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Em queda livre, DEM pode fundir-se ao PSDB

Em queda livre, DEM pode fundir-se ao PSDB

Depois do mensalão do Arruda, o envolvimento de Demóstenes com Carlinhos Cachoeira parece decretar o ocaso da legenda. Líderes do partido ainda dizem que aguardarão a resposta das urnas, mas a união com os tucanos já é cogitada por alguns

Em setembro de 2010, o então presidente Lula aproveitava o escândalo de corrupção do Governo do Distrito Federal, que ficou conhecido como “mensalão do DEM”, para pregar a extinção do partido. A declaração foi feita em comício de campanha da então candidata Dilma Rousseff em Joinville (SC). Cerca de sete meses antes, o ex-governador do DF José Roberto Arruda, um dos proeminentes da legenda, era preso pela Polícia Federal em Brasília, e em seguida deposto do comando do GDF. Era um duro golpe no partido. Arruda estava então cotado para ser o candidato a vice na chapa de José Serra, do PSDB, ou mesmo para tornar-se presidenciável. Depois que Arruda desceu pelo ralo, um novo golpe veio com a criação do PSD de Gilberto Kassab, que tomou do partido 16 deputados e dois senadores. Agora, o DEM perde Demóstenes, que liderava o partido no Senado e era cogitado em algumas conversas mesmo como uma futura aposta do partido para a disputa da Presidência. Como um castelo de cartas, o DEM desmorona e parece confirmar

O vaticínio de Lula.

Desde a morte do ex-senador Antonio Carlos Magalhães (BA) e da aposentadoria do ex-senador Jorge Bornhausen (SC), o DEM míngua a olhos vistos. Só para citar um número, em 2006 o partido tinha a maior bancada no Senado – 18 senadores. Agora, com a saída de Demóstenes, os senadores do DEM são apenas quatro (Clóvis Fecuri, do Maranhão; Jayme Campos, do Mato Grosso; José Agripino, do Rio Grande do Norte, e Maria do Carmo Alves, de Sergipe). O partido que nasceu como dissidência do PDS – o partido que dava sustentação à ditadura militar – para apoiar a eleição de Tancredo Neves resolveu mudar de nome em 2006, quando era presidido pelo deputado Rodrigo Maia (RJ). Tornou-se o DEM. Virou alvo fácil da provocação dos adversários, que passaram a chamar seus integrantes de “demos”. Quando assumiu a presidência do partido, o senador José Agripino, diante dos problemas que já se avolumavam, chegou a desabafar, numa entrevista exclusiva ao Congresso em Foco: “O PFL nunca deveria ter mudado de nome”.

O caso Demóstenes é o mais duro golpe sofrido pelo DEM. Segundo as investigações da Polícia Federal na Operação Monte Carlo, o senador goiano era um dos beneficiários e facilitadores, nos círculos do poder, do grupo criminoso de Carlinhos Cachoeira. Ele agora é alvo de processo por quebra de decoro no Conselho de Ética do Senado, investigado pelo Supremo Tribunal Federal(STF) e alvo principal de uma iminente Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).

Apesar de tudo isso, o presidente nacional e atual líder do DEM no Senado, José Agripino, tenta fazer do limão uma limonada. Para ele, o partido sai fortalecido, porque não demorou a expulsar de seus quadros Demóstenes Torres. É uma repetição do que ele já dissera quando o DEM fez o mesmo com José Roberto Arruda. Para Agripino, é uma conduta inversa à do PT. No caso do mensalão, o partido do governo chegou a expulsar o tesoureiro do partido, Delúbio Soares, mas, depois, com a recuperação da popularidade do governo Lula, reconduziu-o aos quadros. Segundo Agripino, a orientação da cúpula é “cortar na carne” os integrantes considerados fisiologistas, com o discurso de que é melhor manter o partido coeso do que acomodar partidários do “toma-lá-dá-cá”.

No dia em que anunciou processo de expulsão de Demóstenes, Agripino disse que “o Brasil todo reconheceu” a atuação parlamentar de Demóstenes, até que sua outra face foi descoberta. “As denúncias de que ele [Demóstenes] foi objeto obscureceram completamente o seu passado. Na hora em que nós comunicamos a abertura de um processo de investigação, nós estamos dando a clara oportunidade para que a defesa se manifeste – defesa que em nenhum momento ele apresentou”, disse o líder demista em vídeo postado pela liderança da sigla no Youtube. Agripino está em Portugal tentando convencer o ex-deputado cearense Moroni Torgan a reforçar a linha de frente da legenda nas próximas eleições municipais, em outubro. Segundo a assessoria do DEM, Moroni, que é mórmon, está em missão religiosa naquele país europeu.

