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Fortalecimento do Congresso e do STF enfraqueceu Lula, diz Blanco

Fortalecimento do Congresso e do STF enfraqueceu Lula, diz Blanco

O PÊNDULO DE FOUCAULT

Quem governa o Brasil não é mais o presidente da República. A conjunção de dois fatores — a falta de maioria no Congresso e o empoderamento do Parlamento e do Supremo Tribunal Federal — alteraram a dinâmica do país onde, historicamente, o Executivo sempre foi hipertrofiado, em desfavor da atrofia dos outros poderes.

Carlos Blanco de Morais é professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL)

É o que se depreende da entrevista dada à TV ConJur pelo constitucionalista português Carlos Blanco de Morais, um dos nomes da área mais respeitados em todo o mundo. Para ele, o modelo do presidencialismo de coalizão que se pretendia acabou levando a uma “parlamentarização do Congresso” — em que o Planalto é refém do Legislativo e, num segundo momento, do Judiciário. A conversa faz parte da série Grandes Temas, Grandes Nomes do Direito, em que a revista eletrônica Consultor Jurídico fala com alguns dos nomes mais importantes do Direito e da política sobre os temas mais relevantes da atualidade.

Blanco de Morais é professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL), presidente do Grupo de Ciências Jurídico-Políticas e coordenador científico do Centro de Investigação de Direito Público da FDUL e consultor-sênior da Presidência do Conselho de Ministros do governo português.

Em relação ao Judiciário, Blanco de Morais identifica o fato de o Supremo Tribunal Federal ter assumido o papel de moderador, com ascendência pontual sobre os demais poderes — o que se processa por meio das súmulas, efeitos vinculantes e decisões que geram mutações constitucionais. Quadro em que o professor — que é o organizador do capítulo português do Fórum de Lisboa, promovido com a FGV e o IDP — enxerga um presidencialismo relativizado.

No que se refere à ação legislativa do Supremo, Blanco de Morais opina que não haveria usurpação de poder se o mandado de injunção (instrumento criado para regular direitos constitucionais sonegados pela omissão do Congresso) se limitasse a reconhecer a falha e desse um prazo para supri-la.

Clique aqui para assistir ao vídeo da entrevista de Blanco de Morais ou veja abaixo:

CONJUR

https://www.conjur.com.br/2024-jul-22/fortalecimento-do-congresso-e-do-stf-enfraqueceu-lula-diz-blanco/

Fortalecimento do Congresso e do STF enfraqueceu Lula, diz Blanco

PIB terá crescimento limitado neste ano, de acordo com analistas

Juros mais altos e incertezas no campo fiscal e no exterior ajudam a frear atividade para mais perto de 2% do que de acima de 2,5% como está prevendo o Ministério da Fazenda

Rosana Hessel

Após o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, frear o ciclo de corte da taxa básica da economia (Selic), mantendo os juros em 10,50% ao ano, no mês passado, o Ministério da Fazenda freou o ímpeto de revisões para cima do Produto Interno Bruto (PIB) deste ano, na contramão do discurso de que a economia iria continuar supreendendo positivamente.

De acordo com analistas ouvidos pelo Correio, é possível que essa projeção do governo não se concretize, o que poderá ser mais um problema para o cumprimento da meta fiscal, que já está apertada, mesmo com o anúncio de contenção de R$ 15 bilhões de gastos — sendo R$ 11,2 bilhões de bloqueio e R$ 3,8 bilhões de contingenciamento — para o cumprimento da meta fiscal deste ano, que permite um rombo de até 0,25% no PIB, pois menos crescimento implica em menos receita.

“A taxa de crescimento de 2,5% do PIB neste ano é o teto. Com todas as restrições que estão aparecendo na economia, não vai ser simples manter o ritmo trimestral de 2,5% até o fim do ano”, explica Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. Ele estima que com o anúncio de corte de R$ 15 bilhões em gastos no Orçamento deste ano, o governo está na metade do caminho do ajuste para conseguir entregar um deficit primário de 0,25% do PIB. “Ainda faltariam R$ 15 bilhões para chegar ao limite inferior do deficit neste ano de 0,25% do PIB. Como o governo interditou medidas mais estruturais de ajustes, será inevitável que esses bloqueios sejam comuns até 2026”, acrescenta.

