Imóveis não oferecem conforto e privacidade aos moradores. Alto valor dos insumos e aumento de famílias cadastradas são motivos da redução dos lotes
Com seis pessoas, a família de Ariane do Espírito Santo se vira como pode para se acomodar nos
A falta de recursos não permite a ampliação da casa e, mesmo se o dinheiro estivesse à disposição, não seria possível fazer muita coisa. O que sobra dos
Essa não é uma realidade só desse residencial, praticamente uma cidade erguida na zona norte de Londrina. Em Curitiba, há 30 anos, os lotes trabalhados pela Companhia de Habitação Popular (Cohab) tinham, no mínimo,
Diferentemente dos conjuntos mais antigos, os novos não oferecem qualquer conforto ou privacidade aos moradores. O espaço entre uma habitação e outra é quase sempre muito pequeno. O alto valor dos insumos que compõem a política habitacional e a necessidade de atender a um número cada vez maior de famílias são os principais motivos apontados para a redução no tamanho dos lotes. “Os custos de terrenos, mão de obra e materiais de construção estão muito altos”, explica Teresa.
Nos primeiros conjuntos construídos em Londrina, a metragem mínima dos lotes era de
Residências geminadas
Pelo Plano Diretor de Londrina, os lotes continuam com o tamanho mínimo de
O mercado imobiliário de 30 anos atrás recebia famílias vindas da zona rural, acostumadas com muito espaço. Segundo Verçosa, também por isso os lotes eram maiores. “Tinha que ter espaço para uma horta, um galinheiro. Hoje as pessoas já estão habituadas a viver com menos espaço”, pondera.
Mas não é o que se ouve dos moradores do Residencial Vista Bela. Ariane, a mãe da família citada no início da reportagem, não teve problemas para acomodar a mudança na casa. Mas muitos de seus vizinhos tiveram de deixar parte do que tinham nas antigas casas, por falta de espaço. “Minha vizinha tem 11 filhos. Mal cabe a família dentro da casa, como caberiam os móveis?”, questiona.