Padrão ético

Nos bastidores, alguns parlamentares dizem acreditar que a saída para o DEM, um partido conservador de centro-direita, é a fusão com o PSDB. Essa tese é defendida abertamente pelo ex-líder do PSDB na Câmara Duarte Nogueira. Segundo ele, essa será uma discussão a ser feita após as eleições municipais deste ano. “A fusão continua em aberto, e essa questão vai voltar a ser discutida no término das eleições municipais, quando cada partido fará um balanço do resultado obtido nas eleições municipais. No caso do Democratas, entendo que é o momento oportuno para a gente voltar a falar sobre a possibilidade de fusão com o PSDB. Pessoalmente, vejo com muito entusiasmo essa possibilidade”.

Para Duarte Nogueira, tudo dependerá do resultado que vier a ser obtido nas eleições. “Acredito que o DEM, ao encerrar essas eleições, fará um balanço do que o partido projeta, potencialmente, para as eleições de 2014. Dependo das estratégias do partido, eles vão decidir se caminham sozinhos ou se podem tender a uma fusão”, avalia.

Até para não atrapalhar a estratégia para as eleições, os parlamentares do DEM não admitem a hipótese defendida por Duarte Nogueira. “Esse assunto não está em pauta, não vamos discutir nenhuma hipótese de fusão. O partido está muito concentrado agora no esforço das eleições municipais. Queremos projetar o maior número possível de candidatos a prefeito, com possibilidades reais de vitória em cidades importantes”, disse o líder do partido na Câmara, ACM Neto.

“O partido saiu maior do que entrou no episódio do senador Demóstenes, porque agiu com rapidez e continuou se diferenciando dos demais partidos. Foi rigoroso, puniu, não passou a mão na cabeça de um parlamentar que, comprovadamente, havia faltado com os padrões éticos que são defendidos pelo Democratas”, defendeu o deputado baiano, reverberando o discurso de José Agripino.

Discussão com diretórios

Vice-presidente do Conselho de Ética do Senado – que se recusou a assumir a presidência por ter sido do mesmo partido de Demóstenes –, o senador Jayme Campos, embora diga não encampar a ideia da fusão com o PSDB, afirmou que ela tem de ser discutida com os diretórios estaduais e municipais do partido. “É um partido que tem uma trajetória que ninguém pode desconhecer. Infelizmente aconteceram esses fatos, e isso tem sido muito prejudicial. É um assunto que temos que discutir primeiro no diretório nacional, e depois fazer um encaminhamento que seja melhor para o partido. E temos de ouvir as bases, não podemos tomar nenhuma decisão de cima pra baixo”, ponderou.

Aposta das oposições para as eleições presidenciais de 2014, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) considera que o DEM ocupa um espaço importante no jogo político nacional, que não deve ser desprezado. “O DEM pode ocupar um espaço ainda de algum relevo no espectro político-partidário, de centro-direita. Um partido de viés liberal, e não tem outro partido no Brasil ocupando esse espaço, no campo da oposição. Para nós, o interessante é o fortalecimento do DEM, por isso estamos fazendo alianças municipais. Onde eles tiverem candidatos viáveis, o PSDB vai com eles”, declarou Aécio.

Para Aécio, a discussão sobre uma eventual fusão deve ficar para depois. “Neste momento, eu prefiro que tenhamos duas forças distintas na oposição. Na verdade três, com o PPS, com líderes distintos, para ter espaço no plenário, e com candidaturas que possam se somar. Não é agenda para agora. Vamos ajudar a fortalecer o DEM”.

