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Engenheiros trocam pós-graduação por curso de qualificação profissional

Engenheiros trocam pós-graduação por curso de qualificação profissional

O aquecimento do mercado de engenharia tem levado muita gente que está fazendo faculdade ou já se formou a deixar de lado a sequência acadêmica com pós-graduação (mestrado e doutorado) a buscar uma vaga nos cursos gratuitos de qualificação profissional. Além do conhecimento geral da profissão proporcionado pelas universidades, engenheiros formados e futuros engenheiros fazem cursos voltados para a prática exigida pelo mercado.

É o caso do engenheiro Eduardo Jorge. Ele trabalhava como autônomo na parte de engenharia de automação mas decidiu que precisava redirecionar a sua carreira. “Queria trabalhar com petróleo e gás, que são áreas que estão em alta no mercado atualmente”, afirma Jorge, de 48 anos. Em 2008, ele foi aprovado no curso de engenharia de condicionamento do Programa de Mobilização da Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural (Promimp), um programa do governo federal coordenado pela Petrobras.

O curso foi ministrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e durou um ano, com aulas às sextas e sábados. Jorge ainda ganhou uma bolsa de R$ 900 mensais. A formação abriu muitas portas para ele. “Trabalhei por 15 meses na Transpetro, em Osório (RS), e atualmente eu trabalho na Usina Termoelétrica Sepe Tiaraju, da Petrobras, em Canoas (RS).”

Jorge está envolvido no projeto de ampliação da usina. Parte do seu trabalho tem a ver com o condicionamento dos equipamentos que a empresa recebe e têm de ser preparados para serem utilizados. Ele faz ainda a checagem de todos os pontos para o funcionamento e teste dos equipamentos.

O engenheiro considera os cursos de qualificação essenciais para se conhecer melhor as possibilidades de trabalho. “Na universidade você vê muita coisa, mas não tem contato com a parte específica de determinada área”, diz Jorge, formado pela PUC-RS em 1987. “As empresas têm carência de mão de obra especializada, e nestes cursos a gente vê que existem oportunidades em determinadas áreas que podem ser aproveitadas.”

Força e controle

A estudante Fabrine da Silva dos Santos, de 24 anos, ainda está no sexto período do curso de engenharia mecânica no Centro Federal de Educação Tecnológica do Rio de Janeiro (Cefet-RJ), mas já projeta uma qualificação melhor. Ela faz o curso de eletricista de força e controle promovido pelo Promimp.

“Busco um conhecimento nesta área de elétrica que não tenho na faculdade”, diz a jovem. “Conhecimento nunca é demais, quanto mais cursos você tiver melhor para a sua carreira profissional.” Fabrine sonha prestar concurso para trabalhar na Petrobras como engenheira mecânica. “Quero desenvolver projetos”, afirma.

Mas não são apenas engenheiros que buscam a qualificação mais técnica. Shaidra Abrantes, de 22 anos, estuda relações internacionais na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Ela entrou no curso de profissional de planejamento do Cefet-RJ. São 240 horas de curso, cerca de três meses e meio. “Este curso é bom para pensar de uma forma geral em tudo o que formos fazer, planejar e colocar em prática”, destaca. “Me sinto mais disciplinada e mais produtiva.”

Shaidra quer ser diplomata. Ela já fala espanhol e está ainda fazendo dois cursos de idiomas, inglês e francês. Tudo para ser aprovada no difícil concurso para o Instituto Rio Branco e poder trabalhar no Itamaraty. “Estou procurando juntar conhecimento para todas as matérias que são pedidas na prova.”

Formação específica

Maria Cristina Soares Martins, coordenadora de execução de cursos no Cefet-RJ, diz que as profissões hoje exigem muito mais do que um título, querem formação específica. “Hoje não adianta só ser engenheiro. As empresas perguntam: ‘Você é engenheiro de quê?”, destaca. “Após a universidade, o profissional vai precisar fazer alguma coisa para ser inserido no mercado de trabalho. Os alunos que fazem estes cursos de qualificação ficam um passo à frente dos demais.”

Empresas de petróleo enfrentam dificuldades para contratar pessoal especializado;

O Promimp encerrou esta semana as inscrições para a formação de novas turmas. Foram oferecidas 11.671 em 14 estados para cursos gratuitos de qualificação profissional para profissionais de nível básico, médio, técnico e superior com o objetivo de atender à demanda futura por mão de obra da indústria nacional de petróleo e gás, com a implementação dos empreendimentos do setor no Brasil previstos para o período de 2012 a 2013. A previsão até 2015 é de que a necessidade de qualificação adicional seja de 212.600 pessoas.

