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Mínimo pode chegar a mais de R$ 800 em 2015

Mínimo pode chegar a mais de R$ 800 em 2015

O salário mínimo em 2013 poderá chegar a R$ 667,75, o que corresponde a um reajuste de 7,3% em relação ao atual. O valor consta no projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), divulgado, na última sexta-feira (13), pelo Ministério do Planejamento.

A equipe econômica projeta ainda mínimo de R$ 729,20 para 2014 e de R$ 803,93 para o ano seguinte – o que resulta em aumento de 29% acumulados até 2015.

A LDO apresenta os parâmetros que servirão de base para a elaboração do Orçamento Geral da União do próximo ano. O projeto manteve as projeções oficiais para a inflação e para o crescimento econômico.

O crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) continuou estimado em 5,5% para 2013. A inflação pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também não variou em relação aos números divulgados em fevereiro pela equipe econômica e ficou em 4,5%, um pouco menos que os 4,7% estimados para este ano.

O Planejamento estima taxa de câmbio média de R$ 1,84 para 2013, contra a taxa de R$ 1,76 em 2012. Os juros básicos da economia, de acordo com o projeto da LDO, deverão encerrar 2012 em 9,75% ao ano e atingir 8,5% ao ano no fim de 2013.

Mínimo pode chegar a mais de R$ 800 em 2015

Copom definirá nesta quarta-feira (18) nova taxa básica de juros

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reunirá na terça e quarta-feira (18) para avaliar a conjuntura econômica interna e externa, com foco especial na existência, ou não, de pressões que possam comprometer os preços de mercado e ameaçar o controle da inflação.
A partir da análise, o colegiado de diretores do BC definirá os rumos da taxa básica de juros (Selic), que está em 9,75% ao ano e deve encerrar 2012 em torno de 9%, de acordo com expectativas da maioria dos analistas financeiros ouvidos por pesquisa do BC, divulgada no boletim Focus da última segunda-feira (9).
Há dúvidas se a redução será feita de uma vez, ou se virá em doses menores e gradativas. Mas os analistas apostam que a Selic vai ficar mais baixa, em razão da “inusitada transparência” da última ata do Copom, que sinalizou a disposição de levar a taxa para patamares “ligeiramente acima dos mínimos históricos”.
Como a mínima registrada foi de 8,75%, entre julho de 2009 e abril de 2010, a maioria dos analistas da iniciativa privada acredita, há quatro semanas, em uma Selic de 9%, com a possibilidade de redução de 0,75 ponto percentual já na quarta-feira, ressalta o presidente da Associação Nacional das Sociedades de Fomento Mercantil – Factoring (Anfac) e ex-diretor do BC, Luiz Lemos Leite.
Especialista em direito econômico e empresarial, Leite diz que a decisão do Copom de estabilizar a Selic em um patamar ao redor de 9% é uma clara sinalização da tentativa de minimizar os efeitos da crise financeira mundial e reativar a economia brasileira, depois do fraco desempenho do ano passado, quando o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) registrou crescimento de 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB), soma das riquezas produzidas no país.
Mínimo pode chegar a mais de R$ 800 em 2015

O ”boom” imobiliário força empresas da construção civil a tentar reduzir gastos com o pagamento de impostos

Não é de hoje que o planejamento tributário é uma grande preocupação de empresários de diversos segmentos. Com o objetivo de reduzir os gastos com o pagamento de impostos e sobreviver no competitivo mercado, muitos gestores lançam mão de assessorias especializadas, que dispõem de profissionais das áreas de contabilidade, economia, administração e direito. Na construção civil não é diferente. O setor, especialmente com o ”boom” imobiliário, mais do que nunca busca reduzir a tributação por meio de um eficiente planejamento.

Segundo o advogado tributarista Frederico de Moura Theophilo, de Londrina, cerca de 34% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil é dedicado aos impostos anualmente, o que totaliza mais de R$ 1 trilhão. No ano passado, o PIB brasileiro fechou em aproximadamente US$ 2,3 trilhões. ”1/3 desse valor foi em impostos”, observa Teophilo.
Apesar de não haver dados específicos que ilustrem a situação da área da construção civil, a realidade tributária no Brasil, como se vê, gera custos enormes às empresas, independentemente da área. Por isso, o planejamento é tão necessário.
”O planejamento consiste em estudar as possibilidades legais e identificar, dentre as alternativas disponíveis, a que traz a menor carga fiscal dentro de um contexto lícito”, afirma o advogado Piraci Oliveira Junior, de São Paulo, que é mestre em Direito e professor universitário e de pós-graduação na área tributária. No mês de maio ele vai ministrar o curso ”Planejamento Tributário em Obras de Construção”, em São Paulo, promovido pela Canal Executivo Treinamentos.
Mínimo pode chegar a mais de R$ 800 em 2015

