NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

O deputado petista Arlindo Chinaglia (SP) renunciou no final da tarde desta terça-feira (14) à disputa pela presidência da Câmara e anunciou apoio ao vice-presidente da Câmara, Marco Maia (RS), que afirmou, no início da noite desta terça-feira, que sua candidatura está consolidada com cerca de 52 votos dos 88 deputados votantes.

Logo depois, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) desistiu da disputa pela presidência da Casa. O anúncio oficial será feito ainda na noite desta terça-feira, na reunião da bancada petista.

Um dos aliados de Vaccarezza, ao sair da reunião na liderança do governo, disse que na contagem dos votos chegou-se a conclusão que “não tem mais como virar”. Os aliados debitam a derrota ao fato de o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) ter sido retirado da corrente petista Democracia Socialista DF, que em represália, decidiu apoiar Marco Maia.

Para atender o pleito dos governadores Jaques Wagner (BA) e Marcelo Deda (SE), Dilma convidou a engenheira agrônoma Lúcia Falcón para assumir a pasta. Lúcia é secretaria de planejamento de Sergipe.

– A confusão começou com o paulistério, depois foi para o minastério é quando chegou no nordestério, a DS perdeu o MDA e deu no que deu – disse um interlocutor.

Mais cedo, Arlindo Chinaglia avaliou que Maia ganharia a disputa interna no PT do líder do governo, Cândido Vaccarezza (SP) por 50 votos contra 30. Os petistas ainda tentariam um acordo para evitar que o candidato fosse escolhido pelo voto dos 88 deputados petistas da futura legislatura.

“O Marco Maia já conversou com Vaccarezza,
mas trabalha mais com a hipótese
da decisão ser decidida no voto”

Chinaglia disse que as correntes que o apoiavam se reuniram na tarde desta terça-feira e analisaram a situação política. A conclusão é que o candidato teria que ter trânsito em todas as correntes petistas. Na avaliação de Chinaglia, ele teria 20 votos e iria com certeza para o segundo turno, mas correndo o risco de perder para Vaccarezza.

– O Marco Maia já conversou com Vaccarezza, mas trabalha mais com a hipótese da decisão ser decidida no voto – disse Chinaglia.

Ainda segundo Chinaglia, outro ponto que pesou na decisão de renunciar foi ter a garantia de apoio da corrente CNB para eleição de Paulo Teixeira (SP) como líder do partido. Também concorre ao cargo de líder do partido José Nobre Guimarães (CE), irmão de José Genuíno (SP).

A reunião do PT estava marcada inicialmente para a manhã desta terça-feira, foi transferida para às 15h e depois adida para às 17h.

Questionado se não teria o apoio da presidente eleita, Dilma Rousseff, que estaria contando com a eleição de Vaccarezza, Marco Maia respondeu que é preciso perguntar a Dilma quem ela apoia. (Fonte: O Globo)