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“Quem continuar especulando vai perder de novo”, diz Padilha em dia de alta do dólar

“Quem continuar especulando vai perder de novo”, diz Padilha em dia de alta do dólar

O ministro das Relações Institucionais disse que o presidente Lula mantém o compromisso com a regra fiscal e caracterizou como “especulação” as críticas sobre a parte fiscal do governo

Ingrid Soares

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, defendeu nesta segunda-feira (1º/7) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém o compromisso com a regra fiscal e caracterizou como “especulação” as críticas sobre a parte fiscal do governo. A declaração do ministro ocorre após a alta do dólar por conta das últimas falas do chefe do Executivo sobre a moeda americana que fechou em alta hoje, ultrapassando os R$ 5,65.

“O governo tem responsabilidade fiscal e social. Aprovamos o arcabouço fiscal e o governo vai cumprir. O resto é especulação. Mais uma vez vai errar quem ficar especulando sobre irresponsabilidade desse governo. Quem especulou no final, na transição do governo anterior, perdeu dinheiro com isso. Quem especulou no ano passado que a gente não ia ter um arcabouço fiscal, não ia aprovar a reforma tributária, perdeu dinheiro com isso. Quem especulou que não teríamos um arcabouço fiscal, perdeu dinheiro; e quem ficar especulando, vai perder dinheiro de novo”, emendou.

Ele apontou que “mais uma vez o governo vai surpreender os pessimistas, que tentam incutir em Lula qualquer imagem de gastador”, disse em coletiva a jornalistas na saída do Ministério da Fazenda, em Brasília.

“Neste terceiro governo, o presidente acabou com a gastança irresponsável do governo anterior, de irresponsabilidade fiscal, com desonerações, aumento de auxílios vinculados a fraudes, calotes em precatórios. O governo restabeleceu o compromisso com a responsabilidade fiscal, e posso reafirmar o compromisso com o arcabouço fiscal vigente”, apontou.

“Então, o compromisso de combater qualquer tipo de fraude e continuar fazendo pente fino, como disse o presidente Lula, em qualquer crescimento de despesa, ter compromisso com o que está no arcabouço fiscal em relação ao crescimento de despesa, tem um compromisso claro que o governo vai cumprir. Então, quem ficar especulando sobre isso vai perder dinheiro de novo”, reforçou.

Reforma Tributária

Padilha disse também que a expectativa do governo é de que o relatório da proposta de desoneração da folha de pagamento seja finalizado e apresentado ainda nesta semana. Uma reunião prevista para a noite de amanhã deve costurar os detalhes.

“Ainda nesta semana, Jaques deve apresentar nesta semana proposta de relatório da reoneração de setores. Ainda está pendente a fonte permanente de compensação. O relator está acompanhando Lula numa viagem a Bahia e deve voltar amanhã (terça)”, relatou Padilha. “E queremos conseguir uma reunião amanhã à noite para poder fechar o relatório do senador Jaques Wagner com o presidente Pacheco”, acrescentou.

CORREIO BRAZILIENSE

https://www.correiobraziliense.com.br/economia/2024/07/6889224-quem-continuar-especulando-vai-perder-de-novo-diz-padilha-em-dia-de-alta-do-dolar.html

“Quem continuar especulando vai perder de novo”, diz Padilha em dia de alta do dólar

30 anos do Real: R$ 1 de hoje equivale a apenas R$ 0,12 da época

A inflação acumulada desde junho de 1994, quando o real foi lançado, é de 708%. Para ter o mesmo poder de compra da época, seriam necessários R$ 8,08 para cada R$ 1.

Por Bruna Miato, g1

A inflação brasileira acumula uma alta de 708% entre o dia 1° de julho de 1994 e a última divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de maio.

Em outras palavras: no aniversário de 30 anos do Plano Real, uma moeda de R$ 1 equivaleria a apenas R$ 0,12 da época de seu lançamento.

Embora a inflação acumulada em três décadas seja bastante expressiva, é preciso reconhecer o sucesso do Plano Real, no governo de Itamar Franco, para resolver o caos inflacionário.