Regras mais rígidas de aplicação do FGTS

A Resolução 576 da Caixa Econômica Federal (CEF), de 22/3, tornou mais rígidas as regras de liberação de recursos do FGTS para o financiamento da moradia. O objetivo é concentrar as aplicações em imóveis de até R$ 170 mil, destinados às faixas de renda média-baixa e popular. O impacto será maior nas grandes metrópoles, onde os preços elevados dos imóveis tornaram a comercialização muito dependente da oferta de crédito.

Pelas regras do Conselho Curador do Fundo, só podem ser financiados com recursos do FGTS imóveis no valor de até R$ 500 mil. Mas, na prática, o limite acaba ultrapassado, nas operações em que o Fundo de Investimento do FGTS (FI-FGTS) adquire cotas de fundos de investimento em direitos creditórios (FDICs).

A Resolução 576 determina que os recursos do FGTS só serão aplicados em fundos que destinem no mínimo 60% da carteira a imóveis de até R$ 170 mil e que os recursos devem ser distribuídos regionalmente.

Ao concentrar os financiamentos em imóveis de até R$ 170 mil, o FGTS cumpre o objetivo original do Sistema Financeiro da Habitação (SFH) de reduzir o déficit de moradias, estimado em 6 milhões de unidades. O orçamento de R$ 43,9 bilhões, de 2012, prevê a aplicação de R$ 26 bilhões em moradias populares, R$ 2,5 bilhões em Certificados de Recebíveis Imobiliários e R$ 1 bilhão na modalidade pró-cotista, para financiar os trabalhadores que já têm conta vinculada no fundo e renda superior a R$ 5,4 mil. Outros R$ 10 bilhões do fundo foram destinados ao saneamento básico e à infraestrutura urbana e os restantes R$ 4,5 bilhões deverão ser empregados nos abatimentos a mutuários, ou seja, subsídios.

A política de aplicação do FGTS é justificável, mas, na prática, restringe o acesso ao imóvel próprio de muitas famílias de classe média. Nas regiões mais centrais de São Paulo, por exemplo, o valor máximo do imóvel financiado pelo fundo só permite a aquisição de uma unidade nova compacta. Neste caso, o FGTS atende apenas às necessidades de pessoas solteiras ou casais sem filhos. O FGTS é a segunda fonte mais importante de crédito imobiliário, abaixo apenas das cadernetas de poupança, e financiou em 2011 mais de meio milhão de unidades.

O fundo é o sustentáculo do programa Minha Casa, Minha Vida, que permitiu ampliar a atividade da construção e, apesar dos atrasos, a oferta de moradias. Mas, se sobram recursos no FGTS e se essa situação tende a perdurar, parece razoável atender melhor as famílias de classe média que vivem nos grandes centros.


As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Mínimo pode chegar a mais de R$ 800 em 2015

País tem 1 carro para cada 5 habitantes

Para cada cinco brasileiros, o País já tem um automóvel, proporção que era quase o dobro há menos de duas décadas. Nos últimos anos, com a melhora da economia, mais pessoas têm acesso ao carro. Várias cidades apresentam índices similares aos de países desenvolvidos, como Alemanha e Estados Unidos, onde a média é de menos de dois habitantes por veículo.
O número de veículos em circulação no País cresce em ritmo muito superior ao da população. Desde 2004, quando a economia se livrou da hiperinflação, a frota aumentou 54,8%, atingindo 34,856 milhões de veículos em 2011. No mesmo período, a população, estimada em 192,3 milhões de pessoas, cresceu 5,7%.
O mais recente estudo do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) mostra que, no ano passado, a frota brasileira cresceu 7% em relação a 2010. Do total, 32,9 milhões são automóveis e comerciais leves, 1,54 milhão são caminhões e 354 mil são ônibus. Incluindo as 11,674 milhões de motocicletas em circulação, a relação passa a 4,1 habitantes por veículo.

