Racismo chega a tirar cerca de R$ 14 bilhões dos salários dos profissionais pretos
O estudo “O custo salarial da desigualdade racial”, lançado na última quinta-feira (29) pelo Núcleo de Estudos Raciais do Insper (NERI), do Insper (Instituto de Ensino e Pesquisa), revelou o tamanho da disparidade financeira que a desigualdade racial gera para pessoas negras no Brasil.
O levantamento apontou que trabalhadores negros deixam de receber cerca de R$ 103 bilhões por mês devido à desigualdade racial, sendo R$ 14 bilhões devido unicamente ao racismo.
Conduzido pelos pesquisadores Alysson Portella, Michael França e Rodrigo Carvalho, com apoio da Open Society Foundations, o estudo buscou medir como a desigualdade racial e a discriminação afetam a renda dos trabalhadores negros no país.
Para chegar ao resultado final, os economistas fizeram um cálculo da massa salarial (soma dos rendimentos) que os trabalhadores negros receberiam caso tivessem o mesmo salário e o mesmo nível de empregabilidade das pessoas brancas.
Com o resultado em mãos, eles mediram o quanto é referente à discriminação e o quanto é devido a outros fatores, que resultam na desigualdade, como acesso à educação, local de moradia e tipo de ocupação, entre outros.
O cálculo final mostrou uma diferença de R$ 102,63 bilhões de massa salarial perdida. Deste total, R$ 61,67 bilhões deixaram de ser recebidos por homens e R$ 41 bilhões pelas mulheres negras.
Se levado em consideração os dados da pesquisa, trabalhadores negros poderiam ter ganhado R$ 103 bilhões a mais dos R$ 121 bilhões registrados na média do segundo trimestre de 2024.
“Nosso país é mais pobre por causa da desigualdade”, dizem os economistas no artigo.
Para calcular a diferença de salários, os pesquisadores estimaram o peso de cada fator sobre o salário e empregabilidade. Índices como experiência e raça foram levados em consideração no cálculo. Assim foi feito uma simulação para chegar ao número que as pessoas negras deveriam receber.
Desigualdade
De acordo com a pesquisa, um cenário onde não houvesse desigualdade, um homem negro ganharia, em média, mais R$ 2.097,48 por mês, enquanto as mulheres receberiam, em média, R$ 1.535,71 a mais.
A perda de renda entre trabalhadores negros tem impacto intergeracional, destaca Alysson Portella, pesquisador do NERI e um dos responsáveis pelo levantamento.
Segundo ele, isso não apenas limita a acumulação de recursos, mas perpetua um ciclo de escassez de recursos e oportunidades para as gerações futuras.
“É um grande ciclo que vem se perpetuando ali desde a época da abolição. A população negra já sai em posição de desvantagem em termos socioeconômicos, que é um determinante importante para o sucesso das famílias. Famílias ricas investem mais nos seus filhos e eles têm uma performance melhor na escola. Então, essa perda inicial salarial se transmitir pelas gerações”, diz o pesquisador.
Número 2 de Fernando Haddad, o secretário Dario Durigan afirmou, ainda, que governo está disposto a corrigir erros no projeto que eleva tributação sobre o auxílio-gás a partir de 2025
Raphael Pati
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda (MF), Dario Durigan, afirmou, nesta segunda-feira (2/9), que a pasta trabalha para levar ao Congresso Nacional medidas de compensação para o rombo da desoneração da folha de pagamento em 17 setores da economia e dos estados. Em entrevista a jornalistas, o número 2 da Fazenda revisou a previsão anualizada deste deficit, de R$ 16 bilhões para R$ 20 bilhões.
De acordo com Durigan, a medida proposta pelo Congresso foi compensar a curto prazo a desoneração. Por conta disso, novas medidas serão necessárias para garantir sustentabilidade ao Orçamento, a exemplo da taxação sobre Juros Sobre Capital Próprio (JCP) e de outras propostas que elevam a alíquota de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
O próximo desafio da equipe econômica será diminuir o tamanho do rombo para o próximo ano, com medidas para compensar o deficit de 2024. Na visão do secretário, há a possibilidade concreta de uma medida neste sentido ser aprovada apenas em 2025.
