por NCSTPR | 18/07/24 | Ultimas Notícias
Veja como alguns aspectos nas vagas são considerados importantes para estes profissionai
Edicase
Os millennials, nascidos entre 1981 e 1996, têm hoje entre 28 e 43 anos. Já a geração Z, nascida entre 1997 e 2012, está na faixa etária de 12 a 27 anos. Essas gerações buscam mais do que apenas um emprego; elas procuram uma experiência que agregue valor tanto pessoal quanto profissionalmente.
A pesquisa “Millennial & Gen Z Survey 2023”, da Deloitte, aponta que, para 62% dos millennials e 49% da geração Z, o trabalho é fundamental para a sua identidade e o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal é algo pelo qual se esforçam, sendo a principal característica que admiram nos seus pares e um dos pontos principais ao escolher um novo emprego.
“A adaptação dessas duas gerações no mercado de trabalho apresenta desafios únicos para as empresas, exigindo uma adequação significativa das práticas e culturas organizacionais. Para atrair e reter esses talentos, é fundamental compreender suas expectativas e aliar essas demandas às habilidades humanas mais valorizadas no mercado de trabalho moderno”, declara Antonio Muniz, CEO da Advisor 10X e Presidente da Editora Brasport.
Abaixo, veja dicas de como criar vagas atrativas para os millennials e a geração Z!
1. Flexibilidade de horário e trabalho remoto
A flexibilidade é um aspecto crucial para millennials e geração Z. Conforme a pesquisa da Deloitte, 75% dos millennials e 70% da geração Z consideram a flexibilidade de horário e a possibilidade de trabalho remoto fatores decisivos na escolha de um emprego. “A pandemia de COVID-19 consolidou essas expectativas, destacando a importância de um ambiente de trabalho que permita um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal”, declara o CEO.
2. Propósito e valores alinhados
Essas gerações valorizam profundamente o propósito e os valores das empresas em que trabalham. Segundo a Glassdoor, 77% dos millennials e 80% da geração Z consideram a missão da empresa um fator crucial na decisão de candidatura. Para Antonio Muniz, as organizações com forte responsabilidade social e práticas de sustentabilidade são particularmente atraentes para esses grupos.
3. Desenvolvimento profissional e oportunidades de crescimento
Segundo a Gallup, 87% dos millennials veem o desenvolvimento profissional como extremamente importante. O desenvolvimento contínuo é uma prioridade para millennials e geração Z. Nesse cenário, as empresas que investem em programas de treinamento e desenvolvimento de habilidades destacam-se como os empregadores preferidos.
4. Cultura de inclusão e diversidade
A PwC mostrou que 85% dos millennials consideram importantes as políticas de diversidade e inclusão ao avaliar um empregador. A geração Z, ainda mais consciente dessas questões, busca ativamente empresas que promovam diversidade em todos os níveis. Ambientes de trabalho inclusivos e diversos são altamente valorizados.
5. Benefícios além do salário
Benefícios adicionais, como programas de bem-estar e planos de saúde abrangentes, são atraentes para essas gerações. De acordo com um relatório da MetLife, 74% dos millennials consideram os benefícios não salariais um fator decisivo para permanecer em uma empresa.
“As pessoas jovens profissionais de hoje não estão apenas em busca de uma remuneração justa, mas principalmente de um equilíbrio entre vida pessoal e profissional que promova seu bem-estar geral. Oferecer benefícios como horários flexíveis e programas estruturados de saúde mental, diversidade, inclusão e oportunidades de desenvolvimento pessoal é crucial para atrair e reter talentos dessa geração”, pontua o CEO e fundador da Bold Minds e especialista em Desenvolvimento de Lideranças, Renato Herrmann.
6. Uso de tecnologia avançada
Nativos digitais, millennials e geração Z esperam que as empresas utilizem tecnologia avançada. Segundo a Dell Technologies, 80% desses jovens acreditam que a tecnologia no local de trabalho é essencial para seu sucesso. Para Renato Herrmann, a implementação de ferramentas de colaboração digital e a atualização constante com as últimas tendências tecnológicas são diferenciais importantes para essas gerações.
