por master | 02/08/21 | Ultimas Notícias
Em outra frente, presidente da Câmara disse não ver chances de a PEC do voto impresso avançar
O Centrão avisou a Jair Bolsonaro que não embarcará nas farsas golpistas, sobretudo após o fiasco da “live do voto impresso”. Líderes e dirigentes do grupo, bem como aliados do governo, deram um ultimato ao presidente: que ele modere o tom com relação à existência de fraude nas urnas eletrônicas.
Na live de quinta-feira (29), Bolsonaro prometeu provar que as urnas eletrônicas podem ser fraudadas, mas ele próprio admitiu que não havia prova nenhuma de irregularidades. “Não tem como se comprovar que as eleições não foram ou foram fraudadas”, declarou o presidente, constrangido.
Ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e do STF (Supremo Tribunal Federal) consideraram a live patética. Para o Centrão, foi a gota d’água – e Bolsonaro precisa parar de flertar com ameaças golpistas, sob pena de perder mais em popularidade por causa da pecha de radical.
Nesta semana, o presidente se comprometeu com congressistas e ministros, inclusive Ciro Nogueira, recém-nomeado chefe para comandar a Casa Civil, a melhorar o discurso. A aposta é numa grande virada: que Ciro conseguirá convencer Bolsonaro a virar a chave e falar para a população de que é seguro votar, deixando de lado a tese das fraudes nas urnas.
Sob pressão, Bolsonaro deverá participar da reunião entre os três Poderes que está sendo articulada pelo presidente do Supremo, ministro Luiz Fux. Na segunda-feira (2), Fux deve telefonar a Bolsonaro e aos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente, para marcar a data do encontro.
Em outra frente, o presidente da Câmara disse nesta sexta-feira (30) não ver chances de a PEC (proposta de emenda à Constituição) do voto impresso ser aprovada na comissão especial da Casa. Na avaliação de Lira, o texto não terá apoio suficiente para chegar ao plenário.
“A questão do voto impresso está tramitando na comissão especial”, afirmou. “O resultado da comissão impactará se esse assunto vem ao plenário ou não. Na minha visão, tudo indica que não”, afirmou.
Com informações da Folha de S.Paulo
Disponível em: https://vermelho.org.br/2021/07/31/centrao-da-ultimato-a-bolsonaro-apos-fiasco-da-live-do-voto-impresso/
por master | 02/08/21 | Ultimas Notícias
Assinam o requerimento Solidariedade, MDB, PCdoB, PT, PDT, PSDB, PSOL, Rede, Cidadania, PV e PSTU
Em conjunto, 11 partidos protocolaram requerimento neste sábado (31) para que o corregedor-geral eleitoral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Luís Felipe Salomão, interpele Jair Bolsonaro. Eles querem que o presidente preste esclarecimentos sobre as acusações infundadas que fez em uma live contra as urnas eleitorais na última quinta-feira (29).
Assinam o requerimento Solidariedade, MDB, PCdoB, PT, PDT, PSDB, PSOL, Rede, Cidadania, PV e PSTU. Além das explicações, os partidos cobram de Bolsonaro “documentos e supostas provas das ilações amplamente divulgadas” na live. “A sequência do pronunciamento, que tinha como objetivo destacar os referidos indícios, revelou uma esdrúxula e vexatória exposição de vídeos amadores, sem qualquer menção a métodos de pesquisa e alguns, inclusive, originários de compartilhamentos em redes sociais”, diz o requerimento.
Na trasmissão, apesar de repetir diversas vezes que não tinha provas do que falava, Bolsonaro mostrou vídeos e convidou um suposto programador para fazer uma simulação de fraude no sistema eletrônico de votação. Várias das suspeitas exibidas nos vídeos apresentados pelo presidente já formam investigadas tanto pelo TSE quanto pela Polícia Federal, sendo comprovadamente falsas. Além disso, no mesmo dia, o conteúdo apresentado foi rebatido simultaneamente pelo Tribunal Superior Eleitoral nas redes.
