoração e acabamentos para quem está reformando ou decorando a casa ou o escritório. Além dos descontos, a feira conta com exclusiva consultoria gratuita de arquitetos para os visitantes do evento. A previsão da feira é movimentar mais de R$ 9 milhões.
Além de pisos, colchões, estofados, móveis corporativos e acessórios de decoração, a feira conta com a presença das principais lojas de móveis planejados e sob medida de Curitiba e, também, expõe complementos variados, como equipamentos para sala de jogos, cabines de banho, entre outros. “O objetivo é oferecer, em um mesmo local, tudo o que o visitante precisa – tanto aquele que irá mobiliar um apartamento inteiro quanto os que querem renovar a decoração ou algum cômodo da casa”, comenta Sonia Cardoso, diretora da DecoreCom, empresa responsável pelo evento.
Para comprar sem errar, a DecoreCom ainda oferece ao público a exclusiva consultoria gratuita de arquitetos, que orientam sobre a combinação de móveis, itens de decoração e tendências. Com a assessoria, que deve ser agendada pelo site, o visitante poderá aproveitar com segurança os descontos de até 50% e fazer bons negócios. O atendimento ao público será em sessões de 30 minutos e será coordenado pelo escritório Studio Jomar de Mello.
O arquiteto Jomar de Mello, em parceria com a Gilberto Mathias Party & Flower Design, também assina a ambientação do evento.
Negócios — Em sua terceira edição, a expectativa é que o número de visitantes da DecoreCom aumente em cerca de 30% em relação à edição anterior, que aconteceu em maio de 2011. “Em termos de volume de negócios, a feira de 2011 movimentou 60% a mais do que sua primeira edição. A previsão para 2012 é que esse índice de crescimento se mantenha e que a 3ª edição da DecoreCom movimente cerca de R$ 9,5 milhões”, explica Sonia.

SERVIÇO

O que: Feira DecoreCom
Quando: de 9 a 11 de maio, das 14 às 22 horas
12 e 13 de maio, das 11 às 21 horas
Onde: ExpoUnimed, Universidade Positivo. Rua Pedro V. Parigot de Souza, 5300 – C. Comprido
Quanto: A entrada custa R$ 10, mas é gratuita para quem apresentar o convite preenchido.
Mais informações: www.decorecom.com.br
Governo do Paraná propõe reajuste de 5,1% para o funcionalismo Público

Comissão do Senado aprova seguro-desemprego a empregados domésticos sem inscrição no FGTS

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou hoje (9) projeto de lei que garante o pagamento do seguro-desemprego por três meses a empregados domésticos demitidos sem justa causa. Para ter direito ao benefício, o trabalhador doméstico precisa comprovar vínculo de emprego por, no mínimo, 15 meses ao longo dos últimos dois anos e estar em dia com as contribuições previdenciárias.

O projeto de lei, proposto pela senadora capixaba Ana Rita (PT), não exige dos empregados domésticos a inscrição no Funda de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Atualmente, apenas 6% dos trabalhadores domésticos têm direito ao seguro-desemprego pelo fato de estar inscritos no FGTS. A relatora do projeto de lei, senadora Lídice da Mata (PSB-BA), opinou que “isso é uma discriminação”, pois o objetivo do fundo é formar patrimônio para o trabalhador usar em caso de demissão imotivada, na aposentadoria ou na aquisição da casa própria, e não como garantia de renda.

Se não houver nenhum recurso para votação no plenário do Senado, o texto seguirá para análise da Câmara dos Deputados.

Governo do Paraná propõe reajuste de 5,1% para o funcionalismo Público

Trabalho intelectual sob regime operário

Antônio Costa/ Gazeta do Povo / O sociólogo Domenico De Masi: “as pessoas vão ao escritório para fazer companhia ao chefe”

O sociólogo Domenico De Masi: “as pessoas vão ao escritório para fazer companhia ao chefe”

Domenico De Masi, professor e sociólogo italiano

O aumento populacional não deve significar apenas mais bocas para alimentar. A humanidade precisa pensar que há também muitos mais cérebros pensantes no mundo. Para o professor e sociólogo italiano Domenico De Masi, mais cabeças poderiam repensar a organização do trabalho e ajudar a multiplicar a criatividade. De passagem por Curitiba, onde participou de palestras no Instituto Ermíria Sant’Anna, PUCPR e Volvo, o escritor conversou com a Gazeta do Povo sobre o ócio criativo, novas tecnologias e a busca pela felicidade.