Habilidades humanas precisam ser valorizadas
O Fórum Econômico Mundial tem se dedicado a entender as habilidades necessárias para o futuro do mercado de trabalho. Nesse sentido, relatórios recentes apontam algumas das principais habilidades que os profissionais devem ter. Veja:
- Resolução de problemas complexos: identificar e resolver problemas não triviais em um ambiente em constante transformação;
- Pensamento crítico: avaliar informações de maneira objetiva e analítica, tomando decisões informadas;
- Criatividade: gerar ideias e soluções inovadoras para se adaptar às mudanças do mercado;
- Gerenciamento de pessoas: liderar e desenvolver equipes para promover colaboração e produtividade;
- Coordenação com os outros: trabalhar efetivamente em equipe, ajustando-se às ações dos colegas;
- Inteligência emocional: compreender e gerenciar emoções para construir relacionamentos e lidar com situações complexas;
- Tomada de decisão e análise de dados: analisar dados e tomar decisões baseadas nessas análises;
- Orientação para o serviço: atender às necessidades dos clientes com soluções eficazes;
- Negociação: negociar eficazmente para alcançar acordos mutuamente benéficos;
- Flexibilidade cognitiva: adaptar-se a novas informações e abordagens conforme diferentes contextos.
Para Antonio Muniz, adaptar o mercado de trabalho para atrair millennials e geração Z requer uma abordagem multifacetada que combine flexibilidade, propósito, oportunidades de desenvolvimento, ambientes inclusivos, benefícios abrangentes e tecnologia de ponta.
“Investir no desenvolvimento de habilidades humanas como resolução de problemas complexos, pensamento crítico e inteligência emocional é essencial. Empresas que compreendem e atendem às expectativas dessas gerações podem construir equipes mais motivadas e engajadas, impulsionando seu sucesso a longo prazo”, acrescenta Renato Herrmann.
Por Letícia Carvalho
CORREIO BRAZILIENSE
https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2024/07/6900357-6-atrativos-para-millennials-e-geracao-z-no-mercado-de-trabalho.html
por NCSTPR | 18/07/24 | Ultimas Notícias
Ao menos 455 empresas entraram com ações na Justiça para não cumprirem com as medidas que preveem maior transparência dos dados salariais
Por Gabriela da Cunha, Valor Investe — Rio
As mulheres ganham 19,4% a menos que os homens no Brasil, sendo que a diferença varia de acordo com o grande grupo ocupacional. Em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, a diferença de remuneração chega a 25,2%. Os dados foram constatados a partir do balanço do primeiro ano da Lei nº 14.611, sancionada em 3 de julho de 2023 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aborda a igualdade salarial e de critérios remuneratórios.
A lei obriga empresas com mais de 100 empregados a adotar medidas para garantir igualdade, incluindo transparência salarial, fiscalização contra discriminação, programas de diversidade e inclusão, e apoio à capacitação de mulheres. Foram quase 50 mil empresas que responderam ao questionário.
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Os dados também evidenciam a realidade remuneratória dos trabalhadores nas empresas e suas políticas de incentivo a igualdade salarial. Pelo relatório 51,6% das empresas possuem planos de cargos e salários ou planos de carreira, e que grande parte delas adotam critérios remuneratórios.
No relatório que deve ser preenchido pelas empresas estão dados sobre salários, remunerações, informações referentes a critérios de remuneração e a existência de planos de cargos e salários, promoção de cargos de direção e chefia e políticas de incentivo, além do compartilhamento das obrigações familiares. As empresas que não divulgaram o relatório, conforme prevê a regulamentação da Lei de Igualdade Salarial, serão fiscalizadas por auditores do trabalho e fica sujeita a multa administrativa de até 3% da folha de salários, limitado a 100 salários mínimos – hoje R$ 140 mil.
O balanço nacional foi elaborado a partir dos dados do eSocial e da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) apresentadas pelos estabelecimentos ao MTE entre 22 de janeiro e 8 de março. Ao menos 455 empresas entraram com ações na Justiça para não cumprirem o determinado pelo Ministério. Alguns setores da economia têm recorrido ao Judiciário contra a obrigação.
