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Sindicatos recorrem à OIT em conflito trabalhista na Espanha

Sindicatos recorrem à OIT em conflito trabalhista na Espanha

As duas principais centrais operárias de Espanha pediram a mediação da Organização Internacional do Trabalho (OIT) para que o governo conservador de Mariano Rajoy retome o diálogo social interrompido com sua reforma trabalhista.
O anúncio foi feito nesta segunda-feira (16) pelos líderes de Comissões Operárias (CC.OO.), Ignacio Fernández Toxo; e da União Geral de Trabalhadores (UGT), Cándido Méndez, durante uma conferência sobre emprego juvenil e trabalho digno organizada pela OIT em Madri.
Fernández Toxo e Méndez revelaram que inicialmente a ideia era apresentar uma queixa formal perante esse organismo especializado das Nações Unidas pela atitude do Executivo espanhol, mas já se encontravam fora dos prazos estabelecidos.
Diante dessa situação remeteram uma carta ao diretor geral da OIT, Juan Somavía, para solicitar sua urgente intervenção no conflito, por conta da negativa de Rajoy de sentar-se para negociar com os sindicatos uma retificação da reforma, aprovada no último mês de fevereiro.
Em declarações à imprensa, Méndez assinalou que o objetivo é ver como podem ser recuperadas as vias de diálogo social (Governo, empresários e sindicatos), em um país que, recordou, tem sido referência europeia na matéria.
Na sua opinião, “as modificações realizadas no mercado de trabalho pelo Palácio da Moncloa (sede governamental) de maneira unilateral, bem como seu severo plano de cortes sociais, postergarão o crescimento da economia até o final desta década”.

Opinou que “a terapia de choque colcoada em marcha por Moncloa tem mais possibilidades de matar o paciente do que de curar sua grave crise”.

Para seu homólogo das CC.OO., a administração do direitista Partido Popular (PP) está legitimada a governar, mas em situações tão excepcionais se torna imprescindível a participação de todos os atores.
Greve geral
Denunciou que o executivo de Rajoy está estabelecendo uma linha de abordagem dos grandes problemas da sociedade a partir de uma prática muito afastada do acordo social, em referência à ausência de consenso nas decisões, a maioria delas aprovadas por decreto.
Fernández Toxo advertiu que enquanto o governo não se sentar para negociar, o conflito que motivou a greve geral do último dia 29 de março continua aberto.
Em uma multitudinária manifestação celebrada nesse dia em Madri, que foi o encerramento da paralisação que praticamente parou todo o país, as duas centrais operárias alertaram para uma escalada do conflito caso Rajoy teimar em sua dinâmica suicida de cortes sociais e trabalhistas.
Instaram o chefe do Governo e líder do PP a realizar uma modificação substancial de sua legislação trabalhista, que foi qualificada como a mais lesiva e desequilibrada da história da democracia espanhola.
CC.OO. e a UGT coincidiram em que a norma não está pensada para criar postos de trabalho, senão para provocar uma sangria maior de destruição de empregos, em um país com mais de cinco milhões de desempregados, a taxa mais alta da União Europeia.
Sindicatos recorrem à OIT em conflito trabalhista na Espanha

Correa: América Latina vive agora no consenso sem Washington

O presidente equatoriano, Rafael Correa, afirmou que a América Latina está passando da fase em que foi dominada pelo consenso de Washington para viver com o consenso sem Washington.
Correa explicou que era claro e previsível o que ia ocorrer na chamada Cúpula das Américas em Cartagena, Colômbia, ao tentar evitar os temas que são de real importância para os povos da América Latina, entre eles, o bloqueio a Cuba e a sob erania argentina sobre as Ilhas Malvinas.
Em entrevista concedida à rede de televisão CNN no Palácio de Carondelet, Correa reiterou que Cuba é uma nação que foi vetada deste foro continental por pressões de países como Estados Unidos e Canadá.
“Um país americano, por capricho de outro país, excluído da Cúpula das Américas. Então que se chame de qualquer outra coisa, conversa com os Estados Unidos, mas que não se chame de Cúpula das Américas”, assinalou.
O presidente equatoriano recordou que em 2009 em Trinidad e Tobago já se falava da necessidade de que Cuba se integre plenamente a este foro internacional, mas até agora não se fez nada, por isso não ir à Colômbia foi uma decisão radical mas necessária.