Pelos cálculos de José Francisco de Lima Gonçalves, economista-chefe do Banco Fator, os dados mais recentes de atividade sinalizam que o crescimento do PIB deste ano deverá ficar mais perto de 2% do que de 2,5%, o que deve reduzir ainda mais a previsão de receita do governo. Ele também prevê, além do valor anunciado, um corte adicional de, pelo menos, R$ 10 bilhões para compensar esse descompasso. “Esperamos mais ajustes até o quinto bimestre do ano, quando haverá mais clareza sobre eventuais avanços na compensação da desoneração da folha e na eficácia de medidas relativas a despesas”, afirma.

No Boletim Macro Fiscal, divulgado na semana passada pela Secretaria de Política Econômica (SPE), a pasta manteve a projeção para o crescimento do da atividade econômica neste ano em 2,5%. Essa medida foi anunciada no mesmo dia em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, divulgou a contenção de R$ 15 bilhões em despesas no Orçamento deste ano. Antes, tanto o governo quanto Haddad, vinham sinalizado que deveriam revisar para cima as projeções do PIB, o que ajudaria, de forma contábil, a melhorar o resultado fiscal e reduzir a necessidade de corte orçamentário. Mas, diante do clima apreensivo do mercado com o anúncio do corte de despesas, o chefe da equipe econômica do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi mais contido e pediu “parcimônia”. A previsão de 2,5%, que foi mantida, ainda é mais otimista do que as previsões do mercado e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que reduziu de 2,2% para 2,1%, em grande parte, por conta da tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul.

Técnicos da Fazenda e do Planejamento devem apresentar, na tarde de hoje, o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas com esse corte de R$ 15 bilhões — que é considerado por analistas insuficiente para o cumprimento da meta fiscal deste ano.

Sergio Vale, da MB, destaca também que, como os juros devem continuar elevados tanto no Brasil quanto no exterior, e o risco externo podendo aumentar caso o candidato republicano Donald Trump vença as eleições, esse cenário mais incerto pode travar o crescimento do PIB no último trimestre deste ano.

Na avaliação do economista Simão Davi Silber, professor da Universidade de São Paulo (USP), será muito difícil para o PIB crescer mais do que 2% neste ano e nos próximos, por conta da inércia. “Eu tenho falado isso desde o segundo semestre do ano passado, porque, se pegarmos a média geométrica de 1980 até 2023, dá 2%, e, por conta disso, a inércia não deixará o PIB crescer mais do que esse patamar”, explica. “Não tem nada de especial neste ano, nem aqui nem lá fora, para que o país cresça acima de 2%. E, como a política monetária não conversa com a política fiscal, isso traz redução de crescimento e do investimento”, acrescenta o professor da USP. Ele demonstra bastante preocupação com o forte aumento da despesa, que segue crescendo em ritmo mais acelerado do que a receita.

Despesa acelerada

Conforme dados do Tesouro Nacional, de janeiro a maio, a receita tributária do governo aumentou 9%, em termos reais (descontada a inflação), em relação ao mesmo período de 2023. Enquanto isso, na mesma base de comparação, a despesa saltou 14%, gerando um saldo negativo de R$ 30 bilhões. No acumulado em 12 meses, o deficit primário somou R$ 268,4 bilhões, equivalente a 2,36% do PIB.

“A despesa tem vida própria. Ela cresce de forma vegetativamente, e o ralo da República é a Previdência, que é uma despesa que vai continuar crescendo de forma independente porque o número de aposentados está crescendo mais rapidamente porque o país está envelhecendo e, adicionalmente, os programas de transferência de renda são mais significativos”, alerta Silber. Segundo ele, o país não vai resolver esse problema só aumentando a receita. “O país vai precisar crescer para que a receita também cresça de forma vegetativa. Se o país estivesse crescendo 4,5% ao ano, não estaríamos discutindo isso agora. Mas, não tem como conseguir isso agora, com o país refém de um crescimento de 2% ao ano e a população aumentando 1%. Isso significa que a renda per capita vai levar 70 anos para dobrar de tamanho. O Brasil está comendo poeira na estrada do crescimento, junto com o Egito”, lamenta.

