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Em Londrina, 460 pesquisadores estarão nas ruas para descobrir quantos somos e, principalmente, quem somos

Começa hoje a pesquisa nacional do Censo 2010, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a cada dez anos. Em Londrina, 460 recenseadores saem às ruas para, mais do que saber quantos são os londrinenses, descobrir quem são – qual seu rendimento, o tamanho da família, sua religião, escolaridade, como mora, entre vários outros itens.

O prazo nacional para conclusão do Censo 2010 é 30 de novembro, mas a coordenadora de área do IBGE, Ângela Maria Barbosa, acredita que os trabalhos estejam concluídos até outubro. “A participação da população é de extrema importância. Precisamos descobrir quantos somos, como vivemos. O questionário é bem específico neste tópico, vamos abordar questões como trabalho, rendimentos, educação, migrações, emigrações, entre outros temas”, disse em entrevista do Núcleo de Comunicação da Prefeitura.

O primeiro a responder o questionário em Londrina será o prefeito Barbosa Neto. O procedimento tem sido o padrão adotado pelo IBGE em seus recenseamentos para incentivar a população a colaborar com os pesquisadores.

Para o censo, Londrina foi dividida em 730 setores. Cada um com média de 250 a 400 domicílios. Neste ano, os pesquisadores irão utilizar o PDA, um minicomputador de mão, o que deve dar maior rapidez ao levantamento e à análise dos dados. Serão aplicados dois questionários. Um básico com 17 perguntas e outro por amostra com 125 questões. Esse é aplicado em 5% dos domicílios, em cidades com mais de 500 mil habitantes.

Segundo o coordenador de subárea do Censo 2010 em Londrina, Osmar Henrique de Oliveira, para responder o questionário básico, a pessoa deve levar 5 minutos. Já o por amostra, cerca de 1 hora. Os pesquisadores do IBGE devem enfrentar resistências de alguns moradores diante de perguntas mais pessoais. “Normalmente, quando perguntamos sobre a renda da pessoa, elas temem que a informação seja passada para Receita Federal. Deixamos bem claro que isso não ocorre”, explicou Oliveira em entrevista anterior ao JL. Outro fator que pode causar confusão é o fato de este ser um ano eleitoral. Algumas pessoas temem que os dados sejam utilizadas para outros fins. “Deixamos claro que essas perguntas serão utilizadas apenas na pesquisa, como estatística, e se revertem para orientar o governo para desenvolver políticas nas áreas de educação, saúde, transporte e outros setores. Mostramos que ao responder corretamente as perguntas, elas se reverterão em benefícios para a própria população”, declarou.