Correa assegurou que uma das ações imediatas que deveriam ser feitas em matéria de direitos humanos em nível continental é que os Estados Unidos fechem a base militar de Guantânamo, que se encontra imposta na ilha de Cuba.

Ao responder ao presidente estadunidense, Barack Obama, quando este questiona a disposição de Cuba de respeitar os direitos democráticos e humanos do povo, comentou: “Maravilhoso, então que eliminem a base de Guantânamo pois, não pode haver maior atropelo aos direitos humanos e à soberania de um país”.
Correa agregou que respeita muito o presidente Obama e o considera uma boa pessoa, mas que não está de acordo com certas atitudes relacionadas com a política internacional.
“Quem é ele para converter-se em árbitro do bem e do mal ou decidir o que é ditadura, o que é democracia? Basta! Creio que a história nos ensinou bastante sobre a dupla moral que os Estados Unidos sempre tiveram quanto às relações internacionais”, indicou.
Assegurou que é incorreto pensar que a democracia ocidental é o único modelo a seguir e nesse contexto os primeiros a saber de que mudanças Cuba necessita são suas autoridades e seu povo.
“Ninguém lhes imporá essas mudanças, eles vão decidir soberanamente”, indicou, e acrescentou que é claro que o cerco comercial a esse país é um atropelo ao direito internacional, aos direitos humanos e à soberania de Cuba.
Correa disse ainda que discursos de países como os Estados Unidos refletem dupla moral porque ” passam o tempo falando dos direitos humanos, mas não pode haver pior atentado aos direitos humanos do que a tortura em Guantánamo”.
Sindicatos recorrem à OIT em conflito trabalhista na Espanha

Modernização, infraestrutura e desestatização

“Em vez de migrarmos para a sociedade da inovação e do conhecimento, estamos dando marcha a ré rumo a nosso passado primário-exportador”
A política econômica tem três objetivos centrais: estabilidade, crescimento e equidade distributiva. A geração de renda e emprego é o foco principal. O Brasil tem crescido pouco. Em 2011, o “pibinho” de 2,7% nos deixou léguas à distância de China e Índia e em último lugar na América do Sul.
O governo tem papel essencial na criação do ambiente necessário ao crescimento econômico. Não tem capacidade unilateral de definir o ritmo, mas é importante.
A baixa taxa média de crescimento da economia tem a ver com o chamado custo Brasil. As maiores taxas de juros reais do mundo se combinam com a alta carga tributária, gargalos na infraestrutura, baixa taxa de investimento, educação deficiente, inovação tecnológica insuficiente, escassez de mão de obra qualificada. O crescimento tem sido puxado pelo bom momento dos produtos primários no mercado internacional e pelo consumo. O resultado é que temos assistido a um verdadeiro processo de desindustrialização e a uma pressão sobre as importações. Em vez de migrarmos para a sociedade da inovação e do conhecimento, estamos dando marcha a ré rumo a nosso passado primário-exportador.
Um entrave fundamental é o custo e as falhas de nossa infraestrutura. A capacidade de investimento do setor público é insuficiente. Daí a necessidade das parcerias com o setor privado, através de um processo contínuo de desestatização (concessões, privatizações, PPPs etc.). Para enfrentar os gargalos nas estradas, na energia, nos portos, nas ferrovias, nos aeroportos, é preciso mobilizar a capacidade empreendedora e a poupança do setor privado.
Sem a privatização das telecomunicações, estaríamos na idade da pedra na telefonia e na comunicação de dados. Sem a privatização da Vale, da Embraer, da Açominas, da Usiminas, não estaríamos gerando superávits comerciais e desenvolvimento.
Recentemente, o PT, que sempre demonizou a estratégia correta e inevitável da desestatização, debutou no mundo das privatizações. Entre outras, fez licitações no setor do petróleo e a recente concessão de aeroportos.
O problema é que o PT faz pela metade, sem convicção, cheio de preconceitos, em ritmo aquém do necessário, de jeito desconfiado. Pré-sal com 30% de participação obrigatória da Petrobras e índices inverossímeis de nacionalização de equipamentos. Aeroportos, poucos e com 49% de participação da Infraero, o que afetará a eficiência do modelo de governança.
Depois da queda do muro de Berlim e do fim da URSS, depois do impasse fiscal da social-democracia, depois da crise do neoliberalismo, fruto da falta de regulação adequada, o mundo persegue novos paradigmas.
O Brasil tem pressa. Não podemos perder o bonde da história. Quando se procura a parceria com o setor privado, estamos atrás de capacidade de investimento que substitua a fragilidade das finanças públicas e da eficiência de um modelo de gestão ágil e flexível.
Precisamos arquivar o anacronismo ideológico.
Sindicatos recorrem à OIT em conflito trabalhista na Espanha