Leia a íntegra do requerimento dos 11 partidos:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO DO TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL, CORREGEDOR-GERAL ELEITORAL, LUÍS FELIPE SALOMÃO
“O paradoxo trágico da via eleitoral para o autoritarismo é que os assassinos da democracia usam as próprias instituições da democracia – gradual, sutil e mesmo legalmente – para matá-la”.
PARTIDOS… vêm, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por intermédio de seus advogados abaixo signatários (Procuração em anexo), informar e requerer o que segue.
1. O Senhor Presidente da República manifesta-se continuadamente, por vários meses, no sentido de colocar em dúvida a confiabilidade do sistema de votação eletrônica em funcionamento no país.
2. Diante da gravidade das alegações do Presidente da República o Tribunal Superior Eleitoral publicou, em 23.06.2021, a Portaria CGE nº 1/2021, por meio da qual o d. Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral ordenou a instauração de “procedimento administrativo com o objetivo de apurar a existência ou não de eventuais elementos concretos que possam ter comprometido a segurança do processo eleitoral de 2018 e de 2020, com vistas à preparação e ao aperfeiçoamento do pleito de 2022”.
3. Determinou-se, ainda, “levantamento de informações e a apresentação de evidências junto às autoridades que tenham relatado ou venham a relatar a ocorrência de fraudes em eleições anteriores ou, ainda, falhas que tenham comprometido a sua lisura”.
4. Os elementos que embasam a referida determinação foram anexados à Portaria e tratam, majoritariamente, de declarações do Presidente Jair Bolsonaro, o qual foi, juntamente com outros atores, intimado para apresentar “evidências ou informações de que disponham, relativas à ocorrência de eventuais fraudes ou inconformidades em eleições anteriores”.
5. De acordo com informação dessa Egrégia Corte Eleitoral, não houve qualquer manifestação do Presidente Jair Bolsonaro em resposta à referida determinação.
6. Eis que o Senhor Presidente da República, a continuar sua série de manifestações em redes sociais, promoveu transmissão ao vivo em suas redes sociais, no dia 29.07.2021 (quinta-feira).
7. O conteúdo, conforme divulgado pelo Presidente Jair Bolsonaro, seria a efetiva demonstração de inconsistências identificadas nas eleições de 2014 e 2018, que provariam que o processo eleitoral brasileiro não atende aos critérios de segurança esperados, sendo passível de fraudes, o que embasaria a sua tese de implementação voto impresso auditável.
8. O que se observou, contudo, em um primeiro momento, foi um ato estritamente político, com críticas expressas a partidos de oposição, deputados e senadores que se manifestam de maneira contrária aos interesses do Presidente Jair Bolsonaro, seguido de inúmeras ofensas ao Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, cuja atuação foi colocada sob suspeita por “estranhamente” convencer um grande número de pessoas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas.
9. Longe de demonstrar qualquer elemento de prova, ressaltou ainda o Presidente Jair Bolsonaro que, muito embora não tenha condições de apresentar um conteúdo probatório, os indícios de fraude eleitoral não poderiam ser ignorados.
10. A sequência do pronunciamento, que tinha como objetivo destacar os referidos indícios revelou uma esdrúxula e vexatória exposição de vídeos amadores, sem qualquer menção a métodos de pesquisa e alguns, inclusive, originários de compartilhamentos em redes sociais.
11. O ato configurou um verdadeiro constrangimento às Instituições Democráticas e ao Estado de Direito, reiteradamente atacados pelo Presidente Jair Bolsonaro.
12. Ora, sabe-se que o principal objetivo colimado pela instauração do Processo Administrativo em epígrafe é investigar a concretude dos “relatos de natureza genérica” concernentes à higidez no processo eleitoral de 2018 e 2020, especialmente aqueles propalados pelo atual Presidente da República, para aprimoramento da segurança no processo eleitoral das eleições de 2022.
13. Nesse contexto, não se pode ignorar as banalidades divulgadas pelo Presidente Jair Bolsonaro na noite do dia 29.07.2021, quando afirmou “não ter provas, mas indícios” e voltou a atacar as Instituições, ignorando a gravidade de suas levianas palavras que, longe de prestar qualquer contribuição à segurança das eleições, busca desmerecer os pilares democráticos e uma forma de eleição cuja confiabilidade vem sendo observada por quase um século, garantindo a alternância democrática em estrito reflexo da vontade popular.