Nas décadas de 1980 e 1990, o país vivia uma hiperinflação que chegou a ultrapassar os 2.500% ao ano. Da entrada do real em circulação para cá, anos ruins de inflação são aqueles em que IPCA chega à casa dos 10% na janela de 12 meses.

Ainda assim, o valor nominal do dinheiro caiu bastante: para comprar o equivalente a R$ 1 daquela época, seria necessário desembolsar R$ 8,08 atualmente.

Para ter o mesmo poder de compra de julho de 1994, seriam necessários, hoje:

  • R$ 40,40 para uma nota de R$ 5 da época;
  • R$ 404,01 para uma nota de R$ 50 da época;
  • R$ 808,02 para uma nota de R$ 100 da época.

Outras notas

Além das notas de R$ 1, R$ 5, R$ 10 e R$ 100, o “kit original” lançado inicialmente pelo Plano Real, cédulas de outros valores também foram desenvolvidas com o passar dos anos.

Em dezembro de 2001, foi lançada a nota de R$ 2. Para ter o mesmo poder de compra da época em que ela foi lançada, seriam necessários R$ 7,69. A inflação acumulada de lá para cá é de 284,63%, segundo o Banco Central do Brasil (BC).

Em junho de 2002, chegou às ruas a nota de R$ 20. Hoje, para ter o poder de compra que se tinha quando foi lançada, seriam necessários R$ 74,56. O IPCA acumulado do período é de 272,78%.

última nota a ser criada foi a de R$ 200, que começou a circular no dia 2 de setembro de 2020, em meio à pandemia de Covid-19. Em quase três anos, a inflação já acumula uma alta de 29,29% e, hoje, seriam necessários R$ 258,59 para ter o mesmo poder de compra.

O Plano Real

O real completa 30 anos de existência nesta segunda-feira (1°). O plano que deu origem à moeda nasceu sob a gestão de Itamar Franco, que tinha Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda.

O Plano Real marcou o fim de um dos períodos de maior instabilidade econômica e monetária do Brasil. Teve seu processo iniciado em 1993 e tinha como objetivo controlar a hiperinflação no país, que ultrapassava os quatro dígitos.

De acordo com informações do BC, no acumulado em 12 meses entre julho de 1993 e junho de 1994, quando o real foi implementado, a inflação chegou a encostar no nível de 5.000%.

Apenas para se ter uma ideia, de lá para cá, “mesmo com as várias crises internacionais e internas que prejudicaram a estabilização econômica, o IPCA acumulado em 12 meses passou de 9% em poucas ocasiões”, destaca a instituição.

A implementação do real como a moeda nacional foi a última etapa do plano monetário.

G1

https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/06/30/30-anos-do-real-r-1-de-hoje-equivale-a-apenas-r-012-da-epoca.ghtml

“Quem continuar especulando vai perder de novo”, diz Padilha em dia de alta do dólar

Haddad reconhece dólar em valor alto e atribui atual patamar a ‘muitos ruídos’

Moeda norte-americana atingiu nesta segunda o maior valor em 2 anos e meio, cotada a R$ 5,65. Ministro afirmou ainda que, nos próximos dias, valor do dólar deve se acomodar.

Por Thiago Resende, TV Globo — Brasília

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu nesta segunda-feira (1º) que o valor do dólar está em um patamar alto. Segundo ele, o motivo para a subida da moeda-americana no Brasil são “muito ruídos”.

A alta é atribuída, entre outros fatores, a falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o Banco Central e contra o presidente da instituição, Roberto Campos Neto. Mais cedo nesta segunda, Lula disse que vai buscar um próximo presidente do BC que “olhe para o país do jeito que ele é”, e não “do jeito que o sistema financeiro fala”.

O mercado vê nessas declarações do presidente o risco de interferência política na economia.

Na portaria do ministério, Haddad foi questionado se o dólar não está em patamar alto.

“Está. Apesar da desvalorização [das moedas nacionais em relação ao dólar] ter acontecido no mundo todo de uma maneira geral. Aqui aconteceu, ela foi maior do que nos nossos pares. Colômbia, Chile, México também tiveram [desvalorização em relação ao dólar]”, afirmou Haddad.