Quase metade dos prefeitos tentará reeleição

De acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Municípios, cerca de 60% dos atuais governantes nos municípios podem disputar um novo mandato. E, destes, mais de 70% concorrerão no pleito deste ano

Em quase a metade dos municípios brasileiros (44%), os atuais prefeitos estarão em outubro deste ano disputando novamente a eleição. Serão 2.418 os atuais prefeitos que concorrerão à reeleição este ano. A estimativa é da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), a partir de uma pesquisa feita com os próprios prefeitos. De acordo com a CNM, dos 5.563 municípios brasileiros, em 3.302 cidades (59,35%) os atuais prefeitos podem disputar um novo mandato.
Deste total, 73,13% dos que podem disputar a reeleição disseram à CNM que o farão. O número ainda pode aumentar. Porque 500 prefeitos (15,14%) declararam que não concorrerão a um novo mandato, mas 333 (18,88%) disseram que ainda estão indecisos.
Os números, segundo o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, repetem os percentuais de eleições anteriores. A média nas últimas eleições, diz Ziulkoski, tem sido de 60% o percentual dos prefeitos que concorrem à reeleição. E 60% deles, em média, conseguiram se reeleger nas eleições anteriores.
“A análise por Estado indica que a proporção nacional se repete na maioria das unidades da federação. A média dos atuais prefeitos que pretende concorrer fica em torno de 70%”, informa o presidente da CNM. O Estado com o maior número proporcional é Rondônia. Dos 36 prefeitos, 32 já decidiram concorrer à reeleição. No Amapá, dos 7 municípios onde pode haver reeleição, 6 já decidiram concorrer.
O partido com maior número de prefeitos que concorrerão à reeleição é o PMDB. O partido elegeu nas eleições passadas 1199 prefeitos, dos quais 1181 permanecem nos mandatos. Destes, 660 podem concorrer a um novo mandato, e 461 (68%) declaram que assim farão. No PSDB, que em 2008 elegeu 789 prefeitos, 736 ainda continuam nos mandatos, e 391 podem concorrer à reeleição. Entre os tucanos, 288 (73%) tentarão um novo mandato. O PT elegeu em 2008 553 prefeitos. O número, com a posse de vices e outras situações, aumentou: hoje, são 564 prefeitos petistas. E 374 deles podem concorrer à reeleição. De acordo com a pesquisa da CNM, assim farão 275 (77%) deles.
Sindicon faz protestos em Curitiba por melhores salários

Sindicon faz protestos em Curitiba por melhores salários

 Porteiros, Zeladores, serventes e funcionários de imobiliárias participam da reivindicação.

dscn8457O Sindicon está realizando manifestações itinerantes pela capital, a exemplo da paralisação realizada ontem (16) em frente do Edifício Asa, no Centro, a concentração desta terça-feira (17) está sendo realizada em frente à Imobiliária Razão, na Avenida Visconde de Nacar.

Cerca de 300 porteiros, zeladores e serventes de condomínios de Curitiba, que estão em greve desde o dia 27 de março, participam de um protesto em frente ao Edifício Asa, no Centro de Curitiba, desde o início da manhã desta segunda-feira (16). Alguns trabalhadores e moradores reclamam da dificuldade de entrar no prédio por causa da manifestação. A categoria reivindica 15% de aumento.

O Sindicato dos Empregados em Condomínios (Sindicon) de Curitiba pede o aumento de 15% e equiparação com os vencimentos dos profissionais do interior do estado. Os porteiros e demais funcionários dos condomínios de Curitiba também querem cesta básica de R$ 150 e que a data-base seja adiantada de outubro para maio.. Atualmente, o piso para serventes é de R$ 617, o de porteiro é de R$ 681, e o de zelador é de R$ 785.

O presidente do Sindicon Hélio Rodrigues da Silva, disse que a manifestação é uma maneira de chamar a atenção da população, já que as manifestações em frente ao Sindicato da Habitação e Condomínios (Secovi) não deram resultado. Ele informou que os grevistas vão realizar outros protestos durante esta semana em outros prédios da capital.


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