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POLÍTICA MONETÁRIA

Comitê de Política Monetária repetiu comunicado da reunião anterior, dando a entender que haverá pelo menos mais uma redução na taxa
O Banco Central anunciou on­­tem o quarto corte consecutivo dos juros e indicou que deve promover novas reduções nos próximos meses para estimular a continuidade da recuperação da economia brasileira.
A instituição confirmou as apostas do mercado financeiro e reduziu a taxa básica de juros (Selic) de 11% para 10,5% ao ano, por unanimidade. Agora, a expectativa da maioria dos economistas é de pelo menos mais uma redução, para 10% ao ano, na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para os dias 6 e 7 de março.
Afirmou novamente que “um ajuste moderado no nível da taxa básica é consistente com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012”. Manteve também o entendimento de que o ambiente global continua “mais restritivo”, em uma referência aos efeitos da crise externa.Essa previsão foi reforçada não apenas pelo placar unânime, mas também pelo comunicado divulgado logo após a decisão. O BC utilizou as mesmas palavras com as quais justificou os dois últimos cortes, que também foram de 0,5 ponto.
O que divide agora os analistas é a possibilidade de um último corte dos juros em abril, que levaria a taxa básica para 9,5% ao ano. Embora a maioria aposte nessa hipótese, alguns economistas dizem que há cada vez mais indicações de que o BC pode abreviar o ciclo de queda da Selic iniciado em agosto do ano passado, quando a instituição surpreendeu o mercado financeiro e se antecipou à piora no cenário externo.
Cenário
Desde a última reunião do Co­­pom, no final de novembro, houve melhora no mercado financeiro internacional e recuperação modesta da atividade econômica no Brasil. Por outro lado, a inflação acumulada em 12 meses continuou em queda.
Também se espera o anúncio em breve de um corte de até R$ 70 bilhões no Orçamento federal, valor superior ao anunciado em 2011, para que o governo possa cumprir a meta de superávit das contas públicas neste ano. O aumento na economia feita pelo setor público é um dos fatores que entram na conta do BC na hora de decidir se reduz ou não a taxa básica.
Para o estrategista-chefe do Banco WestLB, Luciano Ros­tagno, avalia que ainda não há dados que justifiquem encurtar o ciclo de redução da taxa básica de juros. Por outro lado, o economista-chefe da Votorantim Corretora, Roberto Padovani, avalia que o ciclo de queda dos juros se aproxima do fim.