Durigan ainda minimizou críticas a respeito dos projetos para aumentar a carga tributária como forma de compensar a desoneração, e sustentou que o objetivo principal é garantir o equilíbrio fiscal do país. “Vamos continuar a perseguir a meta de reequilibrar orçamento de agora até fim de mandato”, disse o secretário.
Gás para Todos
Sobre o projeto de lei que prevê a criação do programa “Gás para Todos” em substituição ao já existente “Auxílio Gás”, o secretário-executivo afirmou que a equipe econômica está “à disposição” para dialogar a corrigir possíveis erros ou abusos nesta proposta. O PL 3.335/2024 tramita na Câmara dos Deputados e prevê um aumento de despesas acima do limite previsto no arcabouço fiscal.
Na prática, o projeto eleva o valor do auxílio, atualmente em R$ 102. Para o secretário, há uma preocupação da própria equipe do ministério em relação à forma com que o projeto foi desenhado. “É importante que a gente tenha também a generosidade de entender, de fazer melhor a política com o melhor sentido”, afirmou Durigan.
Em 2022, o então candidato Lula prometeu isentar do Imposto de Renda aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês. Neste ano, isenção alcançou rendimentos mensais de até R$ 2.824.
A proposta de Orçamento para o ano de 2025, enviada pelo governo ao Congresso Nacional na última sexta-feira (30), não contempla a correção da tabela do Imposto de Renda (IR) das pessoas físicas. Com isso, a faixa de isenção pode deixar de abranger quem ganha dois salários mínimos e passar a valer apenas para quem ganha menos que isso.
O tributo é recolhido na fonte, ou seja, descontado do salário. Posteriormente, o contribuinte pode ter parte do valor restituído, ou pagar mais IR, por meio de sua declaração anual de ajuste.
O secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, informou que, caso o governo decida manter a isenção em dois salários mínimos em 2025, será necessário uma medida que compense a perda de arrecadação decorrente disso.
Isso porque o salário mínimo vai aumentar no ano que vem, também segundo o Orçamento. Logo, o somatório de dois mínimos, em 2025, vai ser maior que os atuais R$ 2.824. Se a isenção subir também, será preciso compensar o que será perdido em imposto.
Cálculos da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco) apontam que a defasagem, até junho deste ano, para quem ganha até dois salários mínimos é de 124,18%. E que, para as demais faixas, o valor é maior: de 166,01%.
“Eu defendi durante a campanha e vamos tentar colocar em prática, na proposta de reforma tributária, que até R$ 5 mil a pessoa não pague Imposto de Renda. Não é possível que a gente não faça”, afirmou à época.
Haddad diz que Secretaria de Política Econômica deverá elevar projeção do PIB em 2024, que deve se aproximar a 2,9%. Boletim Focus também sobe expectativa de crescimento
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participou de um evento empresarial na última sexta-feira (30), em São Paulo (SP). Na oportunidade, disse que as recorrentes elevações das projeções de crescimento brasileiro para 2024 realizadas pelos agentes privados serão acompanhadas também pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.
Estimado até então em 2,5% pelo governo, os indicativos apontam para um crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano similar ao do ano passado, em 2,9%.
Sobre os agentes privados que o ministro se refere, suas análises são compiladas no Boletim Focus do Banco Central, que semanalmente traz as perspectivas para o ano corrente e os próximos. Assim como em 2023, neste ano os analistas tem corrigido positivamente as perspectivas.
Na semana passada, seguindo a tendência de elevação de três semanas consecutivas, o PIB projetado para 2024 era de 2,43%, mas agora uma nova perspectiva o coloca em 2,46%.
Para dimensionar melhor este salto, há quatro semanas o indicativo marcava 2,20%. Já no primeiro boletim de 2024 a previsão era de que o ano fecharia com crescimento de 1,59%.
Segundo trimestre
Com os dados do PIB sobre o segundo trimestre prontos para serem lançados pelo IBGE, o Valor pesquisou com 80 instituições financeiras e consultorias o que esperar como resultado. Segundo os dados, para o segundo trimestre (abr-jun) a expectativa é de alta de alta mediana de 0,9% para o PIB, ante o trimestre anterior (jan-mar) quando cresceu 0,8%.