Quando o senhor escreveu sobre o ócio criativo, em 2000, a internet engatinhava. O que mudou na busca pelo ócio criativo?

Ainda existem três tipos de trabalho: o físico, como o do operário; o intelectual, como o do empregado de banco que sempre faz as mesmas operações; e o intelectual criativo. O ócio criativo é realizado por 30% da população em atividade. A tecnologia muda nossa vida porque deixa o trabalho estúpido para as máquinas e possibilita maior convívio, mesmo que virtual, entre as pessoas.

O conhecimento em rede, a formação de bancos de dados globais e as plataformas abertas podem acelerar o desenvolvimento de inovações e descobertas científicas?

A produção do conhecimento passa por três fases. Por muitos séculos, havia uma produção de poucos para poucos: Mozart compunha suas sinfonias e a execução se restringia à corte. A segunda etapa é a mídia de massa, de poucos para muitos, como um musicista que faz um concerto na tevê e ao qual todos assistem. A terceira fase, a atual, é onde muitos fazem e muitos usufruem. Temos sorte de viver nesta época.

Quais são as possibilida­­des abertas pelas novas tecnologias e redes sociais?

As novas tecnologias estão trazendo o ócio criativo de todos aqueles que fazem um trabalho intelectual criativo para o nível de massa. O problema é a lacuna cultural: nós organizamos o trabalho executivo e o operário durante dois séculos e agora que o trabalho tornou-se intelectual, não nos organizamos de forma nova. Utilizamos o sistema organizacional do operário e aplicamos ao intelectual. Isso naturalmente desmotiva.

Como é possível mudar essa rea­­lidade?

Seria necessário achar uma forma organizacional adequada ao trabalho intelectual. Você vai ao escritório todas as manhãs fazer o quê? Se você usa a internet ou o telefone, para que andar até lá, se pode fazer de casa? Você gasta dinheiro, perde tempo e gera poluição: tudo inútil. Trabalhar em casa faz parte da organização pós-industrial. As pessoas vão ao escritório não para trabalhar, mas para fazer companhia ao chefe. Os chefes necessitam de babás.

Hoje, nos países desenvolvidos, mais da metade da força de trabalho está de alguma forma associada à produção de informação. A criatividade começa a ser produzida em larga escala?

A criatividade cresce, primeiramente, porque há mais seres humanos. Até 2020 seremos 7 bilhões. Quando falamos em aumento populacional, pensamos sempre nas bocas para alimentar e não nos cérebros. O segundo motivo é que há mais pessoas com escolaridade e o terceiro motivo é que há hoje muito mais grupos de criativos. Galileu trabalhava sozinho, assim como Newton. Hoje grupos de pesquisas são de milhares de pessoas. O iPhone foi inventado por um grupo de 3 mil engenheiros.

As jornadas de trabalho precisam ser revistas?

Os países que estão economicamente melhores são aqueles onde as pessoas saem do trabalho em seus horários, como Suécia e Alemanha. Sobretudo nos países latinos e nos Estados Unidos existe essa loucura de trabalho fora de horário. Os países menos competitivos são aqueles onde se permanece o maior tempo no escritório.

É preciso formular um novo sistema político?

O socialismo e o comunismo perderam, mas o capitalismo não ganhou. O que o comunismo sabia era distribuir a riqueza, mas não sabia produzi-la. O capitalismo sabe produzir a riqueza, mas não sabe distribuí-la. Por muito tempo, o problema era destruir o comunismo, mas não nos preocupamos em construir um capitalismo melhor.

Seu novo livro, Felicidade (Editora Globo), além de explicar os conceitos da palavra durante os séculos, trata também da importância de almejá-la. Vale mais a busca do que a realização?

A busca já é a felicidade. E ela é um dever, não é algo opcional. Entretanto, nas empresas ela é um acessório. Primeiro vem a hierarquia, depois o trabalho, então as alianças para fazer uma carreira e no fim está a felicidade. As palavras mais pronunciadas nas empresas são competitividade e concorrência, mas a felicidade vem através da solidariedade, do convívio e do amor. A felicidade é um fato abstrato, que tem como amigos a estética e a generosidade e como inimigos a solidão e a falta de tempo.