Os cursos são de 240 horas em horário integral ou noturno. Os candidatos aprovados que estiverem desempregados durante o curso receberão uma bolsa-auxílio mensal no valor de R$ 300 (cursos de nível básico), R$ 600 (níveis médio e técnico) e R$ 900 (nível superior).

Cursos na área naval

Nesta sexta-feira (20) encerram as inscrições para o processo seletivo para 23 cursos do Programa de Qualificação Profissional em Construção Naval, realizado pelo Senai do Rio em parceria com o ITN – Instituto Tecnológico Naval. São 3.100 vagas em áreas como metal-mecânica, eletricidade, metalurgia, automação/instrumentação, petróleo, operação automotiva, construção civil e gestão. Os cursos são gratuitos e vão começar em junho.

As inscrições podem ser feitas das 9h às 17h, no Sesi de Campos (Av. Deputado Bartolomeu Lysandro, 862, Campos dos Goytacazes/RJ) ou no CIEP 265 Professora Gladys Teixeira (Rua João Patrício Delfim Pereira, 295 – São João da Barra/ RJ).

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Grevistas de Jirau e Santo Antônio não terão dias descontados

Os trabalhadores das usinas hidrelétricas de Jirau e de Santo Antônio, no Rio Madeira, em Rondônia, entraram em acordo com as empreiteiras e não terão os dias de paralisação descontados da folha de pagamento. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (19) pela Secretaria-Geral da Presidência da República.

Os trabalhadores que aderiram à greve de 24 dias não terão o tempo de paralisação descontado, a menos que deixem o emprego até 31 de dezembro, segundo acordo firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Construção Civil de Rondônia (Sticcero) e a concessionária que administra as usinas.

As duas usinas estão entre os principais projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Santo Antônio terá potência total de 3.150 megawatts (MW) e Jirau, de 3.750 MW.

A cesta básica também foi corrigida, e agora será de R$ 260, R$ 240 e R$ 200, a depender do cargo do trabalhador. A Participação de Lucros e Resultados (PLR) passará a incidir sobre 30 horas semanais e não mais sobre 25 horas.Segundo informou a Secretaria-Geral – órgão do governo que acompanhou as negociações – os salários receberam ajustes de 7% a 13%. A maior parte dos trabalhadores, 88% deles, terão 13% de aumento, elevando o salário de R$ 1.550,00 para R$ 1.751,50.

O auxílio creche saltou de R$ 100 para R$ 150 e o auxílio recebido por pais com filhos portadores de necessidades especiais, de R$ 300 para R$ 400. Além disso, o adicional sobre hora extra de segunda a sexta será de 60%; no sábado, de 80% e no domingo, de 100%.

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Operários de Jirau e Santo Antônio terão reajuste salarial de até 13%

Os trabalhadores das usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, ambas no rio Madeira, em Rondônia, fecharam nesta quinta-feira acordo com as empresas para reajustes de até 13% sobre os salários, aumento do valor das horas extras e concessão de benefícios como auxílio-alimentação. A negociação havia sido aberta após as greves ocorridas em março nos canteiros de obras.

Os funcionários que ganham até R$ 1.550 (88% dos operários) terão reajuste de 13%. Entre R$ 1.551 e R$ 2.500, 10%. Os salários acima desse valor serão reajustados em 7%. De acordo com a faixa salarial, será oferecido auxílio-alimentação que varia de R$ 200 a R$ 260.

As horas extras pagas aos trabalhadores também foram reajustadas. De segunda a sexta-feira, o valor corresponderá a 70% da hora normal de trabalho. Aos sábados, a equivalência será de 80%, e aos domingos, 100%.

Uma das principais reivindicações dos operários não foi atendida: a redução de três para dois meses do tempo entre as ‘baixadas’ (folgas de cinco dias úteis). Mas as empresas permitirão que os funcionários acrescentem até dois dias úteis a cada folga caso tenham horas de trabalho acumuladas.

As empresas garantiram que não vão descontar os dias de trabalho parados por causa das greves. No entanto, se até 31 de dezembro algum funcionário for demitido ou decidir sair do emprego os dias serão descontados no acerto final.

Além do acordo trabalhista, todas as empresas envolvidas nos projetos das hidrelétricas, além dos consórcios construtores, se comprometeram a aderir a um pacto nacional firmado em março, entre governo, empresários e sindicalistas, para melhorar as condições de trabalho na construção civil. As empreiteiras responsáveis por Jirau e Santo Antônio, Camargo Corrêa e Odebrecht, respectivamente, já haviam assinado o acordo.

Entre as medidas previstas no compromisso e que já serão implantadas está a eleição, em até 60 dias, de uma comissão representativa dos trabalhadores dos canteiros, que terá a prerrogativa de negociar diretamente com os patrões.