14. Em razão disso, entende-se que o objeto de apuração do Processo Administrativo instaurado pela Portaria nº 01/2021 deve englobar as referidas alegações do atual Presidente da República.
15. Outrora abstratas e inconclusivas, as acusações aqui relatadas apenas reiteraram, de maneira direta e inequívoca, a imputação ao Tribunal Superior Eleitoral da responsabilidade pelas supostas fraudes no sistema de votação eletrônica no Brasil.
16. Evidencia-se, assim, ser imperativo que se proceda à elucidação das condições e termos em que se dão as graves acusações de fraude no sistema de votação e apuração de votos eletrônica perpetradas pelo Presidente da República.
17. Face ao exposto, o peticionante vem, com o devido acato, à presença de Vossa Excelência, apresentar os fatos narrados e REQUERER:
17.1. Sejam os relatos aqui trazidos juntados aos autos da apuração em curso no bojo do Processo Administrativo, instaurado por meio da Portaria CGE nº 1/2021, de 23.06.2021, para adoção das providências cabíveis pela Corregedoria-Geral da Justiça Eleitoral; e
17.2. Por meio da expedição de Ofício desse Egrégio Tribunal Superior Eleitoral seja determinada a INTERPELAÇÃO do Senhor Presidente da República, a fim de que:
a. Sejam prestadas explicações sobre as acusações sobre fraude no sistema de votação eletrônica e apuração de votos propagadas durante a transmissão ao vivo promovida no dia 29/07/2021; e
b. Sejam apresentados documentos e supostas provas das ilações amplamente divulgadas na transmissão ao vivo promovida no dia 29/07/2021.
Nestes termos, pede deferimento.
Com informações da CartaCapital e da Folha.com
Disponível em: https://vermelho.org.br/2021/07/31/11-partidos-se-unem-em-acao-no-tse-contra-bolsonaro-leia-a-integra/
por master | 02/08/21 | Ultimas Notícias
O ex-senador Roberto Requião (MDB-PR)
Após mais de trinta anos no MDB, o ex-senador Roberto Requião (PR) anunciou que nesta segunda-feira (2) oficializará sua saída do partido. A mudança se dá após a chapa encabeçada pelo político perder neste sábado (31) convenção estadual que definiu a presidência da sigla no Paraná. A chapa vencedora foi a liderada pelo deputado estadual Anibelli Neto.
Em uma série de postagens no Twitter, Requião fez diversas críticas ao partido, principalmente ao paraense, e disse que não foi ele quem saiu da legenda, mas sim, o MDB-PR que acabou. “Sempre acreditei no que dizia Gramsci: ‘Não existe o canalha absoluto’. O canalha absoluto é uma figura de literatura. Depois da convenção do MDB do Paraná vou rever esta crença!”, disse.
Requião é conhecido por chamar a sigla de seu “velho MDB de guerra” e afirmou que a chapa vencedora se aliará ao governador Ratinho Junior (PSD), aliado do governo de Jair Bolsonaro. Requião já foi deputado estadual, senador, governador do Paraná e prefeito da capital Curitiba, sempre pelo MDB.
Agora, o político avalia para qual sigla irá. Em enquete feita com seus seguidores no Twitter, listou entre as opções: PT, PDT, PSB ou ainda outra legenda.
Fonte: CONGRESSO EM FOCO
https://congressoemfoco.uol.com.br/eleicoes/requiao-anuncia-saida-do-mdb-e-chama-partido-de-bolsonarista-e-racista/
por master | 02/08/21 | Ultimas Notícias
Recuperação das vagas perdidas em 2020 será apenas parcial em 2021

O fracasso do governo Jair Bolsonaro e a pandemia de Covid-19 agravaram a crise do emprego no País. De acordo com a nova Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (30) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem hoje 14,8 milhões de desempregados.
Os dados do mercado de trabalho até mostram ligeiros sinais de melhora. Mas, segundo analistas de mercado, a situação do desemprego ainda é grave e pode demorar para melhorar.
