NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

Banco fechou o primeiro semestre deste ano com R$ 2,7 bilhões em financiamentos do setor, totalizando 42 mil contratos

Curitiba – A Caixa Econômica Federal fechou o primeiro semestre deste ano com R$ 2,7 bilhões em financiamentos de crédito imobiliário no Paraná com o fechamento de 42.072 contratos. O crescimento nos seis primeiros meses do ano foi de 29,3%. A previsão é chegar a R$ 5,5 bilhões até o final de 2011 no Estado. No ano passado, foram R$ 4,8 bilhões. 

O aumento reflete a confiança do mercado no crescimento da renda da população, a elevação no número de empregos e a estabilidade econômica. De acordo com o superintendente regional da Caixa, Vilmar José Smidarle, todos esses fatores têm feito o paranaense sair do aluguel para a compra da casa própria. 

Do total financeiro, R$ 716 milhões – o que equivale a 26% – foram dentro do Programa Minha Casa Minha Vida, com 11.232 contratos. Segundo ele, o valor só não foi maior porque as novas regras para o MCMV para a primeira faixa de renda que vai até R$ 1.600,00 foram liberadas há pouco tempo. Essa parcela deve trazer impacto no balanço do crédito imobiliário neste segundo semestre. Só em Curitiba, há 2.529 unidades em análise pela Caixa junto às construtoras dentro da faixa 1 do MCMV 2. ”Os projetos ainda estão em análise, as pessoas que vão assinar os contratos ainda não foram nem selecionadas”, disse. A faixa 2 de renda do MCMV 2 vai até R$ 3,1 mil e a faixa 3 até R$ 5 mil. 

No Paraná, os financiamentos com recursos da poupança foram responsáveis por R$ 1,2 bilhão dos valores contratados. Os contratos com recursos do FGTS corresponderam a R$ 1,5 bilhão. O financiamento para material de construção teve um volume de R$ 205,8 milhões com um crescimento de 36%. 

Em Curitiba, foram R$ 980 milhões com um total de 13.502 contratos no primeiro semestre do ano. Segundo Smidarle, o que puxou o volume de contratos na Capital foi o MCMV, com R$ 425 milhões até 10 de agosto e um total de 4.685 novas moradias. 

O MCMV faixas dois e três permite contratos de imóveis de até R$ 150 mil em Curitiba e R$ 130 mil no interior do Estado. Os apartamentos têm até 56 m2 e as casas até 55 mil m2 em Curitiba e Região. No interior, os imóveis têm até 52 mil m2. 

Outro aspecto que chama a atenção é que 51% dos valores aplicados em crédito imobiliário em 2011 estão na faixa de renda de até dez salários mínimos, 14% até três salários, 27% de três a seis salários, 9% de seis a dez salários e 49% acima de dez salários. 

A Caixa tem quase 75% do market share do crédito imobiliário no País. O perfil da carteira é formado por contratos com um prazo médio de 181 meses e as pessoas com idade até 45 anos representam 80,4% do total. A inadimplência é de 1,7%. A maior parte dos contratos (55%) é fechada com pessoas de até 35 anos. Segundo Smidarle, são casais novos com poucos filhos. ”Isso ficou bem evidente no último Feirão Imobiliário da Caixa”, disse. A maior parte do valor dos imóveis (44%) é de até R$ 50 mil e 37% são de R$ 50 mil a R$ 100 mil, alinhado com o MCMV. Cerca de 36% do público é feminino. A taxa de juros média varia de 5% a 9%. 

A partir de 2013 ou 2014, a Caixa prevê que ocorra uma escassez de recursos da poupança para o crédito imobiliário. O banco já iniciou estudos de alternativas que poderiam ser certificados de recebíveis imobiliários.

Andréa Bertoldi 
Equipe da Folha