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Lidar com o perigo é o dever da tenente Tamires Pereira , do Comando do Corpo de Bombeiros de Curitiba. Tamires conta que escolheu a profissão pelo motivo de ser um desafio para ela, além de ser uma profissão nobre.

Ela revela que sempre quis ser militar e o contato com a Instituição fez com que ela optasse por ser bombeira. Para chegar a esse posto ela teve que prestar vestibular para o Curso de Oficiais na UFPR onde passou três anos em regime interno, saindo apenas nos finais de semana do quartel. Lá teve aulas de combate ao incêndio , salvamento vertical, aquático , pré hospitalar além de matéria como física, resistência dos matérias entre outras. O fato de ser mulher fez com que enfrentasse certa resistência dos colegas de corporação e teve que mostrar serviço para provar que estava preparada. Tamires se divide nas atividades administrativas, que são diárias e os plantões operacionais de 24hrs, como os combates a incêndios.

A catadora de material reciclável


Só uma super-mulher teria condições de puxar com os próprios braços uma carga de 400 quilos. Mas em Curitiba esta mulher existe e tem nome: Maria José de Oliveira dos Santos, 39 anos e catadora há 29 anos. Todos os dias ela sai da sua casa, localizada na Vila das Torres, em Curitiba, com a meta de retirar das ruas da capital paranaense 400 quilos de materiais recicláveis. “Sou a única mulher catadora e com menos de 400 quilos de resíduos eu não volto para casa, pois dependo desta quantia para sustentar minha família”, conta Lia que é mãe de três filhos com idades entre 15 e 24 anos e ainda sustenta a mãe e uma neta.Os 400 quilos de materiais que consegue recolher em estabelecimentos comerciais, restaurantes e residências rendem a Lia em torno de R$ 35,00 por dia. “De tanto percorrer as ruas da cidade fui fazendo amigos e hoje tenho pontos fixos de recolhimento, o que reduz o meu trajeto”, relata à catadora.

A taxista

Lidar com pessoas faz parte do dia a dia da taxista Paula de Aguiar Arcondi, de 26 anos. Há seis meses, ela é taxista. E foi aliando a vontade de trabalhar no volante com a facilidade de lidar com as pessoas que ela escolheu a profissão.

Ela conta que a maioria das pessoas acha normal o fato de ser mulher e taxista, mas o restante fica receoso e tem certo preconceito. “Tem certos passageiros que quando vêm que sou mulher até comentam alguma coisa negativa, mas eu procuro não ligar”. Além deles, Paula lida com o receio da sua mãe pela sua profissão ser perigosa.

Paula conta que até evita atender boates e lugares muito tumultuados, mas não foge quando a corrida é para lugares distantes. “Atendo aonde for só em boates que não gosto”, diz.

A caminhoneira

Ivana Puleski Pereira, 41, é caminhoneira há mais de 17 anos. Acabou seguindo a carreira do pai e dos irmãos pela paixão que criou desde criança, quando viajava no caminhão do pai. “Ninguém faz diferenciação no meu trabalho. As vezes, na estrada, alguns carros quando percebem que tem uma mulher no volante do caminhão, me impedem e dificultam na ultrapassagem. Mas eu não me importo,”, conta a caminhoneira. Atualmente ela trabalha na empresa Braspress e faz duas viagens por semana de Curitiba à Porto Alegre. Para o diretor regional do Paraná da Braspress, Wanderly Costa, a contratação de mulheres só trouxe benefícios para empresa. “Há 13 anos a tomamos está iniciativa como uma jogada de marketing, contudo os resultados foram realmente positivos. Hoje o efetivo feminino na empresa é de mais de 30%. Somente na regional do Paraná temos 18 motoristas femininas”, conta. Segundo ele as mulheres são mais pacientes, cuidadosas e carismáticas no contato direto com o cliente.