O IBGE aponta que taxa de desocupação do trimestre móvel até maio 2021 (14,6%) ficou praticamente estável em relação aos três meses até abril (14,7%). Houve aumento de 0,9% da população ocupada (809 mil pessoas) nessa comparação. Mas o contingente ainda está bem abaixo do recorde da série histórica – de 94,5 milhões, no fim de 2019.
Os números indicam que a situação parou de piorar, mas a melhora será muito gradual. Tudo indica que o desemprego continuará em alta até o fim do governo Bolsonaro, que tem mandato até 31 de dezembro de 2022.
Na visão do economista Bruno Imaizumi, da LCA Consultores, a recuperação das vagas perdidas em 2020 será apenas parcial em 2021. “Em 2020, houve uma perda de 8,4 milhões de ocupados. Nossa estimativa preliminar para 2021 é de 7 milhões a mais. Ou seja, ainda deixa mais de 1 milhão de pessoas de fora. É uma recuperação parcial”, destaca ele.
Segundo Imaizumi, dado o cenário “ainda complicado”, haverá também uma piora na qualidade do trabalho, com o avanço da informalidade. Devido à necessidade de recomposição de renda, muitos trabalhadores vêm se recolocando no mercado em posições de pior qualidade que ocupavam antes, seja em termos de renda, seja pelo tipo de inserção, como por conta própria.
Tiago Barreira, pesquisador da consultoria iDados Tiago Barreira, concorda com Imaizumi. Em relação a março, a população ocupada teve crescimento de 1,2%, o que corresponde à entrada de cerca de 1 milhão de pessoas. Mas, desse contingente, Tiago lembra que dois terços estão vinculados a empregos informais.
“Houve um crescimento da informalidade, já que esses trabalhos estão vinculados a atividades de serviços”, diz. Ele observa que cerca de 4,5 milhões de pessoas ainda precisam retornar à força de trabalho para que se recupere o nível anterior à pandemia. Segundo ele, “parece que o pior da taxa de desemprego já passou” – mas o mercado de trabalho brasileiro continua em situação “muito crítica”.
Para o economista Lucas Assis, da consultoria Tendências, a taxa de desemprego e a inflação põem viés de baixa para a renda real em 2021. A principal entrada no mercado de trabalho deve seguir via ocupações informais. O trimestre encerrado em maio registrou informalidade de 40%, a maior desde de fevereiro de 2020, nota Assis.
Outro dado revela que os trabalhadores em subocupações (por insuficiência de horas trabalhadas) somam hoje 7,4 milhões de pessoas, recorde da série histórica iniciada em 2012. “Não obstante, o retorno à força de trabalho dos que haviam migrado para a inatividade deve seguir pressionando a população desocupada no curto prazo, mantendo a taxa de desemprego em patamar elevado no País”, afirma o economista.
Relatório da consultoria Guide agrega que a taxa de subutilização ainda é elevada (29,3%), “o que evidencia a baixa qualidade dos empregos criados”. O rendimento médio demonstra fraqueza, “à medida que a aceleração da inflação começou a corroer os salários”.
“A ocupação e a participação devem continuar aumentando no segundo semestre, conforme a imunização avança e as restrições à mobilidade social são atenuadas”, diz a Guide. “No entanto, se tomarmos os números desta pesquisa pelo valor de face (ou seja, ignorar o impacto da pandemia em sua qualidade), os números indicam que ainda há um longo caminho até que a participação suba ao nível pré-pandemia e o desemprego caia.”
Com informações do Valor Econômico
Disponível em: https://vermelho.org.br/2021/07/31/por-que-o-desemprego-continuara-em-alta-ate-o-fim-do-governo-bolsonaro/
por master | 02/08/21 | Ultimas Notícias
A expectativa do consenso Refinitiv era de mediana de taxa de desemprego de 14,5% no período.
Por Equipe InfoMoney
A taxa de desemprego ficou em 14,6% no trimestre móvel encerrado em maio de 2021, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta sexta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Isso corresponde a 14,8 milhões de pessoas buscando um trabalho no país. Essa taxa é a segunda maior da série histórica, iniciada em 2012 pelo IBGE. A taxa recorde (14,7%) foi registrada nos dois trimestres imediatamente anteriores, fechados em março e abril.
