NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

Muito diferente do apurado no País, as vendas do comércio no Paraná tiveram um crescimento de 6% em outubro em relação ao mesmo mês do ano passado. No ano, o Estado acumula alta de 5,9%. Enquanto isso, o varejo brasileiro cresceu 4,3% em outubro comparado com o mesmo mês do ano anterior, mas ficou estagnado – 0% – em outubro deste ano na comparação com setembro. 
 
De janeiro a outubro, houve elevação de 6,7% e, nos últimos 12 meses terminados em outubro, o crescimento foi de 7,3%. 
O economista da Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio) e professor da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Vamberto Santana, disse que o resultado do Paraná teve influência de fatores como o aumento do nível de emprego e da renda, o que eleva, consequentemente, a demanda do comércio varejista. 
Santana destacou que a valorização do dólar também incentiva as exportações, o que gera mais empregos e traz reflexos para o comércio. Além disso, ele apontou o bom desempenho da construção civil. 
O economista previu que as vendas do comércio fechem o ano com um crescimento entre 5% e 6%. Para ele, a redução do IPI da linha branca e o 13º salário devem trazer resultados positivos para as vendas de dezembro. 
O setor com melhor desempenho no Paraná em outubro foi o de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação que registrou crescimento de 26,3%. Para Santana, isso é reflexo do contínuo processo de inovação dos itens de informática. Além disso, segundo ele, a classe C vem adquirindo cada vez mais produtos deste setor com a compra de computadores e material de informática. 
O segundo setor que mais cresceu foi de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com elevação de 14,9% nas vendas. Para ele, este resultado é reflexo dos preços mais acessíveis dos medicamentos genéricos e da melhora da renda, que permite o consumo de mais produtos de maquiagem e perfumaria. 
O segmento de móveis e eletrodomésticos teve o terceiro melhor resultado com crescimento de 14,8%. Santana explicou que houve ampliação do número de pessoas que estão mobiliando imóveis novos. Material de construção também teve crescimento significativo com alta de 9,5%. 
Hiper e supermercados cresceram 3,5%, acima da média nacional de 2,3%. O presidente da Associação Paranaense de Supermercados (Apras), Joanir Zonta, acredita que o resultado estadual está associado ao aumento do poder aquisitivo da população e à boa safra que o Paraná teve neste ano. Para o fechamento de 2011, ele espera um crescimento real de vendas do setor de supermercados no Estado de 4,5% a 5%. 
Em outubro, o pior desempenho no Paraná foi do setor de veículos e motos, partes e peças que registrou queda de 6,4%. Santana explicou que em outubro de 2010 o mercado estava mais aquecido, havia mais promoções e a demanda de clientes era maior. 
Combustíveis e lubrificantes também tiveram resultado negativo e fecharam outubro com queda de 2,9% no Paraná. O comércio varejista ampliado – veículos e motos e material de construção – cresceu 1,6% em outubro no Paraná, 7,3% de janeiro a outubro e 8,8% nos últimos 12 meses.