O receio, dizem elas, está em expor informações sensíveis à concorrência e de haver violação à Lei Geral de Proteção de Dados (LGDP).
por NCSTPR | 18/07/24 | Ultimas Notícias
Declaração vem em um momento em que o governo discute bloqueios no orçamento para equilibrar as contas públicas.
Por Lais Carregosa — Brasília
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, descartou nesta quinta-feira (18) interromper programas sociais e obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já iniciadas, principalmente nas áreas de saúde e educação.
“Não tem nenhuma, nenhuma sinalização, nenhuma, de que o PAC especialmente na área da educação e da saúde, vai ter corte”, declarou no programa “Bom dia, Ministra”, do CanalGov.
A declaração vem em um momento em que o governo discute bloqueios no orçamento para equilibrar as contas públicas.
Na tarde desta quinta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reúne com ministros no Palácio do Planalto e deve discutir cortes no Orçamento.
Além de Tebet, estão previstos para comparecer à reunião: Rui Costa (Casa Civil), Fernando Haddad (Fazenda) e Esther Dweck (Gestão).
O governo tem como meta zerar o déficit fiscal em 2024. Isso significa igualar despesas e receitas, sem gastar mais do que arrecada.
Segundo Tebet, o PAC está preservado.
“Ainda que a gente tenha que fazer cortes temporários, contingenciamento ou bloqueios em obras de infraestrutura a gente faz naquelas que não iniciaram ou que não iniciariam agora para que a gente possa depois de dois meses –porque a cada dois meses a gente faz essa revisão– repor de outra forma”, declarou Tebet.
A ministra destacou que o governo pretende reestruturar alguns programas sociais, com cortes de gastos “naquilo que estiver efetivamente sobrando”, com fiscalização de fraudes e irregularidades.
“Obviamente, na hora que tiver que cortar, nós vamos reestruturar alguns programas. Nós temos que fazer reformas estruturantes para poder ter [recursos] para aquilo que mais precisa. Onde mais precisa? E eu sou professora, então educação, saúde”, declarou.
Quando citou os cortes, Simone Tebet mencionou o pente-fino que o governo tem feito em cadastros nos últimos meses, como de beneficiários do Bolsa Família e de benefícios permanentes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
“Quando falamos do Bolsa Família, estávamos passando por pandemia em que liberamos o cadastro. Da pandemia pra cá, Brasil cresceu e estamos com empregos recordes. Isso significa que muita gente que precisava do Bolsa não precisa mais, fizemos filtro e conseguimos economizar R$ 12 bi”, afirmou a ministra
Ainda segundo a ministra, não há a possibilidade dessas revisões impactarem no fim do Benefício de Prestação Continuada (BPC).
“Uma parte foi para políticas públicas, outra pro déficit fiscal, mas também para puxar a fila do Bolsa. Estamos analisando suspeitas no INSS, não vai acabar o BPC, agora o que não pode é uma única pessoa ter duas carteiras, dois CPFs, dois RGs. Então conseguimos fazer revisão de gastos com inteligência e justiça social. Agora, precisamos fazer cortes”, arrematou Tebet.
por NCSTPR | 18/07/24 | Ultimas Notícias
Vale-refeição equivalente a dois salários-mínimos e academia de graça são alguns dos benefícios exibidos no viral. Um jovem conseguiu mais de 3 milhões de visualizações no TikTok com um post do tipo.
Por Rafaela Zem
Você se considera um “CLT premium”? Esse termo, que está sendo usado em uma nova trend do TikTok, se refere a uma elite de profissionais contratados dentro do regime de Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e que recebem benefícios diferenciados.
Na última semana, as buscas na internet por essa expressão tiveram um aumento de 100%, segundo o Google Trends.
💸 Vale-refeição e alimentação com valores altos, bonificação referente aos lucros obtidos pela empresa, plano de saúde e academia de graça são alguns desses privilégios.
Esses tipos de benefícios não são direitos trabalhistas, como no caso do auxílio- transporte, férias, 13º salário e Fundo de Garantia (FGTS). Sendo assim, as empresas não têm a obrigatoriedade de oferecê-los.
