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Para efeito de comparação, na legislatura passada, de 2003 a 2007, havia 74 sindicalistas no Legislativo federal. No início da atual legislatura (2007 a 2011), a bancada tinha 64 sindicalistas, ou seja, 10% da composição do Parlamento federal, com 594 congressistas – deputados e senadores

Levantamento do DIAP revela que 47 dos 61 parlamentares que compõem a atual bancada sindical são candidatos à reeleição – são 45 deputados e dois senadores – que irão tentar renovar o mandato parlamentar. A bancada sindical representa 10,27% da composição do Congresso.

 

Para efeito de comparação, na legislatura passada, de 2003 a 2007, havia 74 sindicalistas no Legislativo federal. No início da atual legislatura (2007 a 2011), a bancada tinha 64 sindicalistas, ou seja, 10% da composição do Parlamento.

Baixou para 61 em razão da eleição de Maria do Carmo Lara (PT/MG) para a Prefeitura de Betim (MG) e Tarcísio Zimmermann (PT/RS) para a Prefeitura de Novo Hamburgo (RS), além do falecimento do deputado Adão Pretto (PT/RS), em 5 de fevereiro.

Dentre os que não irão tentar renovar o mandato, uma é candidata à Presidência da República (Marina Silva), um não irá concorrer a nenhum cargo eletivo (Cláudio Magrão), três vão disputar o governo do estado (Eduardo Valverde, Ideli Salvatti e Tião Viana), seis tentarão uma vaga para o Senado (Carlos Abicalil, José Pimentel, Paulo Rocha, Vanessa Grazziotin, Vignatti e Walter Pinheiro), um vai disputar mandato estadual (José Nery) e um é suplente de senador (Virgílio Guimarães).

Senado Federal
Da atual bancada sindical no Senado, composta de sete parlamentares, apenas dois irão tentar a reeleição – Fátima Cleide (PT/RO) e Paulo Paim (PT/RS).

Os demais – Ideli Salvatti (PT/SC) vai disputar o governo de estado; José Nery (PSol/PA) disputa mandato de deputado estadual; Marina Silva (PV/AC) concorre ao Planalto; e Tião Viana (PT/AC) vai tentar manter a hegemonia do partido no estado concorrendo ao governo. Ele tem mandato até 2015.

Força no Congresso
A atual bancada composta por 61 congressistas terá nesta eleição, pelo menos, que manter seu número e tentar ampliar sua força, do contrário não conseguirá fazer frente às demandas dos trabalhadores na próxima legislatura.

Nos próximos anos, mesmo que seja eleita a candidata do presidente Lula, não há garantia de fácil acesso ao poder, como existe no governo atual, nem tampouco a certeza de respeito empresarial e dos outros níveis de governo – estados e municípios – aos pleitos da classe trabalhadora.

Por isso, é fundamental que elejamos parlamentares – deputados federais e estaduais e senadores – para mediar conflitos, intermediar demandas e criar condições para as saídas negociadas para os impasses. Do contrário, podemos voltar aquele tempo de conflitos e impasses e, para piorar, sem os interlocutores, no caso os parlamentares, que davam suporte ao movimento sindical nos períodos anteriores aos governos Lula.

Pequena, mas combativa
A atual bancada, apesar de pequena, reagiu às investidas do neoliberalismo no Congresso, como a aprovação da Emenda 3, vetada pelo presidente da República, e foi pró-ativa na luta pelo aumento real do salário mínimo, no arquivamento do projeto de flexibilização da CLT, na defesa de aumentos reais do salário mínimo e dos aposentados, na atualização da tabela do imposto de renda, no apoio ao reajuste dos servidores e na luta pela eliminação do fator previdenciário.

Mas teve seu trabalho facilitado na relação com o Governo Federal e foi pouco demandada na mediação de conflitos com o setor privado.

Uma bancada do tamanho da atual, ainda que com a mesma combatividade, não dará conta dos desafios de uma conjuntura diferente da vivenciada no segundo mandato do presidente Lula.