Questionado sobre o motivo para a alta do dólar no Brasil, Haddad atribuiu a “ruídos”. Afirmou ainda que o governo precisa comunicar melhor seus feitos na área econômica.

“Atribuo a muitos ruídos. Já falei isso no conselho, Conselhão [Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável], falei disso. Precisa comunicar melhor os resultados econômicos que o país está atingindo, por exemplo, tive hoje mais uma confirmação sobre atividade econômica e arrecadação de junho. Fechou hoje, mês de junho ficou acima do previsto pela Receita Federal. Ou seja, nós estamos no sexto mês de boas notícias na atividade econômica e na arrecadação”, disse o ministro.

Haddad também afirmou que o valor do dólar em relação ao real deve se acomodar nos próximos dias.

“Vai acomodar. Porque a hora que esses processos se desdobrarem, isso tende a reverter, na minha opinião”, afirmou.

Ainda segundo Haddad, ele vai ter conversas com o presidente Lula sobre o dólar nos próximos dias.

“Eu tenho conversado com ele com bastante frequência nos últimos dias. Estive com ele semana passada umas duas ou três vezes conversando sobre isso. E ficamos de retomar quando ele voltar de viagem”, declarou.

G1

https://g1.globo.com/economia/noticia/2024/07/01/haddad-admite-dolar-em-valor-alto-mas-diz-que-cotacao-deve-se-acomodar-nos-proximos-dias.ghtml

“Quem continuar especulando vai perder de novo”, diz Padilha em dia de alta do dólar

Milhares tomam as ruas de Paris em protesto contra o avanço da extrema-direita

Frente de esquerda e grupo de Macron fazem pacto para isolar o Reunião Nacional após vitória inédita do partido de Marine Le Pen. Segundo turno será no próximo domingo (7).

por Lucas Toth

Pela primeira vez na história, o Reunião Nacional (RN), partido de extrema-direita, venceu neste domingo (30), com 29,25% dos votos, o primeiro turno das eleições legislativas antecipadas na França pelo presidente Emmanuel Macron. A Nova Frente Popular (NFP), de esquerda, obteve 27,99% dos votos e a segunda colocação, e apelou para a formação de uma coalizão republicana para frear Marine Le Pen e Jordan Bardella no segundo turno, marcado para o próximo domingo (7).

Já o bloco da direita liberal liderado por Macron, o partido Renascimento (EN) minguou para 20,04% dos votos e obteve apenas o terceiro melhor resultado. Os Republicanos (LR), partido da direita tradicional, foram a quarta força do primeiro turno, confirmando seu declínio com 6,57% dos votos.

Após a publicação das estimativas logo após o encerramento das eleições, às 20h do horário de Brasília, dirigentes da NFP e do Renascimento apelaram para um novo cordão sanitário contra a extrema-direita.

O grupo de Macron anunciou, nesta segunda (1), que irá retirar do segundo turno todos os candidatos que ficarem em 3º lugar neste domingo. Em comunicado, o partido disse que as siglas não podem “deixar as chaves do país à extrema-direita” e que o Reunião Nacional é “uma ameaça inaceitável”.

Jean Luc Mélenchon, líder da coligação de esquerda, por sua vez, também afirmou que orientou para que os candidatos que ficaram em terceiro retirem suas candidaturas no próximo domingo. “Nem um voto, nem mais uma cadeira para o RN”, disse.

Uma grande manifestação tomou as ruas da capital, Paris, logo após a publicação das estimativas. O protesto foi convocado pela Nova Frente Popular e ocorreu na Praça da República, no centro da cidade.

Milhares de parisienses manifestam-se contra extrema-direita e pedem clarificação a Macron “Já não há, neste país, escapatória a uma escolha fundamental. É agora o momento: somos nós ou eles, não há nada no meio. E não estamos aqui só para fazer barragem, estamos aqui porque queremos mudar tudo”, exclamou Mélenchon.

