NOVA CENTRAL SINDICAL
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No programa de hoje, a presidenta Dilma Rousseff fala do orgulho de receber os atletas que trouxeram para o Brasil o primeiro lugar nos jogos Parapan-Americanos, em Guadalajara, no México. Segundo ela, eles são exemplos de superação não só para as pessoas com deficiência, mas para todos os brasileiros e brasileiras. A presidenta também comemora a retomada da indústria naval brasileira, a partir de uma política de investimentos que privilegia o conteúdo nacional, gerando milhares de empregos e riquezas no país.
 
Transcrição
Apresentador: Olá, eu sou o Luciano Seixas e estou aqui para mais um Café com a Presidenta Dilma Rousseff. Bom dia, presidenta! Tudo bem? 

Presidenta: Tudo bem, Luciano. E um bom-dia para todos os nossos ouvintes! 

 
Apresentador: Presidenta, eu queria começar o programa de hoje dando os parabéns aos atletas que representaram o Brasil nos Jogos Parapan-Americanos, no México. Eles tiveram um excelente desempenho, não foi? 
Presidenta: Foi sim, Luciano. Nossos atletas deram um show lá em Guadalajara. O Brasil conseguiu mais uma grande conquista no Parapan, ganhamos o primeiro lugar. Foi com muita emoção que eu recebi a delegação brasileira no Palácio do Planalto, na semana passada. Esses atletas, Luciano, mostraram determinação para ultrapassar seus limites e superar, portanto, os preconceitos. Eles são um exemplo para as pessoas com deficiência, e para todos nós. São pessoas que poderiam ter outra história de vida, mas escolheram ser vencedores.

Apresentador: É verdade que muitos desses atletas contam com o apoio do governo, presidenta? 
Presidenta: É verdade, Luciano. Dos 222 atletas que disputaram o Parapan, 162 recebem o Bolsa Atleta do governo federal, pago pelo Ministério dos Esportes. É isso que permite a eles treinar, participar de competições e obter vitórias como essa agora no México. O Bolsa Atleta é o maior programa do mundo de apoio direto ao atleta. Os resultados são extraordinários: 80% das medalhas obtidas lá no Parapan foram conquistadas pelos atletas que recebem o Bolsa Atleta. 
Apresentador: O encontro da senhora com a delegação do Parapan foi mesmo muito bonito. 
Presidenta: Eu senti uma emoção enorme ao cumprimentar cada um dos atletas e cada uma das atletas. Entre eles, o Daniel Dias, que conquistou 11 medalhas de ouro na natação. Desde que nasceu, com má formação nos pés e nas mãos, o Daniel teve o apoio firme de seus pais para viver essa história de superação. Sabe, Luciano, quando o Daniel colocou as medalhas no meu pescoço e me disse que transformou o que era uma limitação numa vantagem, reforcei o compromisso do meu governo de assegurar apoio, de garantir oportunidades para cada uma das pessoas com deficiência desenvolver todo o seu potencial. 
Apresentador: Mudando de assunto, presidenta, na sexta-feira, a senhora participou, no Rio de Janeiro, de um evento muito importante para a indústria naval. 
Presidenta: É verdade, Luciano. Eu estive no Estaleiro Mauá, lá em Niterói, para a entrega do primeiro navio do PAC para a Petrobras, feito por um estaleiro brasileiro nos últimos 14 anos. O navio que recebeu o nome do nosso grande economista Celso Furtado. Este navio é um marco muito importante na retomada da nossa indústria naval. Estamos agora fabricando navios, fazendo investimentos e criando empregos aqui no Brasil ao invés, Luciano, de exportá-los para outros países. Esse setor é capaz de gerar, não só muitos empregos, mas ele tem o poder de gerar muita riqueza para o Brasil. Os estaleiros, hoje, só para você ter uma ideia, empregam 60 mil trabalhadores, tanto no Rio de Janeiro como em Pernambuco, no Amazonas, no Rio Grande do Sul, na Bahia, em São Paulo e em Santa Catarina. Mas não é só para esses estados que a indústria naval é importante, suas encomendas de peças e equipamentos geram empregos em fábricas de todo o país. 
Apresentador: E o Brasil vai continuar investindo na sua indústria naval, presidenta? 
Presidenta: Vai sim, Luciano. Até 2014, vamos construir, expandir e modernizar os estaleiros da nossa indústria naval. Já este ano foram centenas de embarcações e cinco novos estaleiros que estão sendo contratados para começar a construir os navios, as plataformas e as sondas. Nunca podemos esquecer que o Brasil já teve, na década 70, o segundo maior parque naval do mundo. Mas, por falta de estímulos do governo, por falta de política industrial que focasse e que desse a importância à geração de empregos para os trabalhadores e as trabalhadoras brasileiras, entrou em declínio e praticamente desapareceu no final dos anos 90. Quando chegou, Luciano, a ter menos de 2 mil trabalhadores. Agora, a grande demanda por plataforma, por sonda que existe em todo o mundo, é dada pela Petrobras por causa da exploração do pré-sal. Não só do pré-sal, mas do pós-sal também, ou seja, de todo o petróleo que há no Brasil. Por isso, o Brasil vai crescer, não só porque vamos ser ricos em petróleo, mas também porque vamos construir uma sólida e complexa indústria de fornecimento de equipamentos, de bens e também, Luciano, prestação de serviços – isso tem a ver com software, com tecnologia da informação – enfim, é o Brasil se movimentando para se transformar num grande gerador de emprego para o povo brasileiro; e emprego de qualidade, Luciano. 
Apresentador: Presidenta, nosso tempo chegou ao fim. Obrigado por mais esse Café. 
Presidenta: Olha, Luciano, eu é que te agradeço. Um bom-dia e uma boa semana para todos! 
Apresentador: Você que nos ouve pode acessar este programa na internet, o endereço é www.cafe.ebc.com.br. Voltamos segunda-feira, até lá!