Redução da Selic pode tornar poupança mais vantajosa que renda fixa
A redução da taxa básica de juros (Selic) em 0,75 ponto percentual pode tornar a caderneta de poupança um rendimento mais interessante do que os fundos de renda fixa. A conclusão é de estudo divulgado, nesta quinta-feira (19), pela Associação Nacional de Executivo de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Quarta-feira (18), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciou que a Selic passou para 9% ao ano.
A poupança pode se tornar atraente porque diferentemente dos fundos de renda fixa, a caderneta rende a TR (taxa referencial) + 6% ao ano, não recolhe imposto de renda (IR) sobre os rendimentos e é livre da taxa de administração cobrada pelos bancos. No caso do imposto de renda, a incidência do tributo varia de 22,5% em aplicações de até seis meses e cai para 15% para aplicações acima de 2 anos.
O estudo da Anefac levou em consideração taxas de administração cobradas pelas instituições financeiras que podem variar de 0,5% ao ano até 2,5% ao ano. Na simulação da Anefac, foi estipulada uma rentabilidade da caderneta de poupança de 0,54% ao mês.
Pelos cálculos da associação quando os fundos de renda fixa ficarem com rentabilidade mensal menor do que 0,54%, a poupança passa a ser melhor para o investidor. Ou seja, para competir com a poupança, o dinheiro aplicado deve render pelo menos 0,55% ao mês nos fundos.
O poupador ainda deve levar em consideração o prazo do investimento devido ao cálculo do imposto de renda que é reduzido com o passar do tempo.
A queda na Selic tem provocado algumas discussões a respeito da necessidade de o governo alterar o cálculo da caderneta de poupança. Isso porque com a aplicação mais atrativa, os investidores poderiam migrar dos fundos de renda fixa para poupança, que são formados por títulos públicos utilizados pelo governo na rolagem da dívida. Oficialmente, o governo nega qualquer estudo sobre mudança.
A Anefac avalia que, entre as possibilidades que o governo deve avaliar, estão atrelar o rendimento da poupança à variação da taxa básica de juros ou cobrar imposto de renda sobre a poupança.
Trabalhadores de Belo Monte esperam que governo interceda
Ontem, os sete mil trabalhadores dos cinco canteiros (ou sítios como são chamados pela categoria) foram consultados em assembleias que ocorreram durante todo o dia. A maioria decidiu não aceitar a contraproposta do Consórcio e deflagrar a paralisação na segunda-feira.
Em dois pontos, tidos como principais pelos trabalhadores, não houve acordo. Um é sobre o período de intervalo das baixadas (quando o trabalhador deixa o local de trabalho, afastado, e vai visitar sua família). A proposta do sindicato é de reduzir o intervalo de seis para três meses. O CCBM manteve os seis meses (180 dias) aumentando a duração de nove para 19 dias. No entanto, esses dez dias a mais corresponderiam à antecipação das férias.
Avanços
Apesar das divergências, em outros pontos houve concordância e avanços como: pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR); equiparação salarial; instalação de telefonia móvel nos canteiros; melhoria no transporte para deslocamento do pessoal; limpeza e conservação dos uniformes será assumida pela empresa; instalação containers com representantes do sindicato em todos os sítios, durante todos os turnos; assistência médica com convênio em um hospital da região para o trabalhador e dependentes; abono das paralisações anteriores.
O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, ao ser questionado sobre o fato, enfatizou que “o governo negocia permanentemente”. “Sempre temos preocupação com a construção de nossas hidrelétricas, mas vamos negociando e vencendo os problemas que existem.”
Lobão falou da importância da construção da hidrelétrica. “Belo Monte vai produzir energia suficiente para abastecer 40% de todas as residências do Brasil. Ou nós construímos hidrelétricas, ou vamos ter que construir térmicas poluentes e por preço mais alto.”
Deborah Moreira, da Redação do Vermelho São Paulo
Feirão oferece 5 mil vagas na construção civil
Amanhã, mais de cinco mil vagas serão oferecidas na área da construção civil em um feirão organizado pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil do Paraná (Sinduscon-PR). O evento – que vai acontecer no Cietep, na Avenida das Torres, das 9 às 16 horas – contará com a presença de 40 empresas e construtoras à procura de serventes, pedreiros, carpinteiros, engenheiros e estagiários, com salários entre R$ 800 e R$ 7 mil. É recomendável levar documento de identidade, carteira de trabalho, currículo e comprovante de residência, porque algumas vagas são para contratação imediata, na própria feira. Os empregos são para Curitiba e municípios da região metropolitana. “O Brasil chegou a outro patamar de crescimento em relação ao que estávamos há dez anos. Dado o déficit que temos no setor, é bem provável que tenhamos todas as vagas preenchidas”, explica o vice-presidente do Sinduscon-PR, José Eugênio Gizzi.
Ele explica que a necessidade do mercado é por pessoal em todas as funções e que há oportunidades mesmo para quem não tem experiência prévia. O sindicato estima que ao longo do ano 7 mil novos trabalhadores devem ser absorvidos pelo mercado da construção para suprir a necessidade por mão de obra.
Os visitantes também poderão se matricular em cursos gratuitos do Senai para capacitação de pedreiros e operários da construção civil. Estão previstas também atividades de lazer para os familiares dos interessados, como jogos e brincadeiras para as crianças.Esta será a quarta edição do Mega Feirão do Emprego da Indústria da Construção no Brasil, mas é a primeira vez que é realizado em Curitiba. O evento já foi realizado em Porto Alegre, Rio de Janeiro e Fortaleza.
Acesso
Um ônibus gratuito sairá da Praça Rui Barbosa no sábado, de hora em hora, a partir das 8 horas, para levar os interessados até a feira. O ponto será em frente à Rua da Cidadania. Outros ônibus gratuitos sairão de outras cidades da região metropolitana levando os interessados até o Cietep.
Mão de obra é escassa também para infraestrutura
Enquanto o setor da construção civil vai à caça de mão de obra para seus novos empreendimentos, a falta de investimentos para infraestrutura também enfrenta escassez de trabalhadores. “A força de trabalho da construção conflita um pouco com a mão de obra de infraestrutura.
Atualmente, o Brasil precisa mais de portos, estradas e aeroportos do que de novas residências”, afirma o consultor de finanças pessoais Raphael Cordeiro.
Ele acredita que a construção civil pode dar espaço ao crescimento de empreendimentos de base em médio prazo.
“Já podemos observar uma desaceleração nas vendas de novos imóveis. O ideal seria que esta mão de obra migrasse para o setor da infraestrutura”, completa Cordeiro.