“Só com o vale-refeição, recebo o valor de quase dois salários mínimos. Também tenho direito a 14º e 15º salários”, afirma Victor Paz.
O jovem, de 23 anos, é gerente de contas em uma instituição financeira de Santa Catarina e dono de um dos vídeos mais famosos da trend. A gravação atingiu quase 4 milhões de visualizações.
“O pessoal ainda está desacostumado e remete o CLT a algo sofrido, que não dá frutos. Não é sempre assim, mas, para se ter um bom cargo, é preciso se aperfeiçoar”, diz o jovem.
Nos vídeos, os “CLT’s premium” ostentam os diferenciais que existem em suas empresas por meio de uma combinação de fotos em carrossel.
Boa parte dos conteúdos é publicada por jovens da “Gen Z” – grupo formado por pessoas nascidas entre os anos de 1995 e 2010.
A trend se tornou uma manifestação dos jovens sobre o quão relevante é ter os esforços recompensados, o que pode estimular as empresas a oferecerem melhores condições, afirma o especialista em gestão de pessoas Victor Martinez.
Por outro lado, esse tipo de conteúdo pode não ser tão saudável. Segundo o especialista, a ostentação de privilégios elitiza uma categoria de profissionais e pode ocasionar um sentimento de inferioridade para quem não usufrui das mesmas condições de trabalho.
Quem já participou, em contrapartida, defende que o viral tem ajudado as pessoas a enxergarem com mais otimismo os empregos assegurados pela CLT.
🚀 Incentivo ou exibicionismo?
Isabela Dias de Oliveira, que trabalha em uma empresa de gestão para RH e setores financeiros, conta que participou da trend após assistir o vídeo de outra usuária do TikTok.
Para ela, a missão do viral é oferecer um ponto de vista animador sobre o CLT.
“Influencers e coaches pregam que, para ter sucesso, dinheiro e liberdade, tem que ser o dono. Minha geração pensa assim, querendo resultados rápidos e isso pode ter contribuído para esse desinteresse”.
“Realmente, ser CLT não é fácil. Tem horários e regras. Mas ter os seus direitos assegurados e estabilidade são fatores importantes que ele [esse formato] proporciona”, aponta Isabela.
Quem também contribuiu com a trend foi Giovanna Presotto, de 23 anos, que é consultora de uma prestadora de serviços odontológicos.
A jovem tem mais de 20 benefícios trabalhistas. Entre eles, o recebimento da participação nos lucros – duas vezes ao ano – da empresa e previdência privada.
Na publicação feita por Giovanna, que já soma mais de 153 mil visualizações, algumas pessoas criticaram a exposição dos benefícios. Apesar disso, ela afirma que a maioria dos comentários são de jovens pedindo dicas para conquistar um emprego.
“Eram críticas do tipo ‘ela está se engrandecendo por ser CLT ‘ (…) mas a maioria são de pessoas curiosas, pedindo ajuda para conseguir um bom emprego. Ao meu ver, o primeiro passo é ter uma formação, não importa qual”, conta a consultora, que é formada em pedagogia.
Victor Paz, o jovem que publicou um dos vídeos mais famosos do viral, também afirma ter recebido pedidos de ajuda nos comentários da postagem e mensagens privadas.
“Tem quem mandou mensagem pedindo uma luz, enviou o currículo. Estou incentivando (…) vou fazer mais vídeos para explicar como funciona esses recrutamentos. As pessoas perdem oportunidades por falta de informação”.
A falta de conhecimento sobre o mercado de trabalho também foi um diagnóstico obtido por Isabela, que recebeu uma série de dúvidas de outros usuários. Alguns deles, segundo a representante de desenvolvimento de negócios, não sabiam nem participar de recrutamentos através do LinkedIn.
“Minha geração pensa em benefícios, mas não busca informação. Por exemplo, poucos da minha idade tem um perfil ativo no LinkedIn (…) alguns, seja por conta do ambiente em que vive, nem sabiam que existia uma rede voltada ao trabalho”.