Com bandeiras da coligação, da Palestina ou com o arco-íris representativo do movimento LGBT, milhares de manifestantes foram entoando cânticos como “não queremos fachos”, “somos todos antifascista”, “não passarão ” ou a música Bella Ciao.

As siglas disputam 577 cadeiras de deputados para a Assembleia Nacional, dissolvida por Macron no dia 9 de junho, após o resultado das eleições europeias. A França foi o país onde a extrema-direita mais cresceu depois da votação para o parlamento europeu.

Macron considerou necessária a dissolução do parlamento e a convocação de novas eleições legislativas, no que chamou de “tempos para esclarecimento” e que as ameaças a “coesão” da França exigem “clareza no debate”.

Hoje com 88 deputados, o RN pode alcançar entre 230 e 280 cadeiras da Assembleia Nacional. Para arrematar a maioria são necessários 289 assentos. Já a NFP pode obter entre 150 e 180 cadeiras. Atualmente, os partidos do bloco de esquerda somam 150 deputados.

A atual maioria do governo Macron deve cair dos atuais 250 deputados para algo entre 60 e 100, pondo fim ao breve gabinete do primeiro-ministro Gabriel Attal, 35, no poder desde janeiro.

Pelo sistema político da França, semipresidencialista, os eleitores elegem os partidos que vão compor o Parlamento. A sigla ou a coalizão que obtiver mais votos indica então o primeiro-ministro, que, no país europeu, governa em conjunto com o presidente — este eleito em eleições presidenciais diretas e separadas das legislativas e que, na prática, é quem ganha mais protagonismo à frente do governo.

Caso o presidente e o primeiro-ministro sejam de partidos políticos diferentes, a França entrará em um chamado governo de “coabitação”, o que ocorreu apenas três vezes na história do país europeu e que pode paralisar o governo de Macron. Isso porque, neste caso, o premiê assume as funções de comandar o governo internamente, propondo, por exemplo, quem serão os ministros.

VERMELHO

https://vermelho.org.br/2024/07/01/milhares-tomam-as-ruas-de-paris-em-protesto-contra-o-avanco-da-extrema-direita/

“Quem continuar especulando vai perder de novo”, diz Padilha em dia de alta do dólar

Empresas portuguesas avaliam adotar semana de quatro dias

Experiência piloto mostra aumento na saúde mental e na satisfação dos trabalhadores sem prejudicar a produtividade ou o desempenho financeiro das empresas

por Barbara Luz

Portugal tem sido palco de uma revolução no ambiente de trabalho com a implementação da semana de quatro dias. A experiência, conduzida em 41 empresas, mostra que a redução da jornada semanal de trabalho trouxe benefícios significativos para os funcionários sem comprometer a saúde financeira das empresas.

De acordo com o relatório final “Semana de Quatro Dias – Projeto-Piloto” apresentado pelo economista Pedro Gomes, coordenador do programa do governo, e divulgado no dia 24 de junho pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), houve uma melhora notável na saúde mental dos trabalhadores. “A autoavaliação da saúde mental e física dos trabalhadores revelou aumentos significativos na categoria ‘muito boa’ ou ‘excelente’ entre os participantes.

Na saúde mental, a categoria ‘muito boa’ ou ‘excelente’ duplicou de 15% para 30%, e na saúde física aumentou de 20% para 27%”, destacou Gomes. Além disso, foi registrado um aumento médio de 11 minutos no tempo de sono e uma diminuição da exaustão e dos sintomas negativos de saúde mental: o índice de ansiedade diminuiu em 21%; o de fadiga em 23%; o de insônia ou problemas de sono em 19%.

Os dados também mostram que, apesar de não haver uma coleta direta de informações financeiras, “a maioria dos administradores registou um aumento nas receitas e lucros em 2023, em comparação com o ano anterior, sugerindo que a semana de quatro dias não está associada a um desempenho financeiro negativo”, diz o relatório final, assinado também pela professora Rita Fontinha, associada de Strategic Human Resource Management na Henley Business School da Universidade de Readinge.