A expectativa do consenso Refinitiv era de mediana de taxa de desemprego de 14,5% no período.
A população na força de trabalho, que inclui as pessoas ocupadas e desocupadas, cresceu 1,2 milhão, puxada pelo contingente de ocupados (86,7 milhões), que subiu em 809 mil, um aumento de 0,9%, na comparação com o trimestre anterior. A analista da pesquisa, Adriana Beringuy, explica que essa expansão da ocupação reflete o avanço de 3,0% dos trabalhadores por conta própria, única categoria profissional que cresceu no período.
“Esses trabalhadores estão sendo absorvidos por atividades dos segmentos de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que cresceu 3,9%, o único avanço entre as atividades no trimestre até maio”, diz a analista.
Já na comparação com o trimestre fechado em maio do ano passado, a força de trabalho cresceu 2,9% (ou 2,9 milhões), porém, influenciada, principalmente, pelo aumento da população desocupada (2,1 milhões).
“Muitas pessoas interromperam a procura por trabalho no trimestre de março a maio do ano passado por conta das restrições, já que muitas atividades econômicas foram paralisadas para conter a pandemia. Isso fez a procura por trabalho diminuir. Um ano depois, com a flexibilidade, essas pessoas voltaram a pressionar o mercado”, explica Adriana Beringuy.
Também foram os trabalhadores por conta própria que tiveram a maior expansão (2,0 milhões) no mercado de trabalho em um ano. “O crescimento do trabalho por conta própria se deu, sobretudo, na agricultura (27%), construção (25%) e informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (24%). Os outros 24% foram disseminados nas demais atividades investigadas pela PNAD Contínua”, detalha a analista do IBGE.
A pesquisa mostra que no trimestre até maio, o trabalho com carteira assinada no setor privado ficou estável (29,8 milhões). Já na comparação anual houve uma redução de 4,2% ou menos 1,3 milhão de pessoas. A categoria dos trabalhadores domésticos foi estimada em 5,0 milhões de pessoas, ficando estável nas duas comparações. O mesmo aconteceu com os empregados do setor público (12,0 milhões).
Os empregados no setor privado sem carteira também ficaram estáveis (9,8 milhões). Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, porém, foi registrada um crescimento de 6,4%, com mais 586 mil pessoas. Os empregadores (3,7 milhões) apresentaram estabilidade em relação ao trimestre anterior. Já a categoria com CNPJ registrou o menor nível da série (3,1 milhões). Frente ao mesmo trimestre do ano passado, houve uma redução de menos 311 mil empregadores.
Informalidade
A taxa de informalidade foi de 40,0% no trimestre até em maio, o que equivale a 34,7 milhões de pessoas. No trimestre anterior, a taxa foi de 39,6%, com 34,0 milhões de informais. Beringuy observa que há um ano esse contingente era menor, 32,3 milhões e uma taxa de 37,6%.
“Hoje temos 2,4 milhões de trabalhadores informais a mais do que há um ano. Contudo, se olharmos o trimestre pré-pandemia (dezembro a fevereiro de 2020), os informais somavam 38,1 milhões de pessoas a uma taxa de informalidade de 40,6%. Ou seja, por mais que os informais venham aumentando sua participação na população ocupada nos últimos trimestres, o contingente ainda está num nível inferior ao que era antes da pandemia”, compara a analista da pesquisa.
Os informais são os trabalhadores sem carteira assinada (empregados do setor privado ou trabalhadores domésticos), sem CNPJ (empregadores ou empregados por conta própria) ou trabalhadores sem remuneração.
Por tudo isso, o nível de ocupação (48,9%) continua abaixo de 50% desde o trimestre encerrado em maio do ano passado, o que indica que menos da metade da população em idade para trabalhar está ocupada no país.
(com Agência de notícias do IBGE)
https://www.infomoney.com.br/economia/taxa-de-desemprego-fica-em-146-no-trimestre-ate-maio-de-2021-e-atinge-148-milhoes-de-brasileiros/