“É por isso que eu acho que ela [a trend] é muito mais uma questão de inspiração e conscientização”, completa Isabela.
🏆 Elitismo e sentimento de inferioridade
Apesar dos relatos acima, Victor Martinez afirma que a trend pode desencadear sentimentos de inferioridade e insatisfação à quem não usufrui dos mesmos benefícios exigidos pelos “CLT’s premiums”.
“Tem que ter cuidado porque, em um país como o nosso, dizer que o seu VR é maior que um salário-mínimo pode ser visto como algo agressivo. Parte da população só recebe isso [o valor de um salário mínimo] no mês”.
Além disso, para Victor, o título “CLT Premium” está sendo aplicado como um “distintivo”, no qual a pessoa se coloca em um patamar superior aos demais e se qualifica como um vencedor.
Por outro lado, ele acredita que a repercussão da trend pode estimular o mercado a oferecer melhores condições de trabalho para atrair e reter novos talentos.
por NCSTPR | 18/07/24 | Ultimas Notícias
GABRIELLA SOARES
Apesar do texto ainda não ter sido amplamente discutido, o Senado deve votar ainda em 2024 a PEC do fim da reeleição. Em entrevista ao Congresso em Foco, o relator da proposta, senador Marcelo Castro (MDB-PI), diz que a ideia é realizar um “grande debate nacional” e votar o tema, provavelmente depois das eleições de outubro.
A Proposta de Emenda à Constituição proíbe que presidente, governador e prefeito possam concorrer a um segundo mandato consecutivo. O texto está na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e só depois da análise no colegiado seguirá para o plenário.
“Tenho convicção que foi um erro grave que foi cometido pelo Congresso Nacional quando introduziu no instituto da reeleição do Brasil, porque nós nunca tivemos isso [antes de 1997]”, afirmou Castro, relator da PEC.
Para o senador, a reeleição foi introduzida no Brasil da forma errada — sem que houvesse um teste e escalonamento antes. “Podia ter experimentado para presidente da República, depois experimentado para governador. Se desse certo, depois para prefeito”, disse Castro.
A Emenda à Constituição que restituiu a reeleição foi aprovada durante o governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). FHC candidatou-se e foi reeleito para um segundo mandato consecutivo logo em seguida. Depois disso, os presidente Lula (PT) e Dilma Rousseff (PT) também foram eleitos para dois mandatos consecutivos. Jair Bolsonaro (PL) foi o primeiro a tentar a reeleição e fracassar.
“Eu acho que o Fernando Henrique queria a reeleição para ele, mas, para não dizer que queria só para ele, botou todo mundo. E aí foi um erro incrível”, defendeu Castro. “O gestor toma posse já pensando na reeleição. E isso atrapalha profundamente a gestão pública porque ele deixa de planejar o seu município a média e longo prazo e só planeja a curto prazo. Ele precisa de respostas imediatas porque tem uma eleição”.
Mandatos maiores
O presidente Lula (PT) já disse a senadores que é contra o fim da reeleição. Castro disse ao Congresso em Foco que conversou com o atual chefe do Executivo sobre o tema e que está convicto de que o presidente está “100% errado”.
O senador, porém, concorda em um ponto: o mandato de quatro anos pode ser pouco para colocar em prática um projeto de país. Por isso, o projeto que proíbe a reeleição para cargos do Executivo também propõe aumentar os mandatos dos políticos brasileiros. Na maioria dos cargos, o tempo de mandato passa dos quatro anos atuais para cinco anos. Já para senadores, que hoje têm mandato de oito anos, ficarão no cargo por dez.
“Quatro anos é um tempo muito curto, realmente, com todas as normas que nós temos no Brasil, as exigências para fazer mudanças. Licitação com exigências ambientais, por exemplo. Então chegamos em [um mandato de] cinco anos. Eu acho um tempo razoável”, disse Castro.
AUTORIA
GABRIELLA SOARES Jornalista formada pela Unesp, com experiência na cobertura de política e economia desde 2019. Já passou pelas áreas de edição e reportagem. Trabalhou no Poder360 e foi trainee da Folha de S.Paulo.
CONGRESSO EM FOCO