Governo continuará negociando

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira que o governo continuará negociando ‘permanentemente’ com trabalhadores das usinas hidrelétricas da região Norte, com o objetivo de garantir a execução dos projetos. ‘Vamos negociando e vencendo os problemas que existem’, afirmou Lobão, ao sair do ‘Seminário Nacional sobre o Modelo Energético: atualidade e perspectivas’.

O ministro ressaltou o interesse do governo em garantir as condições mínimas de trabalho aos operários contratados pelos construtores das usinas do rio Madeira (RO), Jirau e Santo Antônio, e do rio Xingu (PA), Belo Monte. ‘O Brasil é um país democrático que olha com todo o cuidado para os direitos também dos trabalhadores’, disse.

Em relação a Belo Monte, o ministro rebateu as críticas de que a usina causa problemas ambientais. ‘O mundo tem milhares de hidrelétricas. Não há quem tenha hidrelétricas com os maiores cuidados ecológicos e ambientais que Belo Monte. É uma injustiça o que se faz em relação a Belo Monte. Não há nenhum índio sendo molestado com a construção da usina.’

Sobre a população afetada, Lobão assegurou que o empreendimento em construção no Estado do Pará garantirá melhor qualidade de vida às populações atingidas. ‘Todas as pessoas ribeirinhas e das proximidades estão sendo convenientemente atendidas. As cidades em volta estão recebendo recursos maciços para cumprir seus interesses que, sem a usina, jamais seriam atendidos. Portanto, não vejo razão para qualquer crítica a Belo Monte’, disse o ministro.

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Pedágio no Brasil é 2,73% mais caro que a média mundial

O preço médio do pedágio nacional, incluindo rodovias estaduais e federais é 2,73% mais caro do que a média do pedágio cobrada no exterior. O dad foi revelado em pesquisa realizada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), divulgada nesta quinta-feira (19).

O preço médio cobrado no Brasil em rodovias federais e estaduais sob concessão é de R$ 9,04 para cada 100 quilômetros rodados, enquanto que no exterior o mesmo trecho custa, em média, R$ 8,80.

De acordo com o estudo, o Brasil apresenta uma tarifa média que é compatível com os padrões internacionais, no entanto, o investimento em novas pistas é maior nos outros países.

No Brasil existem cerca de 174 mil quilômetros de rodovias pavimentadas, das quais aproximadamente 9% estão sob concessão, um percentual bem superior à média mundial. Segundo o Banco Mundial, as rodovias concedidas representam geralmente menos de 5% da malha total dos países.

“A experiência internacional difere significativamente da brasileira, na medida em que, na maioria dos países, as concessões visaram à construção de autopistas, enquanto, no Brasil, buscou-se simplesmente transferir as rodovias anteriormente construídas para a iniciativa privada, com o objetivo de recuperação de manutenção”, diz estudo.

O levantamento conclui que as concessões rodoviárias no Brasil são um programa de transferência de ativos do setor público para o privado, enquanto na maioria dos outros países é um programa de criação de ativos.

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Citibank prevê crescimento maior da economia global

Analistas esperam um crescimento de 2,6% neste ano. Apesar de melhora, estimativa ainda é inferior à do FMI.

O Citi elevou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global pelo terceiro mês consecutivo, prevendo um avanço de 2,6% neste ano. A estimativa anterior era de 2,5% e começou o ano em 2,3%.

As mudanças ocorreram devido à melhora das perspectivas para o crescimento do Japão e da Zona do Euro.

Ainda assim, a previsão fica abaixo da projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI), que projeta uma expansão econômica de 3,5% neste ano.

Mesmo com a melhora, o Citi considera que há motivos para cautela. Em relatório elaborado por Fernando Siqueira e Hugo Rosa e baseado no Citi Investment Research, a instituição afirma que a desalavancagem das famílias continuará pressionando a demanda em muitos países, enquanto a crise na Europa segue sem solução.

Os analistas acreditam que a Espanha entrará em um programa de ajuda, com foco na recapitalização e reestruturação dos bancos, enquanto Portugal e Irlanda precisarão de um segundo resgate.

“Esperamos uma série de cortes nos ratings de dívidas soberanas nesse ano, incluindo Itália, Espanha, Irlanda e Portugal, e uma amplitude ainda maior de cortes pelo mundo nos próximos 2 a 3 anos (incluindo EUA e Japão)”, informou o Citi. Por outro lado, os analistas veem a possibilidade de elevação no rating da Grécia.

Em um panorama ainda incerto, a previsão é de que os principais bancos centrais do globo mantenham políticas monetárias frouxas.

Particularmente, os analistas esperam que o Banco Central Europeu lance mais uma operação de refinanciamento de longo prazo, além de cortar os juros mais uma ou duas vezes até o final de 2013.