Benefícios extensivos e desafios futuros

Os impactos positivos não se restringiram ao ambiente de trabalho. A satisfação com o tempo livre e os relacionamentos pessoais também aumentaram significativamente. “A satisfação com o tempo livre aumentou consideravelmente e os trabalhadores relataram maior satisfação com várias áreas de suas vidas, incluindo relacionamentos pessoais, situação financeira e trabalho atual. Esses benefícios foram observados tanto em homens quanto em mulheres, mas com um efeito quantitativo maior entre as mulheres”, apontou o relatório.

A experiência foi tão bem-sucedida que 93% dos funcionários das empresas participantes gostariam que a semana de quatro dias continuasse. Apenas quatro companhias decidiram voltar ao modelo tradicional de cinco dias. Este resultado levou o primeiro-ministro Luís Montenegro a considerar a adoção da semana de quatro dias na administração pública, embora com algumas ressalvas. “A questão de o fazermos na administração pública é uma boa questão. É uma questão que eu não vou conseguir responder já, mas também lhe vou dizer que não excluo, talvez com a manutenção da carga horária semanal”, declarou Montenegro no Parlamento.

Outro destaque é a valorização do modelo pelos trabalhadores com salários e qualificações mais baixas, desafiando a ideia de que essa prática seria destinada apenas a uma elite altamente qualificada. A redução marginal de trabalhadores com uma segunda atividade e a diminuição dos níveis de estresse e exaustão foram notáveis, com 65% dos participantes afirmando ter passado mais tempo com a família.

Considerações sobre a igualdade de gênero

Apesar dos resultados promissores, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, considera “cedo” para avançar na semana de quatro dias e alerta para possíveis efeitos indiretos do modelo na igualdade de gênero. “Temos uma repartição dos papéis sociais em Portugal muito tradicional e, portanto, a mulher continua a ser quem mais tem as responsabilidades familiares. É preciso medidas que promovam uma maior equidade e não que contribuam para aumentar essas responsabilidades de forma desequilibrada sobre as mães”, afirmou a ministra.

O projeto-piloto, que começou em junho de 2023, envolveu várias mudanças organizacionais nas empresas participantes, como a diminuição da duração de reuniões e a criação de blocos de trabalho para garantir que a redução da jornada não interferisse nas entregas semanais. A jornada de quatro dias, conhecida como 100-80-100 (100% do salário, 80% do tempo e 100% da produtividade), mostrou que funcionários mais descansados trabalham melhor e com mais criatividade.

Próximos passos

Com a conclusão do projeto-piloto, o coordenador Pedro Gomes e sua equipe planejam disponibilizar um kit de iniciação (ou starter pack) para empresas interessadas em testar o modelo. Este material, que inclui sessões gravadas e outros recursos, será disponibilizado a partir do último trimestre deste ano.

Além disso, está em estudo uma possível parceria com o Instituto Nacional de Estatística (INE) para continuar a investigação acadêmica “visando uma análise mais detalhada e de longo prazo dos efeitos da semana de quatro dias”. Apesar dos resultados positivos, Gomes alerta que as empresas participantes não são representativas do mercado português como um todo, por isso, é importante incentivar as diferentes organizações a irem testando este formato, afirma o relatório final, “especialmente as grandes empresas”.

Principais dados do projeto-piloto

Empresas:

  • 41 empresas participantes
  • 12 distritos representados
  • 56% das líderes mulheres
  • Setores de Consultoria, Ciência e Tecnologia em destaque
  • 52,5% das empresas optaram por 36 horas semanais
  • 52,4% das empresas manterão o modelo de semana de quatro dias
  • As empresas participantes avaliaram positivamente o projeto, destacando o profissionalismo da equipe e a importância do projeto no contexto das relações laborais em Portugal

Trabalhadores:

  • 332 trabalhadores no grupo experimental
  • 160 trabalhadores mo grupo de controle
  • 67% do sexo feminino
  • 55% com menos de 40 anos
  • 79% com ensino superior, mestrado ou doutorado
  • Redução da jornada de 41,6 para 36,5 horas semanais
  • Melhorias na saúde mental e física
  • Evidente redução da exaustão e desgaste
  • Melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
  • 93% dos trabalhadores desejam continuar com o novo formato

Para ler a íntegra do relatório, clique aqui.
Para ver o infografico do projeto, clique aqui.