Em queda livre, DEM pode fundir-se ao PSDB

Cesta básica de Curitiba fica estável em março

A cesta básica de Curitiba fechou pelo segundo mês consecutivo em queda. Em março, a redução nos preços foi de 0,02% e, em fevereiro, já tinha ocorrido uma queda de 4,04%. Os produtos que puxaram os preços para baixo foram a banana (-5,52%) e o tomate (-2,15%). O economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Sandro Silva, disse que já havia a expectativa de queda da cesta em função do início do período de safra.
Apesar da queda registrada em março, nove dos 13 produtos pesquisados apresentaram alta, três tiveram queda e apenas o arroz ficou estável. A banana e o tomate tiveram os preços diminuídos em função da safra. Silva lembrou que o preço do tomate já tinha caído 31% em fevereiro. Em janeiro, o preço médio do quilo do produto era R$ 2,72 e, em março, era vendido a R$ 1,82.
O litro de leite também apresentou queda e teve redução de -1%: de R$ 1,99 para R$ 1,97. O feijão teve a maior alta (3,65%) e entre dezembro de 2011 e março deste ano subiu 17%. Os principais motivos para o aumento são a entressafra, o atraso no plantio, a redução de área e de produção para este ano e problemas climáticos que afetaram a cultura.
Por causa da entressafra, a farinha de trigo foi o segundo item com maior alta (2,31%). O açúcar ficou 1,90% mais caro depois de cair -9,44% nos dois primeiros meses do ano. O pão subiu 1,88% em função da alta da farinha de trigo. A batata ficou 1,63% mais cara porque a colheita encerrou em fevereiro. O óleo de soja subiu 1,17% como reflexo ainda da entressafra da soja. Os outros produtos que ficaram mais caros foram o café (0,87%), a manteiga (0,47%) e a carne (0,14%).
Em março, a cesta de Curitiba foi a nona mais cara e teve a menor queda em percentual entre as 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. No ano, acumula redução de 1,01%. Nos últimos 12 meses, caiu 0,93%.
Silva acredita que, em abril, a cesta também pode fechar em queda com a redução de preços de alguns produtos que entram em período de safra. No entanto, o resultado final vai depender também da batata e do tomate que são itens que oscilam muito e estão em final de safra. É possível que também ocorra oscilação no preço da carne.
No ano passado, a cesta comprometia 45,58% do salário mínimo. Agora, este percentual diminuiu para 39,57% devido ao aumento do poder aquisitivo do salário mínimo que passou de R$ 545 para R$ 622.
Neste ano, os produtos que tiveram as maiores quedas foram o tomate (-23,53%), o açúcar (-7,73%) e a carne (-4,25%). As maiores altas ficaram por conta do feijão (15,38%), batata (6,84%) e banana (19,18%). No primeiro trimestre do ano, dos 13 produtos pesquisados, oito tiveram alta, quatro registraram redução e apenas um (farinha de trigo) ficou estável.


Em queda livre, DEM pode fundir-se ao PSDB

Espanha: A crise será pior

“Após aplicar o Consenso de Washington com todos os seus malefícios, a Espanha busca sair da crise aprofundando as mesmas políticas neoliberais”
 