O especialista em contas públicas Manoel Pires, coordenador do Centro de Política Fiscal e Orçamento Público do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), não vê chances de o governo conseguir zerar o deficit primário neste ano, algo que já não está sendo cogitado mais por Haddad após a reunião da Junta de Execução Orçamentária (JEO), na quinta-feira. Ao anunciar o corte de R$ 15 bilhões nas despesas, o ministro sinalizou que o governo estará comprometido em entregar o resultado primário no limite da meta, que permite um rombo de até 0,25% do PIB, ou seja, R$ 28,8 bilhões.

“O sistema é mais complexo atualmente, mas não podemos reconhecer que o resultado primário deste ano, em comparação com o rombo do ano passado, deverá ser menor. Qualitativamente, será uma melhora substancial”, afirma Pires. Contudo, o economista reconhece que houve um aumento expressivo no volume de benefícios sociais do governo federal e isso acabou expondo a ineficiência dos programas e, portanto, há espaço para cortes de gastos em medidas assistenciais, como Benefício de Prestação Continuada (BPC), auxílio-doença e Bolsa Família. “Existe uma margem de gordura que poderá ser cortada e isso vai ajudar o governo a anunciar um contingenciamento menor”, frisa.

No boletim Macro Fiscal, a Fazenda ainda elevou as projeções para a inflação deste ano, de 3,70% para 3,90%. Segundo o documento, essa estimativa já leva em consideração os impactos do câmbio mais depreciado e da calamidade no Rio Grande do Sul nos preços, além dos reajustes recentes anunciados para os preços da gasolina e do gás de cozinha.

Risco previdenciário

De acordo com Pires, além dessas três despesas que podem ser revistas e ajudar a minimizar o tamanho do corte orçamentário neste ano, o cenário com inflação mais elevada também pode ajudar, porque o PIB nominal será maior. “Outra notícia boa é o aquecimento do mercado de trabalho, que continua crescendo e pode contribuir com o aumento de receitas de tributos do governo e da Previdência”, adiciona o especialista em contas públicas.

Em artigo recente, o economista e especialista em Previdência Fabio Giambiagi lembrou que a despesa previdenciária passou de 6,2% para 8,1% do PIB, entre 2003 e 2016, após 14 anos de PT no poder. E, agora, mesmo após a reforma no sistema de aposentadorias, em 2024, será da ordem de 8% do PIB novamente no governo do PT.

“O Brasil precisa avançar rumo a uma nova reforma previdenciária. É necessário dar o primeiro passo para que ocorra uma discussão intensa e criar condições políticas para aprovar uma reforma, em 2027 ou 2031. Nossa modesta contribuição é procurar dar o lastro técnico para que seja possível aprovar essa futura mudança”, alerta Giambiagi. Segundo ele, não é recomendável apertar as regras para quem já foi afetado pela última mudança. “Aquela reforma foi muito importante e, basicamente, aumentou bastante o período contributivo para quem se aposentaria por tempo de contribuição. Essas pessoas, vale ressaltar, irão contribuir, na prática, em muitos casos, durante 40 anos ou mais. Em algum momento, porém, será preciso mudar as regras das outras modalidades de benefício”, frisa ele, ao citar o recém-lançado livro A reforma inacabada — O futuro da Previdência Social no Brasil (Editora Altabooks), em parceria com o economista Paulo Tafner.

CORREIO BRAZILIENSE

https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2024/07/6903271-pib-tera-crescimento-limitado-neste-ano-de-acordo-com-analistas.html

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Boletim Focus: Mercado mantém projeção de inflação para 2025, mas aumenta previsão para este ano

O relatório do Banco Central apresenta as expectativas dos economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil

Por Nathália Larghi, Valor Investe — São Paulo

Mesmo depois de o Banco Central paralisar o ciclo de cortes da Selic, e o governo acalmar os ânimos do mercado após anunciar uma contenção no Orçamento deste ano, os economistas seguem cautelosos com o que vem por aí. Prova disso é que as projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e para o dólar deste ano voltaram a subir, segundo o Boletim Focus. Mas nem tudo está perdido. As previsões para a inflação e a Selic de 2025, horizonte que o Banco Central acompanha mais de perto, ficaram no mesmo patamar, o que mostra que os economistas estão “esperando para ver” os efeitos da política do BC e das ações do governo.