VERMELHO

https://vermelho.org.br/2024/07/01/empresas-portuguesas-adotam-semana-de-quatro-dias-e-colhem-beneficios/

“Quem continuar especulando vai perder de novo”, diz Padilha em dia de alta do dólar

Portabilidade gratuita de dívidas do cartão de crédito começa nesta segunda (1º)

Medida permite aos titulares de cartão de crédito transferir o saldo devedor de sua fatura para uma instituição financeira que ofereça melhores condições de renegociação

por Redação

Como forma de possibilitar a redução do endividamento dos consumidores brasileiros, entra em vigor nesta segunda-feira (1º), resolução do Conselho Monetário Nacional que permite aos portadores de cartão de crédito transferir o saldo devedor de sua fatura para uma instituição financeira que ofereça melhores condições de renegociação.

A resolução — aprovada em dezembro do ano passado — é a mesma que, desde janeiro, limitou os juros do rotativo do cartão de crédito a 100% da dívida.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), em maio, o endividamento atingiu 78,8% das famílias brasileiras. O percentual de famílias que se consideram muito endividadas chegou a 17,8%.

Entre os fatores de endividamento das famílias destacam-se o cartão de crédito, (86,9% dos casos), os carnês (16,2%) e o crédito pessoal (9,8%).

Como funciona

A portabilidade também vale para os demais instrumentos de pagamento pós-pagos, modalidades nas quais os recursos são depositados para pagamento de débitos já assumidos.

A proposta da instituição financeira deve ser realizada por meio de uma operação de crédito consolidada (que reestruture a dívida acumulada). Além disso, a portabilidade terá de ser feita de forma gratuita.

Caso a instituição credora original faça uma contraproposta ao devedor, a operação de crédito consolidada deverá ter o mesmo prazo do refinanciamento da instituição proponente. Segundo o Banco Central (BC), a igualdade de prazos permitirá a comparação dos custos.

Transparência nas faturas

Outra medida tomada pelo CMN diz respeito à melhor compreensão do consumidor a respeito das faturas, que deverão ficar mais transparentes. A partir de hoje, esses demonstrativos deverão trazer uma área de destaque, com as informações essenciais, como valor total da fatura, data de vencimento da fatura do período vigente e limite total de crédito.

Além disso, deverão ter uma área em que sejam oferecidas opções de pagamento, na qual deverá constar apenas essas informações: valor do pagamento mínimo obrigatório; valor dos encargos a serem cobrados no período seguinte no caso de pagamento mínimo; opções de financiamento do saldo devedor da fatura, apresentadas na ordem do menor para o maior valor total a pagar; taxas efetivas de juros mensal e anual; e Custo Efetivo Total (CET) das operações de crédito.

Por fim, as faturas terão uma área com informações complementares. Nesse campo, devem estar informações como lançamentos na conta de pagamento; identificação das operações de crédito contratadas; juros e encargos cobrados no período vigente; valor total de juros e encargos financeiros cobrados referentes às operações de crédito contratadas; identificação das tarifas cobradas; e limites individuais para cada tipo de operação, entre outros dados.

Outra novidade é que as instituições financeiras também ficam obrigadas a enviar ao titular do cartão a data de vencimento da fatura por e-mail ou mensagem em algum canal de atendimento, com pelo menos dois dias de antecedência.

Desenrola

Também visando reduzir o endividamento da população, o governo federal lançou o programa Desenrola Brasil. Encerrada no final de maio, a medida beneficiou 15 milhões de pessoas com a negociação de R$ 53 bilhões em dívidas, segundo o governo.

O balanço final mostra que o programa reduziu em 8,7% a inadimplência entre a população mais vulnerável do País, que era o público prioritário, a chamada Faixa 1, formada por pessoas com renda de até dois salários mínimos ou inscritas no CadÚnico.

Com agências

(PL)

VERMELHO

https://vermelho.org.br/2024/07/01/portabilidade-gratuita-de-dividas-do-cartao-de-credito-comeca-nesta-segunda-1o/