Para avaliar, mesmo que à distância, o que ocorre na Espanha, busquei acessar no último dia 5 de abril o site do jornal El País. Retirei dele algumas manchetes com seus respectivos subtítulos:
1) El BCE cree que los mercados esperan más de los Gobiernos; Draghi considera que en España y Grecia el crecimiento deberá venir de las reformas.
2) El suicidio de un jubilado ante el Parlamento sacude a Grecia; El hombre, un farmacéutico de 77 años acosado por las deudas, se pegó un tiro y culpó al Gobierno de su situación.
3) Educación elimina el plan de escuelas infantiles por los ajustes; La enseñanza hasta tres años es “asistencial”, dice la secretaria de Estado Montserrat Gomendio.
4) Los contratos de ciencia se reducen este año en un 43%; Sólo se convocarán 340 para los programas postdoctorales Ramón y Cajal y Juan de la Cierva, frente a los 600 de 2011.
5) Rajoy tilda de “desagradables” las cuentas y pide rigor a las regiones; El presidente del Gobierno admite que los presupuestos son “duros” y exige a las autonomías que cumplan el déficit.
6) La preocupación por la educación y la sanidad se dispara con los ajustes; Los españoles elevan a quinto problema la enseñanza y al sexto la sanidad. La inquietud por los servicios, la más alta en un año.
7) El precio de la gasolina marca otro récord en Semana Santa; Llenar el depósito medio de un coche cuesta entre 79 y 89 euros. La gasolina ha subida un 12% y el gasóleo el 7,7%.
8)Hollande cuestionará el rigor fiscal de la UE con un plan de crecimiento; El candidato socialista francés apuesta por favorecer el empleo, mantener el poder adquisitivo y controlar las cuentas.
Com exceção da manchete de número 2, que versa sobre a crise na Grécia, e da de número 8, sobre as eleições na França, as demais versam sobre o momento político, econômico e social vivido pela Espanha.
Vou me deter a comentar somente duas áreas: educação e saúde.
Com a manchete “Los recortes disparan la preocupación por la educación y la sanidad”, Elsa García de Blas, no dia anterior (4 de abril), no mesmo El País, analisa a pesquisa “Barómetro del CIS (Centro de Investigaciones Sociológicas), de março de 2012. Esta pesquisa dá uma ideia geral do que os espanhóis estão vivendo, pensam e esperam.
O CIS fez a seguinte pergunta: “Por qual motivo a situação do ensino na Espanha é regular, ruim ou muito ruim?” Dentre os entrevistados, 22,1% responderam que é por falta de professores; 18,7%, porque se exige pouco dos estudantes; 14,2%, devido à baixa motivação do professorado. Ou seja, 36,3% responderam que é porque falta professor ou porque os mesmos estão desmotivados.
Observo que a pesquisa é fruto de um momento, mas este momento é resultado das políticas aplicadas durante, no mínimo, 30 anos.
Segundo a pesquisa, a educação é o quinto problema para os espanhóis. A saúde vem em seguida, em sexto lugar. E ambas têm, conforme a pesquisa, se deteriorado rapidamente. Os números dizem isso, pois a preocupação com a educação era lembrada, em janeiro deste ano, por 5,6% e, agora, por 10%. Em março de 2011, o índice era ainda menor: 4,3%.
Algo semelhante ocorreu com a saúde. Em março de 2011, a saúde era a preocupação de 3,4% dos entrevistados, e agora está em 9,3%. Estes dados mostram não só a preocupação, mas a deterioração dos serviços.
Seis em cada dez espanhóis creem que a educação necessita melhorar, e 62% respondem que a educação é regular, ruim ou muito ruim. E, pelas matérias do próprio dia 4, é possível dizer que essa melhora não será para breve.
Segundo J.A. Aunión, na matéria “Educación elimina el plan de creación de escuelas infantiles”, de 4 de abril, o governo de direita da Espanha, sob a égide de Mariano Rajoy, do PP, cortou mais de 600 milhões de euros do orçamento da educação, dos quais 166 milhões para bolsas de estudos, que no ano passado teve cerca de 500 milhões de euros.
Com este corte, desaparece o plano de criação de escolas infantis para menores de três anos de idade. Também desaparece o “Programa Escola 2.0”, de dotar as escolas com computadores portáteis e digitalizar as aulas.
A secretária de Estado, Montserrat Gomendio, para justificar os cortes na educação infantil, declarou que a educação até três anos de idade é mais assistencial que educativa. Pior, esta é também a opinião do ministro de Educação, José Ignacio Wert.
Grave também na Espanha é o abandono escolar, que é de 28,4%, quase o dobro da média europeia. Mesmo assim, esta área sofreu um corte orçamentário, da ordem de 1,1 milhão de euros a menos do que em 2011.
Também na saúde houve cortes. Segundo Javier Rey, em seu artigo “Sanidad y crisis em España”, o crescimento do gasto sanitário espanhol crescia acima do PIB há muitos anos e que agora vive uma realidade de cortes orçamentários.
Concluo: a Espanha, após aplicar, por cerca de 30 anos, o Consenso de Washington com todos os seus malefícios, busca sair da crise aprofundando mais e mais as mesmas políticas neoliberais (corte de gastos) preconizadas pelo mesmo consenso.
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Aprovação de crédito imobiliário pode demorar até um ano

Matéria veiculada nesta terça-feira, dia 10, no jornal O Estado de S.Paulo, revela que levantamento da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) indica que o boom do crédito imobiliário tornou a compra da casa própria acessível a milhões de brasileiros, mas a aprovação do financiamento continua demorada.

Houve melhora nos últimos anos, como a redução da média de documentos exigidos do comprador, vendedor e imóvel de 52 para 14.

No entanto, em casos extremos, entre o pedido e a aprovação do crédito o consumidor pode esperar até um ano.

Há vários problemas no processo de contratação do crédito por parte dos órgãos públicos, dos bancos e dos mutuários.