O relatório é feito semanalmente pelo Banco Central e apresenta as expectativas dos economistas para os principais indicadores econômicos do Brasil.

Inflação

Segundo o Boletim Focus, a expectativa para a inflação deste ano saiu de 4,00% para 4,05%, em movimento inverso ao da semana passada, quando os economistas cortaram suas projeções após altas consecutivas nas previsões.

No entanto, para 2025 (que é o horizonte que o BC mais acompanha tendo em vista que é o que deve ser impactado por medidas tomadas agora) a projeção segue em 3,90%, mesmo patamar da semana passada.

Para 2026, a expectativa também seguiu em 3,60%, mesmo patamar e movimento das semanas anteriores.

É importante lembrar que a meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3% para 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Portanto, o limite tolerado é de 4,5% ao ano. Assim, ainda que as previsões para 2024 e 2025 estejam maiores, elas ainda estão dentro do intervalo considerado aceitável.

Selic

Para a Selic deste ano, a mediana das expectativas ficou no mesmo patamar, assim como nas semanas anteriores. A projeção ficou em 10,50% no fim de 2024.

A aposta segue o que aponta a média dos investidores. No Termômetro do Copom do Valor Investe, a maior parte dos negociantes acredita que a Selic será mantida em 10,50% na próxima reunião. Ou seja, se o BC mantiver esse comportamento até o final do ano, o fim do ciclo de cortes se encerraria no mesmo patamar projetado no Focus.

A previsão de 2025 também foi mantida, assim como nas últimas semanas. Ela ficou em 9,50%.

Para 2026, a expectativa ficou em 9% como nas semanas anteriores.

Dólar

Os previsões para 2025 e 2026 seguiram no mesmo patamar, em R$ 5,20 para ambos os períodos. como na última semana. A expectativa para a divisa ao fim de 2024 saiu de R$ 5,22 pra R$ 5,30.

O mesmo aconteceu com as previsões para 2025 e 2026, que na semana passada seguiram no mesmo patamar. Desta vez, a projeção tanto para o ano que vem quanto para o seguinte saiu de R$ 5,20 para R$ 5,23.

PIB

A previsão mediana dos economistas para o crescimento da economia brasileira em 2024 voltou a subir, assim como nas duas últimas semanas. A projeção do PIB para este ano saiu de 2,11% para 2,15%.

Para 2025, porém, as expectativas saíram de 1,97% para 1,93% após ficarem iguais na semana passada.

Para 2026, a expectativa é de um PIB de 2%, assim como nos últimos relatórios.

Fortalecimento do Congresso e do STF enfraqueceu Lula, diz Blanco

Mercado festeja corte de R$15 bi que pode sacrificar os mais pobres

Para Flauzino Antunes Neto, da CTB, cortes são resultado da pressão para o cumprimento do superávit primário visando o pagamento de juros

por Iram Alfaia

O corte de gastos públicos de R$ 15 bilhões no orçamento anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi recebido com entusiasmo pelo mercado, que já defende mais ajustes.

Ou seja, pouco interessa a esse segmento que o equilíbrio das contas públicas seja feito sacrificando a população mais pobre desse país, principal beneficiada pelo programas sociais e investimentos públicos.

Embora a decisão da equipe econômica seja atingir a meta fiscal, ainda é dúvida de que essa medida contribua para que o Banco Central (BC), comando pelo bolsonarista Campos Neto, corte taxa de juros

Mesmo com esse aceno do governo, alguns economistas acreditam que, até o final do ano, a Taxa Selic não ficará abaixo dos 10,5%.

Aliás, mantida a taxa nesse patamar, o Brasil segue sendo um paraíso para o mercado financeiro. Por exemplo, os últimos 12 meses, a dívida pública cresceu 13%, chegando a R$ 8,522 trilhões em junho.

Somente em 2023, os gastos com o pagamento de juros da dívida pública chegaram a R$ 816,2 bilhões em juros aos credores.

Portanto, tem lógica a enorme pressão que o mercado e a mídia fizeram no governo para que os cortes fossem feitos, apesar de não ser esse o problema central.