Estes números corroboram a boa perspectiva para a economia que o mercado vem reajustando.
Entre os principais apontamentos pelos analistas consultados estão:
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, irá apresentar o Projeto de Lei Orçamento Anual (PLOA) ao presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), nesta terça-feira (3). O Executivo enviou a matéria na última sexta-feira (30), com a previsão de R$ 1,03 trilhão para o Ministério da Previdência, valor recorde para a pasta.
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, que detém o programa Bolsa Família, vem em seguida, com a segunda maior previsão, de R$ 291,31 bilhões. A Saúde, com R$ 241,6 bilhões; a Educação, com R$ 200,49 bilhões; e Defesa, com R$ 133,58 bilhões, completam a lista de previsão de recursos para o ano que vem.
Segundo o secretário-executivo do Ministério do Planejamento e Orçamento, Gustavo Guimarães, o PLOA foi formulado tendo em vista o cumprimento da meta fiscal de déficit zero nas contas públicas em 2025, o que inclui medidas de arrecadação e de gestão dos gastos, considerando, inclusive, a revisão de gastos, como o pente-fino em benefícios previdenciários e programas sociais já anunciados.
O arcabouço fiscal aprovado em 2023 estipulava, inicialmente, a meta de um superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para o próximo ano.
“A gente apresentou o eixo que a gente chama de revisão vertical, que vai estar bastante refletido nessa proposta parlamentar, mas também tem vários eixos que a gente vai trabalhar para tornar essa peça ainda mais crível e atingir os resultados primários que a gente espera, não só para 2025, mas também para 2026, 2027 e assim sucessivamente”, comentou ele durante entrevista coletiva nesta segunda-feira (2).
O PLOA, que indica as previsões de receitas e despesas do ano seguinte e será relatado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA), funciona como uma espécie de orientação de recursos a serem aplicadas nas diversas áreas do governo. A matéria também traz a previsão do salário mínimo que, para 2025, será de R$ 1.509, um aumento de 6,87% em relação ao valor de R$ 1.412 deste ano. Ao todo, o valor estimado para o próximo ano é de R$ 5,87 trilhões.
As peças orçamentárias – PLOA e o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) – devem ser analisadas pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) e, então, serem votadas em uma sessão conjunta da Câmara e do Senado.
Em nota, o presidente da CMO, o deputado Julio Arcoverde (PP-PI), afirmou que o colegiado aguarda o envio do texto e que “dará os encaminhamentos necessários para que o relator-geral e os 16 relatores setoriais realizem uma análise minuciosa da proposta orçamentária”.
“Nosso compromisso é garantir uma avaliação criteriosa, responsável e transparente do Orçamento, assegurando que os ele reflita as prioridades reais do país e esteja alinhado com os interesses da população. Todo o processo será conduzido com seriedade e responsabilidade, como requer a importância deste instrumento”, comentou Arcoverde.
O parlamentar pontuou preocupação no que chamou de “foco na arrecadação de impostos”. “Após a PLOA entrar no sistema da CMO, vou me reunir com o relator-geral da LOA 2025, Senador Angelo Coronel, para definir o cronograma de atividades. Entretanto, já manifesto minha preocupação com o foco da proposta na arrecadação de impostos, e não na priorização da melhoria da gestão pública, da eficiência nos gastos e da redução da carga tributária que são fundamentais para gerar empregos, criar oportunidades e aumentar a confiança dos investidores”, declarou.
Ele pode ser o homem mais rico do mundo – mas isso não significa que não temos poder para detê-lo.
O artigo é de Robert Reich, ex-secretário do trabalho dos EUA, professor de política pública na Universidade da Califórnia em Berkeley e autor de Saving Capitalism: For the Many, Not the Few e The Common Good. Seu livro mais recente é The System: Who Rigged It, How We Fix It. O texto é publicado por The Guardian, 30-08-2024.
Eis o artigo.
