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A Federação Nacional dos Bancos ofereceu ontem sua contraproposta aos trabalhadores do setor. Nela, o reajuste é de 7,8%, o que representa aumento real de 0,4%. Foi o que afirmou a presidente do Sindicato dos Bancários do ABC, Maria Rita Serrano. Ela já garantiu que houve descontentamento entre sindicalistas. Assim, bancários querem aprovar estado de greve em assembleia marcada para o dia 22. A paralisação nas agências já tem até data para começar – dia 27.

“Queremos reposição da inflação mais 5% de aumento real. Do jeito que apresentaram, está muito abaixo. Fora que não tivemos avanços nas outras cláusulas. Vamos rejeitar tudo na assembleia de quinta-feira (amanhã) e queremos aprovar a greve também”, disse Maria Rita.

Novo encontro entre as partes deve ocorrer no dia 23. E outra assembleia está marcada para o dia 26. Nela, a presidente afirma que haverá análise de proposta da Fenaban – caso haja – ou preparativos para a greve do dia seguinte. “As negociações foram muito ruins até agora. Nos anos anteriores não conseguimos aumentos sem greve. O ideal é sempre negociar sem paralisação, que é o último recurso, mas irá depender deles.”

Bancários fazem manifestações na região. Ontem, cerca de 21 agências de Diadema abriram com atraso de uma hora.

PROPOSTA – Os bancos frisaram que estão dispostos a elevar de R$ 1.250 a R$ 1.347,50 o piso de escriturários. Sindicato pede R$ 2.297,51, salário estabelecido pelo Dieese. Para os caixas, com mínimo de R$ 1.709, o valor subiria a R$ 1.842,36 – abaixo dos R$ 3.101,64 almejados.

Para o vale-refeição, federação propôs R$ 19,57, ante os R$ 18,15 vigentes, mas mesmo assim abaixo dos R$ 24,77 pedidos no dia 12 de agosto, quando entregaram a pauta à Fenaban. A cesta alimentação sobe a R$ 335,36 ante os R$ 311,08 atuais, embora bancários queiram um salário-mínimo para esse direito. Já o auxílio-creche, de R$ 261,33, passa a R$ 381,71. Sindicato pede R$ 545 para o auxílio e para a 13ª cesta alimentação.

A Participação nos Lucros e Resultados, cujo pedido era de três salários individuais mais R$ 4.500, não teve os critérios mudados pelos bancos. Isso porque vigora hoje PLR de 90% do salário-base, com acréscimo de valor fixo de R$ 1.100,80, sem poder receber mais do que R$ 7.181. A Fenaban manteve o percentual e, para o valor fixo, subiu a R$ 1.186,66, com teto não maior de R$ 7.741,12.