No cenário de hoje, há afinidade entre o Governo central e o movimento sindical. Para completar, os empresários se sentem constrangidos em agredir um segmento defendido por um presidente da República popular. Qual é a garantia que esse quadro irá se repetir?

Leia também:
Ampliar a bancada sindical: desafio dos trabalhadores em 2010* 

Veja a lista com os nomes da atual bancada sindical e a situação de cada um para as eleições:

Deputados

Alice Portugal (PCdoB/BA) – reeleição
Ângelo Vanhoni (PT/PR) – reeleição
Anselmo de Jesus (PT/RO) – reeleição
Antônio Carlos Biffi (PT/MS) – reeleição
Arlindo Chinaglia (PT/SP) – reeleição
Assis Miguel do Couto (PT/PR) – reeleição
Augusto Carvalho (PPS/DF) – reeleição
Cândido Vaccarezza (PT/SP) – reeleição
Carlos Abicalil (PT/MT) – Senado
Carlos Santana (PT/RJ) – reeleição
Carlos Zarattini (PT/SP) – reeleição
Cláudio Magrão (PPS/SP) – não concorre a cargo eletivo
Chico D’Angelo (PT/RJ) – reeleição
Chico Lopes (PCdoB/CE) – reeleição
Dalva Figueiredo (PT/AP) – reeleição
Daniel Almeida (PCdoB/BA) – reeleição
Devanir Ribeiro (PT/SP) – reeleição
Domingos Dutra (PT/MA) – reeleição
Dr. Rosinha (PT/PR) – reeleição
Edmilson Valentim (PCdoB/RJ) – reeleição
Eduardo Valverde (PT/RO) – governo de estado
Emília Fernandes (PT/RS) – reeleição
Eudes Xavier (PT/CE) – reeleição
Fátima Bezerra (PT/RN) – reeleição
Fernando Ferro (PT/PE) – reeleição
Fernando Lopes (PMDB/RJ) – reeleição
Geraldo Magela (PT/DF) – reeleição
Gilmar Machado (PT/MG) – reeleição
Henrique Afonso (PT/AC) – reeleição
Ivan Valente (PSol/SP) – reeleição
João Dado (PDT/SP) – reeleição
João Paulo Cunha (PT/SP) – reeleição
Jorge Bittar (PT/RJ) – reeleição
José Pimentel (PT/CE) – Senado
Leonardo Monteiro (PT/MG) – reeleição
Luiz Aberto (PT/BA) – reeleição
Luiz Bassuma (PV/BA) – governo de estado
Luiz Sérgio (PT/RJ) – reeleição
Manuela D’Ávila (PCdoB/RS) – reeleição
Marcelo Serafim (PSB/AM) – reeleição
Maurício Rands (PT/PE) – reeleição
Nelson Pellegrino (PT/BA) – reeleição
Paulo Pereira da Silva (PDT/SP) – reeleição
Paulo Rocha (PT/PA) – Senado
Paulo Rubem Santiago (PDT/PE) – reeleição
Pepe Vargas (PT/RS) – reeleição
Perpétua Almeida (PCdoB/AC) – reeleição
Ricardo Berzoini (PT/SP) – reeleição
Roberto Santiago (PV/SP) – reeleição
Vander Loubet (PT/MS) – reeleição
Vanessa Grazziotin (PCdoB/AM) – Senado
Vicentinho (PT/SP) – reeleição
Vignatti (PT/SC) – Senado
Virgílio Guimarães (PT/MG) – suplente de senador
Walter Pinheiro (PT/BA) – Senado
Zé Geraldo (PT/PA) – reeleição
Zezéu Ribeiro (PT/BA) – reeleição

Senadores

Fátima Cleide (PT/RO) – reeleição
Ideli Salvatti (PT/SC) – governo de estado
Inácio Arruda (PCdoB/CE) – mandato até 2015
José Nery (PSol/PA) – deputado estadual
Paulo Paim (PT/RS) – reeleição
Marina Silva (PV/AC) – presidente da República
Tião Viana (PT/AC) – governo de estado