Cinco Estados

São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul – abrigam 70% da frota. Só a cidade de São Paulo concentra 22%, cerca de 7,6 milhões de veículos, o que daria 1,47 pessoa por veículo, índice próximo ao dos EUA, de 1,27.
A densidade também é elevada em cidades de menor porte, como Valinhos, a 85 quilômetros de São Paulo. Com 106,9 mil pessoas, tem 78,2 mil veículos, o equivalente a 1,36 habitante por carro. “Saímos de uma relação de 8,4 habitantes por veículo em 2000 para 5,5 agora”, constata o conselheiro do Sindipeças responsável pela área de Reposição, Antônio Carlos Bento. Segundo ele, o País caminha para uma relação de 4 habitantes por veículo, o que deve ocorrer até 2014.
Os dados estatísticos levam em conta a divisão do número total da frota pela população em geral, mas, é claro, vários brasileiros têm mais de um carro, e grande parcela não tem nenhum.
O engenheiro Gilto de Souza Santos, de 65 anos, morador de Valinhos, tem quatro carros e três motos. Reconhece que “é exagero”, mas ressalta já ter sido colecionador. “Sei que é demais, mas moro sozinho, portanto não são usados ao mesmo tempo.”
Santos define como “caótico” o trânsito na cidade. Ele mora em um condomínio no bairro Jardim São Francisco. “Até aos sábados pela manhã é impossível estacionar no centro”. Ele conta que enfrenta congestionamento até para sair do condomínio.
Santos nasceu em São Paulo e mudou-se para Valinhos em 1977. Até o ano passado, precisava usar o carro diariamente para ir ao trabalho, na vizinha Hortolândia. “Sempre peguei muito trânsito, principalmente entre 7h e 8h, quando as pessoas estão saindo da cidade e, depois, no fim da tarde, quando todo mundo estava voltando.” Hoje, ele trabalha como consultor e a vida está “mais tranquila”.

A indústria automobilística vem superando recordes desde 2004, quando vendeu 1,5 milhão de veículos. No ano passado, atingiu 3,6 milhões e este ano projeta vender 4% a 5% mais. Com transporte público ineficiente, mais pessoas saem de casa todos os dias com seus automóveis, o que provoca congestionamentos constantes.

“Nossa preocupação é que o veículo não seja visto como vilão”, diz Bento. Para ele, “alguém não está fazendo sua parte”, referindo-se à falta de infraestrutura e de transporte público. Para o alemão Stephan Keese, responsável pela área automotiva da Roland Berger no Brasil, a melhora na relação habitante por veículo é sinal de crescimento da economia e da renda da população. O mesmo ocorre em outros países emergentes.
A falta de transporte público é um desafio para a maioria dos Estados, diz Keese. “Não conheço nenhuma pessoa das classes A e B que use metrô ou ônibus, muitos por segurança e muitos pelo conforto”, diz ele, que não vê essa situação em países desenvolvidos, com transporte eficiente.
Mais jovem
A frota brasileira também está se rejuvenescendo, embora em ritmo lento. A idade média dos veículos que circulam pelo País é de 8 anos e 8 meses, próxima à das frotas da Alemanha (8 anos e 1 mês) e França (8 anos e 2 meses) e mais nova que a dos EUA (10 a 11 anos).

Em 1995, a idade média da frota brasileira era de 10 anos e 2 meses, caiu para 9 anos e 4 meses e em 2010 chegou aos 8 anos e 8 meses, idade mantida no ano passado. “A redução dos últimos anos não é expressiva porque a frota cresceu muito e a renovação é lenta”, diz Bento.

O País tem 1,34 milhão de veículos (3% da frota) com mais de 20 anos de idade. A maior parte (44%) tem até cinco anos. Já 39% dos veículos têm entre 6 e 15 anos e 14%, entre 16 e 20 anos. Em 2006, dos veículos em circulação, 8,9% eram fabricados fora do País. Em 2011, essa participação foi a 12,5%, com 4,3 milhões de carros vindos do exterior, mais da metade da Argentina.
Os números do Sindipeças são diferentes dos divulgados pelo Denatran, normalmente bem superiores pois não levam em conta a “taxa de mortalidade” – veículos que deixam de circular por vários motivos, como acidente com perda total e desmanche. A pesquisa envolve montadoras, órgãos de trânsito e seguradoras. É usada para direcionar a produção de autopeças para o mercado de reposição.

A reportagem é de Cleide Silva