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Funcionário que recebe e-mail fora do expediente tem direito a hora extra

Funcionário que recebe e-mail fora do expediente tem direito a hora extra

E-mail, torpedos, ligações de clientes ou do chefe são rotina de muitos trabalhadores que exercem o serviço em casa, fora do horário de expediente. Uma lei federal, assinada em dezembro do ano passado, abriu caminho para o pagamento de hora extra para o funcionário que recebe telefonemas e responde e-mail fora do horário de serviço.

Quando chega do trabalho, o gerente de locação Pedro Júnior vai direto para o sofá, mas o descanso dura pouco. Ele não para de receber torpedos no celular e e-mail de clientes e, às vezes, do chefe. “Algumas vezes eu acabo acordando com o toque do celular e não tem como não ver o que é”, disse.

O gerente trabalha oito horas por dia na empresa, mas a jornada continua em casa. “Se eu fizer a conta de quanto tempo por dia me dedico à empresa, entro em depressão”, brincou o funcionário.

Depois do trabalho, o técnico em máquina de embalagens Cleyton Honorato, gosta de relaxar e aproveitar um happy hour. Mas os dois celulares da empresa também vão para o bar. “Tem empresa que a máquina quebra de madrugada e aí me ligam pedindo ajuda e eu tenho que ir. Não pode deixar na mão não, fico 24 horas disponível” revelou.


Lei trabalhista


Para muitos trabalhadores, a impressão é de que o horário de expediente não termina nunca. Mas, para a legislação, existe um limite. A lei ainda equipara o trabalho em casa ao serviço dentro da empresa. Nos dois casos, os direitos trabalhistas devem ser respeitados.

O gerente regional do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) de São Carlos (SP), Antônio Valério Morillas Júnior, disse que os e-mail e torpedos enviados ao trabalhador podem ser usados como prova da execução do trabalho pós-jornada. “Esses documentos obrigam a empresa a remunerar o trabalhador com suas horas extras. Tudo o que é prestado além daquilo que for pactuado, é considerado como hora extra” explicou.

Pela lei, o funcionário não é obrigado a fazer hora extra, seja no escritório ou em casa. O empregador só pode exigir esse trabalho a mais se houver acordo escrito entre as partes ou uma norma coletiva dentro da empresa.

 

Funcionário que recebe e-mail fora do expediente tem direito a hora extra

Emprego na indústria cresce 4,4%

A indústria do Paraná foi a mais dinâmica do País na geração de emprego e renda no primeiro bimestre deste ano, de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ontem. O pessoal ocupado no setor cresceu 4,4% em relação ao mesmo período do ano passado, contra declínio de 0,6% da média nacional (formada pelos 10 estados em que a pesquisa é aplicada). Em rendimento salarial, o Paraná cresceu 13,7%, versus 4,8% para o Brasil.
Os segmentos da indústria paranaense que combinaram expansão expressiva de emprego e também da massa salarial foram máquinas e aparelhos elétricos, meios de transporte, alimentos e bebidas, têxtil e minerais não metálicos. Considerando apenas o mês de fevereiro, a indústria do Paraná aumentou em 4,2% o número de empregos em relação a fevereiro de 2011 – também o melhor desempenho do País. Na média nacional houve recuo de 0,7%.
O desempenho da indústria paranaense no mês foi determinado pela geração de empregos nos segmentos de máquinas e aparelhos elétricos, eletrônicos e de comunicações (31,3%), alimentos e bebidas (12,7%), refino de petróleo e álcool (10,5%), minerais não metálicos (10,2%), têxtil (10,2%), metalurgia (7,8%), meios de transporte (6,6%) e outros produtos (5,3%).
Para o diretor-presidente do Ipardes, Gilmar Mendes Lourenço, os dados positivos da indústria paranaense na geração de empregos e renda decorrem ”do desempenho bastante favorável observado pelas atividades articuladas à agroindústria, à metalmecânica, à petroquímica e à construção civil, otimizado pela instauração de um clima propício à multiplicação dos negócios no Paraná”.


Funcionário que recebe e-mail fora do expediente tem direito a hora extra

Desemprego na Grécia sobe ainda mais e alcança 21,8% da população

A taxa de desemprego na Grécia continua crescendo. Em janeiro de 2011, 14,8% da população estava sem trabalhp. Em dezembro o número subiu para 21,2%. Agora, segundo dados sazonalmente ajustados divulgados nesta quinta-feira pela agência de estatísticas do país (Elstat), a taxa alcançou 21,8% em janeiro.

O número de desempregados chegou a 1.084.668 no primeiro mês de 2012, informou o órgão oficial. Trata-se de um aumento de 344.913 pessoas paradas, na comparação entre janeiro e o mesmo mês de 2011. Entre as mulheres, o desemprego na Grécia chegou a 25,7% em janeiro deste ano, e entre os homens ficou em 18,7%. No grupo entre 15 e 24 anos, a taxa de desemprego no país é de 50,8%.

A Grécia já enfrenta cinco anos de recessão, agravada pelas medidas de austeridade que o país tem tomado em troca de ajuda financeira para tentar controlar suas contas.

