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O Brasil deve crescer 3% este ano, de acordo com a previsão feita pelo presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). Com essa taxa, segundo ele, o país cresce abaixo de seu potencial e leva o BC a reduzir a taxa de juros. A meta da Selic, que era de 12,50 em julho de 2011, caiu para 10,50 em janeiro de 2012.

Durante a audiência presidida pelo senador Delcídio Amaral (PT-MS), Tombini apontou uma convergência do baixo crescimento com a redução da inflação, que, segundo suas previsões, deverá fechar este ano no centro da meta de 4,5%.

A redução da Selic segue a tendência internacional. Tombini afirmou que os bancos centrais responsáveis pela emissão das principais moedas de reserva sinalizam a manutenção de juros em patamares historicamente baixos – o Federal Reserve (EUA), por exemplo, projeta taxas de zero a 0,25% ao ano, até 2014.

Riscos

Os programas de expansão monetária adotados pelos bancos centrais dos Estados Unidos, da Zona do Euro, do Reino Unido e do Japão alimentaram um cenário definido por Tombini como de “menor aversão ao risco” em nível global. Como conseqüência, acrescentou, houve uma retomada do fluxo de capitais para economias emergentes.

Mesmo assim, o presidente do Banco Central apontou fatores de risco, representados por endividamento excessivo das economias europeias, recessão na Zona do Euro, pouca tração na recuperação dos Estados Unidos e redução do crescimento da China e dos países emergentes.

Regulação

Para enfrentar eventuais turbulências, Tombini disse que o Brasil continuará adotando uma política baseada em três pilares: metas de inflação, responsabilidade fiscal e câmbio flutuante.

A “moderna regulação do sistema financeiro nacional”, como disse, tem sido essencial para a estabilidade. Por isso, ao ser questionado pelo senador Francisco Dornelles (PP-RJ), ele afirmou que “o Brasil deseja que o mundo adote Basiléia III”.

O presidente do Banco Central se referia a um conjunto de propostas de regulamentação bancária de iniciativa do Fórum de Estabilidade Financeira e do G20, para reforçar o sistema financeiro após a crise dos subprimes (créditos de risco). Esse acordo aumenta os requerimentos de capital por parte dos bancos.

– Nosso sistema não terá dificuldade para se adaptar a esses regulamentos – afirmou.