Elon Musk está rapidamente transformando sua enorme riqueza – ele é a pessoa mais rica do mundo – em uma enorme fonte de poder político irresponsável que agora está apoiando Trump e outros autoritários ao redor do mundo.
Musk é dono do X, anteriormente conhecido como Twitter. Ele apoiou publicamente Donald Trump no mês passado. Antes disso, ajudou a formar um supercomitê de ação política pró-Trump. Enquanto isso, o ex-presidente americano reviveu sua presença na plataforma X.
Musk acaba de contratar um agente republicano com experiência em organização de campo para ajudar nos esforços de mobilização de eleitores em nome de Trump. Trump e Musk têm flutuado a ideia de governar juntos se Trump ganhar um segundo mandato. “Eu acho que seria ótimo ter apenas uma comissão de eficiência governamental”, Musk disse em uma conversa com Trump no início deste mês transmitida no X. “E eu ficaria feliz em ajudar em tal comissão”.
Musk repostou uma versão falsa do primeiro vídeo de campanha de Kamala Harris com uma faixa de voz alterada soando como Harris e dizendo que ela não “sabe nada sobre como administrar o país” e é a “contratação de diversidade definitiva”. Musk marcou o vídeo como “incrível”. Ele tem centenas de milhões de visualizações até agora.
O secretário de estado de Michigan acusou o America Pac apoiado por Musk de enganar as pessoas para que compartilhem dados pessoais. Embora o site do Pac prometa ajudar os usuários a se registrarem para votar, ele supostamente pede aos usuários em estados de campo de batalha que deem seus nomes e números de telefone sem direcioná-los a um site de registro de eleitores – e então usa essas informações para enviar a eles anúncios anti-Harris e pró-Trump.
De acordo com um novo relatório do Center for Countering Digital Hate, serviço dedicado ao combate do ódio online, o próprio Musk postou 50 declarações eleitorais falsas no X até agora neste ano. Elas tiveram um total de 1,2 bilhão de visualizações. Nenhuma tinha uma “nota da comunidade” do suposto sistema de verificação de fatos do X.
Há evidências crescentes de que a Rússia e outros agentes estrangeiros estão usando X para atrapalhar a corrida presidencial deste ano, presumivelmente a favor de Trump. Musk fez pouco para impedi-los. Enquanto isso, o empresário está apoiando causas de direita ao redor do mundo.
No Reino Unido, bandidos de extrema-direita queimaram, saquearam e aterrorizaram comunidades minoritárias enquanto o X espalhava desinformação sobre um ataque mortal a meninas em idade escolar. Musk não apenas permitiu que os instigadores desse ódio espalhassem mentiras, mas também os retuitou e apoiou.
Pelo menos oito vezes nos últimos 10 meses, Musk profetizou uma futura guerra civil relacionada à imigração. Quando tumultos de rua anti-imigração ocorreram por toda a Grã-Bretanha, ele escreveu: “a guerra civil é inevitável”.
O enviado da União Europeia, Thierry Breton, mandou a Musk uma carta aberta lembrando-o das leis da UE contra a amplificação de conteúdo prejudicial “que promova ódio, desordem, incitação à violência ou certos casos de desinformação” e alertando que a UE “será extremamente vigilante” sobre a proteção de “cidadãos da UE de danos graves”.
A resposta de Musk foi um meme que dizia: “DÊ UM GRANDE PASSO PARA TRÁS E LITERALMENTE, F*DA-SE SUA PRÓPRIA CARA!”
Elon Musk se autodenomina um “absolutista da liberdade de expressão”, mas aceitou mais de 80% dos pedidos de censura de governos autoritários. Dois dias antes das eleições turcas, ele bloqueou contas críticas ao presidente, Recep Tayyip Erdoğan.
E suas relações amigáveis com autoritários muitas vezes parecem coincidir com o tratamento benéfico de seus negócios; logo após Musk sugerir a entrega de Taiwan ao governo chinês, a Tesla obteve uma redução de impostos do governo chinês.