Vejamos: não existe um governo problemático nas contas públicas, pois os indicadores econômicos estão cada vez melhores com taxa de desemprego caindo, inflação controlada e grande crescimento.

Nossas reservas internacionais são de US$ 355 bilhões e se aguarda superávit de US$ 100 bilhões, um dos cinco maiores do mundo. Não à toa o país é a oitava economia do planeta.

O presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil do Distrito Federal (CTB-DF), Flauzino Antunes Neto, considera os cortes como resultado da pressão para o cumprimento do superávit primário visando o pagamento de juros ao setor financeiro.

“Eles especulam com os títulos do governo federal e querem a garantia dos juros. Isso está no bojo do arcabouço fiscal que foi implementado. O mercado pressiona para que o governo não faça suas atividades fins, fazendo com que o dinheiro da população seja aplicado em investimento, obras públicas e políticas sociais”, criticou.

VERMELHO

https://vermelho.org.br/2024/07/19/mercado-festeja-corte-de-r-15-bilhoes-que-pode-sacrificar-os-mais-pobres/

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Leia a íntegra da carta de desistência de Joe Biden, traduzida

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, divulgou uma carta via redes sociais ao anunciar sua desistência nas eleições deste ano. Leia abaixo o texto traduzido, na íntegra:

“Meu companheiros americanos,

Nos últimos três anos e meio, fizemos grande progresso enquanto nação.

Hoje, os Estados Unidos [América, no original] têm a economia mais forte do mundo. Fizemos investimentos históricos na reconstrução da nossa nação, em baixar os custos de remédios para idosos e na expansão de assistência médica acessível para um número recorde de americanos. Nós fornecemos assistência criticamente necessária para milhões de veteranos que haviam sido expostos e substâncias tóxicas. Aprovamos a primeira lei de segurança para armas em 30 anos. Nomeamos a primeira mulher afro-americana para a Suprema Corte. E aprovamos a legislação climática mais significativa na história mundial. América nunca esteve mais bem posicionada para liderar do que estamos hoje.

Sei que nada disso poderia ter sido feito sem você, o povo americano. Juntos, nós superamos uma pandemia das que só acontecem uma vez por século e a pior crise econômica desde a Grande Depressão. Nós protegemos e preservamos a nossa democracia. E revitalizamos e fortalecemos as nossas alianças ao redor do mundo.

Foi a maior honra da minha vida servir como seu presidente. E, embora minha intenção tenha sido buscar a reeleição, eu acredito que é do melhor interesse meu partido e do meu país que eu saia e foque apenas em cumprir minhas obrigações como presidente pelo resto do meu mandato.

Vou falar à nação depois, nesta semana, em maior detalhe, sobre minha decisão.

Por agora, me permitam expressar a minha gratidão mais profunda a todos os que trabalharam tão duramente para me ver reeleito. Quero agradecer à vice-presidente Kamala Harris por ser uma parceira extraordinária em todo esse trabalho. E me permitam expressar meu sincero apreço por todo o povo americano pela fé e confiança que vocês colocaram em mim.

Eu acredito hoje no que sempre acreditei: que não há nada que a América não possa fazer – quando o fazemos juntos. Só temos que lembrar que somos os Estados Unidos da América”

AUTORIA

Carlos Lins

CARLOS LINS Editor. Passou por Poder360, SBT e Fato Online. Formado em Comunicação Social e em Teoria, Crítica e História da Arte pela UnB.

CONGRESSO EM FOCO
Fortalecimento do Congresso e do STF enfraqueceu Lula, diz Blanco

Joe Biden desiste de eleição nos EUA e apoia Kamala Harris

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu que não vai disputar a eleição pela Casa Branca neste ano. O anúncio foi feito neste domingo (21) no perfil de Biden no X (ex-Twitter). Na mensagem, ele declara apoio para que a sua vice, Kamala Harris, assuma a disputa contra o republicano Donald Trump.


A desistência vem após semanas de pressão no Partido Democrata, ao qual Biden é filiado. Aliados vinham questionando a capacidade do presidente de disputar a eleição por conta de sua idade, 81 anos. A mídia norte-americana vinha dando destaque à possibilidade dele deixar a corrida eleitoral desde 27 de junho, quando o presidente teve um desempenho ruim em seu primeiro debate eleitoral contra Trump.