Na esfera pública, a barreira é falta de integração de órgãos expedidores dos documentos.

Outro problema é a falta de digitalização dos documentos.

Apesar de o mercado reconhecer o avanço dos bancos, a lista de documentos cobrados ainda é considerada grande.

No caso dos compradores o principal problema está na entrega do dossiê do processo.

Outra dificuldade é com o programa Minha Casa, Minha Vida.

É preciso reunir um grupo de pessoas que vão financiar os apartamentos.

O financiamento como banco já começa no início da obra.

O problema é que cada mutuário é avaliado em um momento.

Só quando a construtora reúne o número mínimo exigido, que pode ser 60, 100, 150 famílias é marcado um dia para que todas compareçam e assinem o contrato.

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Mercosul lança campanha para erradicação do trabalho infantil

O Ministério do Trabalho e Emprego, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Agência Brasileira de Cooperação (ABC), lançaram nesta terça-feira (10), em Brasilia, campanha de comunicação para prevenção e erradicação do trabalho infantil no Mercosul. A campanha tem como objetivo alertar a sociedade sobre a necessidade de prevenir e erradicar o trabalho infantil, com foco especial no trabalho agrícola, o trabalho doméstico e a exploração sexual comercial.

“É um dia muito importante, o combate ao trabalho infantil é quase uma obsessão no Ministério do Trabalho e Emprego. Temos conseguido com êxito combater esta prática no trabalho formal. No entanto, no rural ou doméstico, extrapola a área da fiscalização. Temos certeza que estamos avançando no combate e que estamos no caminho certo”, disse o ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto dos Santos Pinto, ao participar da solenidade.

A campanha, entitulada “O Mercosul Unido contra o Trabalho Infantil”, faz parte do projeto de apoio ao Plano Regional para a Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil assinado em novembro de 2010 entre os ministros do Trabalho e Emprego do Brasil, da Argentina, Paraguai e Uruguai. O Plano prevê a harmonização da Declaração sócio-laboral do Mercosul no tema trabalho infantil, de acordo com as normas internacionais que garantam os direitos das crianças; levantamento estatístico sobre a realidade do trabalho infantil nos estados membros do Mercosul; e elaboração de mecanismos de cooperação entre os países que inclui programas de sensibilização, conscientização, ações conjuntas de intervenção e apresentação dos resultados do diagnóstico sobre o trabalho infantil na região.

“A erradicação do trabalho infantil tem sido alvo importante das políticas de governo. O Brasil é signatário da Convenção 138 da OIT, sobre a idade mínima de admissão ao emprego, e da Convenção 182, sobre as piores formas de trabalho infantil. O Brasil está comprometido com a erradicação e esse Plano vem ao encontro das políticas desenvolvidas pelo Ministério do Trabalho e Emprego. É importante ressaltar que as zonas de fronteira estão sendo planejadas junto com o lançamento da campanha, para que os países tenham um protocolo em comum”, destacou a secretária de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Vera Lucia de Albuquerque.

“Sabemos que os países do Mercosul desenvolveram, nos últimos anos, uma série de políticas de combate ao trabalho infantil. E, uma das ações de destaque desta campanha fica por conta da elaboração do Plano Regional, que tem três eixos, entre eles, a harmonização entre os países do bloco em consonância com a OIT, além da unificação dos indicadores para assim subsidiar melhores ações”, destacou a diretora da Organização Internacional do Trabalho, Laís Abramo.

A campanha “Mercosul Unido contra o Trabalho Infantil” é composta por três peças gráficas, sendo cada uma delas abordando: a exploração sexual de menores; o trabalho doméstico infantil e o trabalho rural, e estará centralizada nas cidades de fronteira: Paso de Los Libres (Argentina), Uruguaiana (Brasil), Posadas (Argentina), Encarnación (Paraguai), Rivera (Uruguai), Santana do Livramento (Brasil), Foz do Iguaçu (Brasil) e Ciudad del Este (Paraguai).

Fiscalização – A fiscalização do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego atua em parceria com organizações governamentais e não-governamentais. Tem como objetivo combater toda e qualquer forma de trabalho infantil, retirando as crianças do trabalho e facilitando-lhes o acesso à escola. Entre 2003 a 2012, a fiscalização tirou mais de 71 mil crianças e adolescentes do trabalho.