Funcionário que recebe e-mail fora do expediente tem direito a hora extra

Aumenta a diferença entre salário de novos funcionários e demitidos de bancos

A diferença entre a remuneração média dos funcionários admitidos nos bancos do país em 2011 e a dos que foram demitidos no período aumentou para 40,87%. O dado consta da Pesquisa de Emprego Bancário, feita pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) e o Departamento Intersindical de Estudos e Estatísticas Socioeconômicas (Dieese).

De acordo com o levantamento, divulgado hoje (12), a média salarial dos novos contratados ficou em R$ 2.430,57 no ano passado enquanto a dos que foram demitidos ficou em R$ 4.110,26. Em 2010, a diferença da média salarial dos dois grupos era 37,6%. Nos demais setores da economia, segundo a pesquisa, a diferença é 7,1%.

Em 2011, os bancos criaram 23.599 novos postos de trabalho. A pesquisa foi feita com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.

“Os dados demonstram o acirramento da estratégia espúria dos bancos de utilizar a rotatividade para reduzir a despesa de pessoal”, avaliou o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro. “Os cinco maiores bancos registraram um lucro líquido de R$ 50,7 bilhões em 2011, número 9,8% maior que o do ano anterior, e aumentaram a remuneração de seus executivos. É uma situação absurda”, acrescentou.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o setor bancário registra uma das mais baixas taxas de rotatividade entre os vários segmentos da economia. Segundo a entidade, a rotatividade, por iniciativa do empregador, é algo em torno de 2%.

“Em relação ao salário médio de um trabalhador que está se desligando de uma instituição financeira, observa-se que esse sempre será maior comparado ao daquele que está ingressando, pois ele [o funcionário que está saindo] já cumpriu um plano de carreira dentro do banco, usufruindo de promoções que resultaram em aumentos salariais”, alegou a entidade, em nota.

“É uma situação totalmente diferente da pessoa que está chegando à instituição, que tem uma cadeia de promoções a seguir. Isso é uma prática comum nas corporações de todos os segmentos da economia e não apenas ao setor bancário”, disse a Febraban.

Funcionário que recebe e-mail fora do expediente tem direito a hora extra

Alimentação e habitação elevam inflação de baixa renda

A aceleração de preços de Alimentação e Habitação foram os principais responsáveis pela alta de 0,55% no Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1 (IPC-C1) em março, que mede a inflação das famílias de baixa renda, que recebem entre 1 e 2,5 salários mínimos por mês.
O aumento na ocupação e no poder aquisitivo das famílias de baixa renda tem impulsionado a demanda por serviços e, consequentemente, o aumento na inflação. Os preços de restaurantes aceleraram de 0,40% em fevereiro para 0,79% em março. Já as despesas com bares saíram de um aumento de 0,18% em fevereiro para 0,81% em março.
“Essa taxa de desemprego baixa e a política de recuperação do poder aquisitivo do salário mínimo, que traz ganhos reais para grupos que ganham pouco, aumenta o fôlego para gastar com produtos e serviços que antes não faziam parte do orçamento, entre eles comer fora de casa”, explicou André Braz, economista da FGV. “Com o aumento da demanda por esses serviços, bares e restaurantes, isso acaba em aumento de preços.”
O gasto com alimentos é o que mais pesa no bolso das famílias de baixa renda. O grupo Alimentação tem um peso de 30% na formação do IPC-C1. Além da alimentação fora de casa, também tiveram destaque os aumentos em frutas, laticínios, pescados e ovos. As frutas passaram de uma alta de 3,24% em fevereiro para 4,65% em março. Os laticínios reverteram uma queda de 0,32% em fevereiro para uma alta de 0,50% em março, em razão da chegada do outono, que prejudica o pasto.
“A partir de agora, com a chegada do outono, as condições de pastagem pioram, o volume de chuva diminui e já começa a haver aumento no preço do leite. Então o leite deve continuar em destaque nas próximas divulgações do índice”, avisou Braz.
Os pescados saíram de um recuo de 1,47% em fevereiro para um aumento de 2,34% em março, por conta da proximidade da Páscoa. Aves e ovos também foram afetados por um efeito sazonal, deixando assim a queda de 0,42% em fevereiro para alta de 0,69% em março.
Habitação

Os preços dos serviços ajudaram a aumentar os gastos das famílias de baixa renda com habitação em março. Dentro do IPC-C1 a alta no grupo Habitação saiu de 0,38% em fevereiro para 0,72% em março.

O peso do grupo Habitação no índice é semelhante ao do grupo Alimentação. Portanto, o resultado também teve grande influência na alta de 0,55% do IPC-C1 em março. “Habitação é tão importante quanto comida”, lembrou André Braz, economista da FGV. “A taxa de habitação praticamente dobrou de fevereiro para março, passou de 0,38% pra 0,72%”.
Na passagem de fevereiro para março, o aluguel residencial saiu de 0,51% para 0,98%; o condomínio, de 0,60% para 1,21%; as tarifas de água e esgoto, de 0,0% para 1,68%; os serviços de empregados domésticos, de 1,96% para 3,71%; e a mão de obra para reparo em residência, de 0,23% para 1,10%.
“A parte de habitação foi basicamente influenciada por serviços, como condomínio, aluguel e mão de obra. Não existe pressão de material de limpeza, eletrodomésticos, ou móveis, por exemplo”, ressaltou Braz.