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Faltando pouco mais de cinco meses para as eleições de outubro, o cenário da disputa pela prefeitura de Curitiba está praticamente definido, pelo menos em relação aos candidatos com maiores chances na corrida sucessória na Capital. Líderes das pesquisas de intenção de voto, o ex-deputado federal Gustavo Fruet (PDT), o deputado federal Ratinho Júnior (PSC) e o atual prefeito Luciano Ducci (PSB) devem intensificar, a partir de agora, a disputa por apoio para as alianças que serão fechadas até junho, quando acontecem as convenções partidárias.

Fruet viverá uma semana decisiva. Na sexta-feira e no sábado, acontece o encontro municipal do PT no qual 300 delegados vão definir se o partido vai apoiá-lo, ou lançará candidato próprio. O grupo pró-aliança, que inclui a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e seu marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, elegeu 171 delegados, contra 129 da ala que defende a candidatura própria. Disputam a indicação de candidato petista, o deputado federal Dr Rosinha e o deputado estadual Tadeu Veneri.

Caso o encontro confirme a vitória da ala pró-aliança, o pré-candidato do PDT garante tempo na propaganda eleitoral no rádio e na televisão, e apoio político para suas pretensões. Fruet, porém, terá que enfrentar a missão de atrair o apoio de fato de quase metade dos petistas curitibanos, que preferiam a candidatura própria.

Na avaliação de lideranças da legenda, será difícil para ele conseguir o engajamento da base da militância do PT, diante do histórico político recente. O ex-deputado deixou o PSDB no ano passado, por falta de espaço para sua candidatura. E ficou conhecido nacionalmente com um dos principais líderes da oposição ao governo Lula por sua atuação na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigação do escândalo do “mensalão”.

A participação do próprio ex-presidente, apontado nas pesquisas como a liderança de maior potencial de transferência de voto na Capital, na campanha de Fruet, é visto como dúvida. A interlocutores, Lula teria dito recentemente que só decidiria seu engajamento na candidatura do ex-opositor depois de conversar com ele sobre uma eventual “revisão” de sua postura sobre o governo petista e o caso do “mensalão”. Fruet, porém, tem dito que não mudou de posição nem pretende rever qualquer opinião sobre o caso, o que pode ser um empecilho para a aproximação com o PT.

Já Ratinho Júnior garantiu até agora apoios do PR e do PT do B, o que também lhe daria um tempo mínimo necessário na propaganda eleitoral de rádio e televisão para uma candidatura competitiva. O parlamentar do PSC negocia ainda a adesão do PV à sua chapa, oferecendo aos “verdes” a indicação de candidato a vice-prefeito.

O atual prefeito Luciano Ducci (PSB) também está na disputa pelo apoio do PV, mas ao invés da vice, ofereceu, por enquanto, espaço em uma eventual futura administração à legenda. Um dos desafios de Ducci será justamente definir o vice, que pode sair do PSDB do governador Beto Richa, ou de outro partido aliado, como o PP e o DEM.

Entre os tucanos, estão cotados os nomes do deputado federal Fernando Francischini, do deputado estadual Mauro Moraes, e o presidente da Sanepar, Fernando Ghignone. Entre os demais partidos, os deputados estaduais Ney Leprevost (PP) e Osmar Bertoldi (DEM) completam a lista.

“Fogo amigo” – Ducci sonha ainda com o apoio formal do PMDB, que também pode ficar com a vice do atual prefeito. A principal dúvida do quadro de candidatos é sobre a sobrevivência ou não do ex-prefeito Rafael Greca (PMDB) na disputa. Greca foi lançado com o apoio do senador e presidente do PMDB curitibano, Roberto Requião, mas vem sofrendo pesados ataques por parte da bancada peemedebista na Assembleia Legislativa, que não esconde a intenção de levar a sigla para a chapa de Ducci.

Na semana passada, em encontro com o prefeito em Brasília, Requião reafirmou seu compromisso com Greca, mas deixou aberta a possibilidade de que Ducci negociasse com um acordo com o próprio pré-candidato. O gesto foi interpretado como um sinal de que o próprio Requião pode abandonar Greca.

Entre os partidos de maior expressão, o PPS lançou a pré-candidatura da vereadora Renata Bueno à prefeitura. Outras legendas que devem disputar com candidatos próprios são o PSTU, e o PSol.