Ele pode ser o homem mais rico do mundo. Ele pode ser dono de uma das plataformas de mídia social mais influentes do mundo. Mas isso não significa que não temos poder para pará-lo. Aqui estão seis maneiras de controlar Musk:
1. Boicote a Tesla
Os consumidores não deveriam deixá-lo ainda mais rico e capaz de causar ainda mais danos. Um boicote à Tesla pode já ter começado. Uma pesquisa recente disse que um terço dos britânicos tem menos probabilidade de comprar um Tesla por causa do comportamento recente de Musk.
2. Os anunciantes devem boicotar o X
Uma coalizão de grandes anunciantes organizou tal boicote. Musk está processando-os sob a lei antitrust. “Tentamos a paz por 2 anos, agora é guerra”, ele escreveu no X, referindo-se aos anunciantes que o criticam e ao X.
3. Reguladores ao redor do mundo deveriam ameaçar Musk com prisão se ele não parar de disseminar mentiras e ódio
Os reguladores globais podem estar a caminho de fazer isso, como evidenciado pela prisão de Pavel Durov na França em 24 de agosto, que fundou a ferramenta de comunicação Telegram, que as autoridades francesas consideraram cúmplice de crimes de ódio e desinformação. Como Musk, Durov se autodenominou um absolutista da liberdade de expressão.
4. Nos Estados Unidos, a Comissão Federal de Comércio deve exigir que Musk retire mentiras que possam colocar indivíduos em perigo – e se ele não o fizer, processá-lo sob a Seção Cinco da Lei FTC.
Os direitos de liberdade de expressão de Musk sob a primeira emenda não têm precedência sobre o interesse público. Dois meses atrás, a Suprema Corte americana disse que agências federais podem pressionar plataformas de mídia social a remover informações falsas – uma vitória técnica para o bem público (técnica porque a corte baseou sua decisão na falta de legitimidade do autor para processar).
5. O governo dos EUA – e nós, contribuintes – temos poder adicional sobre Musk, se estivermos dispostos a usá-lo. Os EUA deveriam rescindir seus contratos com ele, começando com a SpaceX de Musk
Em 2021, os Estados Unidos firmaram um contrato confidencial de US$ 1,8 bilhão com a SpaceX que inclui o lançamento de satélites confidenciais e militares, de acordo com o Wall Street Journal. Os fundos agora são uma parte importante da receita da SpaceX.
O Pentágono também contratou o serviço de banda larga Starlink da SpaceX para pagar por links de internet, apesar da recusa de Musk em setembro de 2022 em permitir que a Ucrânia usasse o Starlink para lançar um ataque às forças russas na Crimeia.
Em agosto passado, o Pentágono deu à unidade Starshield da SpaceX US$ 70 milhões para fornecer serviços de comunicação a dezenas de parceiros do Pentágono.
Enquanto isso, a SpaceX está monopolizando o mercado de lançamento de foguetes. Seus foguetes foram responsáveis por dois terços dos voos de locais de lançamento dos EUA em 2022 e lidaram com 88% nos primeiros seis meses deste ano.
Ao decidir com quais entidades do setor privado contratar, o governo deve considerar a confiabilidade do contratante. O temperamento mercurial e impulsivo de Musk faz com que ele e as empresas que ele lidera não sejam confiáveis. O governo também deve considerar se está contribuindo para um monopólio. A SpaceX de Musk está rapidamente se tornando um.
Por que o governo americano está permitindo que os satélites e lançadores de foguetes de Musk se tornem cruciais para a segurança da nação quando ele demonstrou total desrespeito ao interesse público? Por que dar a Musk mais poder econômico quando ele repetidamente abusa dele e demonstra desprezo pelo bem público?
Não há uma boa razão. Os contribuintes americanos devem parar de subsidiar Elon Musk.
6. Certifique-se de que o candidato favorito de Musk para presidente não seja eleito
É contra isso que estamos lidando. Atores mal-intencionados espalham desinformação online para alimentar a intolerância. Equipes de advogados dos ricos e poderosos tentam nos impedir de publicar histórias que eles não querem que você veja. Grupos de lobby com financiamento obscuro que estão determinados a minar fatos sobre a emergência climática e outras ciências estabelecidas. Estados autoritários que não respeitam a liberdade de imprensa.