População negra é a mais submetida a trabalhos infantil e escravo, diz sindicalista
Edição- Mariana Monteiro
O governo deve anunciar hoje a segunda etapa do programa Minha Casa, Minha Vida, que contemplará com habitações municípios de até 50 mil habitantes. O público alvo deve ganhar até três salários mínimos. Desta vez, o programa faz uma compatibilização com as metas do programa Brasil sem Miséria. A primeira fase se destinava a municípios com densidade populacional entre 50 mil e 100 mil habitantes.
Segundo a diretora do Departamento de Produção Habitacional do Ministério das Cidades, Maria do Carmo Avesani, 4 mil municípios se inscreveram para a fase dois do Minha Casa, Minha Vida, entre os 4.900 enquadrados como potenciais beneficiários. Esse número de inscrições, disse ela, mostrou “o quanto o programa é importante”, pois elege grande parte dos municípios brasileiros.
Mineirão também vai usar a luz do sol como fonte de energia. Seis partidas da Copa do Mundo de 2014 vão ser disputadas em Belo Horizonte.
A cobertura do Mineirão vai dobrar de tamanho. E a novidade do projeto quase ninguém vai ver. Ficará por cima: um sistema de geração de energia.
“Vai ficar muito bom, vai ser uma coisa muito chique”, afirma Leonardo da Cruz Freitas, operador de guincho.
O sistema é com placas de silício, mesmo material usado para fazer chips de computador. As placas transformam a radiação solar em eletricidade.
Aproveitando a energia do sol, o Mineirão vai produzir cerca de 80% de toda a energia elétrica que ele vai consumir. É o suficiente para abastecer, a cada dia, mil e duzentas residências de porte médio.
“Mesmo com tempo nublado ele gera energia ”,explica Lauro Vilhena, professor eletrônico PUC.
Serão sete mil placas ocupando toda a cobertura de concreto: dez mil metros quadrados.
O Mineirão vai fazer uma troca. Como durante o dia o consumo no estádio é pequeno, a energia que sobrar vai para a rede de abastecimento da cidade. E em dias de jogos, principalmente à noite, a rede devolve a energia ao estádio. Uma espécie de compensação.
“Durante 25 anos esse sistema vai ficar aqui, funcionando, gerando energia. Quanto mais você gera energia por fontes que não poluem, é como você estar deixando de consumir. Então, qualquer economia de energia é bem vinda”, explica Alexandre Heringer, gestor de projetos energias renováveis da Cemig.
A conversão de energia solar em eletricidade também será feita no Maracanã- o suficiente para abastecer 240 casas.
No Mineirão, as placas começam a ser instaladas em setembro. E vão contribuir para o estádio conseguir a certificação de empreendimento ambientalmente sustentável.
“Nós temos outras ações também, como reuso de água e o reaproveitamento de materiais na fase de construção”, diz Ricardo Barra, diretor Consórcio Minas Arena.
Leonardo quer ver na prática o sistema funcionando. Mas já gostou. “Quando aparece qualquer coisa para economizar e gerar energia é muito bom”, afirma o operador de guincho Leonardo da Cruz Freitas.
Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) entregaram nesta quarta-feira (11), em Brasília, a membros do primeiro escalão do governo, a pauta de reivindicações do Abril Vermelho. O Abril Vermelho é promovido todos os anos, com manifestações e ocupações de fazendas, em várias partes do país, para lembrar o Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido em 17 de abril de 1996, no Pará. As reivindicações dos sem-terra foram levadas aos ministros do Desenvolvimento Agrário (MDA), Pepe Vargas, e da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho.
De acordo com documento divulgado pelo MST, “mais de 4 milhões de famílias de trabalhadores rurais estão aguardando terras para produzir e 186 mil famílias estão acampadas, vivendo em condições precárias, em barracas de lona, na luta pela reforma agrária”. Segundo o movimento, o processo de criação de assentamentos no país está parado.
Além de terra, o MST exige a abertura de novas linhas de crédito rural “para que camponeses e agricultores familiares produzam, organizados em cooperativas e com técnicas agroecológicas”. E em relação à educação, o movimento alerta que, nos últimos dez anos, foram fechadas mais de 36 mil escolas no meio rural. Segundo eles, a educação dos jovens do campo é necessária para evitar a migração para áreas urbanas.
Em nota, o MDA informou que ainda vai analisar as reivindicações. Segundo a assessoria do MDA, o encontro do ministro Vargas com os líderes do MST transcorreu em clima de “tranquilidade”.