NOVA CENTRAL SINDICAL
DE TRABALHADORES
DO ESTADO DO PARANÁ

UNICIDADE
DESENVOLVIMENTO
JUSTIÇA SOCIAL

O deficit habitacional do Brasil é de 5,8 milhões de moradias. Produzir casas é mais que necessário – é urgente. Mas os desafios da construção civil vão além: arquitetos e engenheiros são responsáveis por erguer o futuro do País, desde a simples residência até hidrelétricas como Belo Monte.

Quando tinha 12 anos, Candido Malta queria ser agrônomo. A chegada de um amigo da Itália fez o menino mudar de ideia. “Ele disse que eu sabia desenhar muito bem e que deveria ser arquiteto“. Foi o que fez: em 1955, ingressou no curso da Universidade de São Paulo.

Naquela época, havia pouca preocupação com a questão ambiental. Com 74 anos de idade e 52 de carreira, Malta explicou que agora o negócio é outro. “Hoje o arquiteto tem de ser um ambientalista. Precisa pensar que impactos seu projeto trará ao ambiente.”

Malta é conhecido por suas idéias revolucionárias da paisagem urbana, tais como a construção de prédios-ponte sobre os rios. Muitas delas o profissional trouxe de suas viagens ao exterior. “Para quem trabalha no Brasil, um país em desenvolvimento, é importante visitar países desenvolvidos”, garantiu. O arquiteto fez mestrado na Califórnia e voltou recentemente de viagem de trabalho à Rússia.

Aliás, aprender outros idiomas também é fundamental na carreira. “Falo espanhol, inglês e francês”, disse Malta. 

SUSTENTÁVEL

O futuro da construção civil está mesmo na questão ambiental. O especialista em planejamento e gestão de construções sustentáveis Ailton Pinto, 51, se preocupa com o tema desde os anos 1970, quando se tornou professor do curso de Engenharia Civil da FEI.

Nesta época, os canteiros tinham mão de obra barata e muito desperdício. “Na década de 1990, a construção civil percebeu que reduzir as perdas aumentava os lucros. Além disso, começou a treinar os profissionais para otimizar o trabalho.”

Para Ailton, as novas tecnologias ajudam a reduzir os impactos ambientais. “Por isso o engenheiro precisa de atualização constante”. O esforço compensa: um especialista em construções sustentáveis ganha salário inicial de R$ 5.000 a R$ 7.000. 

TRANSPORTE

Os desafios do profissional não param na construção de edifícios. Afinal, a área de transportes também precisa de engenheiros civis.

Antonio Benedito Rossitto, 52, é um deles. Começou aos 14 como aprendiz de almoxarifado em uma empresa ligada ao transporte ferroviário. Aos 16, após se formar em desenho técnico, passou para a área de projetos. “A engenharia civil tem diversidade enorme de atuação. No meu caso, voltei-me para obras de infra e superestrutura ferroviária.”

Para Rossitto, o transporte de passageiros em uma região metropolitana como a nossa assusta qualquer especialista no assunto. A necessidade de aumentar a oferta para a população em crescimento e oferecer transporte em condições de conforto, regularidade, confiabilidade e outros atributos de qualidade são desafios constantes do profissional que se aventura nesta área. “É preciso estar disposto a pesquisar muito, inclusive os modelos de ferrovias internacionais.”

Para quem quer fazer engenharia ou arquitetura, o mercado está aquecido, mas é preciso ter vontade de estudar e se atualizar. Você está pronto para o desafio?

MULHERES GANHAM DESTAQUE NO CANTEIRO 

O pedreiro autodidata, aquele que aprendeu a profissão nos canteiros de obras, vem sendo substituído pelo profissional especializado nas grandes construções. E não pense que a profissão é exclusivamente masculina: as mulheres começaram a explorar o mercado, e obtêm sucesso na área.

É o caso de Sônia Ribeiro da Silva Souza, 43 anos. Ela fez o curso de pedreira oferecido pela Prefeitura de São Bernardo por meio do programa Mulheres Construindo Autonomia, convênio com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, do governo federal. Há dois meses trabalha no canteiro de obras de um grande supermercado na Avenida Senador Vergueiro. “Logo que me formei consegui emprego, e com carteira assinada”, comemorou.

Sônia transferiu a habilidade manual que utilizava como esteticista e massagista para o canteiro de obras. “Meu marido é pedreiro e falava que eu não ia aguentar o serviço pesado. Mas o que vale é a experiência e a força de vontade”, garantiu.

A especialização deu a Sônia a oportunidade de ampliar os ganhos da família. “Recebo salário de R$ 2.000 por mês. E olha que acabei de começar.”

Até o relacionamento com o marido melhorou depois que ela começou a atuar na profissão que escolheu. “Ele diz para todos os colegas que a esposa é pedreira, e com orgulho.”

No trabalho, são quatro mulheres para 300 homens. No entanto, Sônia afirmou que o clima é de respeito. “A partir do momento em que vestimos o uniforme, somos iguais e temos o mesmo objetivo”, concluiu.

O deficit habitacional do Brasil é de 5,8 milhões de moradias. Produzir casas é mais que necessário – é urgente. Mas os desafios da construção civil vão além: arquitetos e engenheiros são responsáveis por erguer o futuro do País, desde a simples residência até hidrelétricas como Belo Monte.

Quando tinha 12 anos, Candido Malta queria ser agrônomo. A chegada de um amigo da Itália fez o menino mudar de ideia. “Ele disse que eu sabia desenhar muito bem e que deveria ser arquiteto“. Foi o que fez: em 1955, ingressou no curso da Universidade de São Paulo.

Naquela época, havia pouca preocupação com a questão ambiental. Com 74 anos de idade e 52 de carreira, Malta explicou que agora o negócio é outro. “Hoje o arquiteto tem de ser um ambientalista. Precisa pensar que impactos seu projeto trará ao ambiente.”

Malta é conhecido por suas idéias revolucionárias da paisagem urbana, tais como a construção de prédios-ponte sobre os rios. Muitas delas o profissional trouxe de suas viagens ao exterior. “Para quem trabalha no Brasil, um país em desenvolvimento, é importante visitar países desenvolvidos”, garantiu. O arquiteto fez mestrado na Califórnia e voltou recentemente de viagem de trabalho à Rússia.

Aliás, aprender outros idiomas também é fundamental na carreira. “Falo espanhol, inglês e francês”, disse Malta. 

SUSTENTÁVEL

O futuro da construção civil está mesmo na questão ambiental. O especialista em planejamento e gestão de construções sustentáveis Ailton Pinto, 51, se preocupa com o tema desde os anos 1970, quando se tornou professor do curso de Engenharia Civil da FEI.

Nesta época, os canteiros tinham mão de obra barata e muito desperdício. “Na década de 1990, a construção civil percebeu que reduzir as perdas aumentava os lucros. Além disso, começou a treinar os profissionais para otimizar o trabalho.”

Para Ailton, as novas tecnologias ajudam a reduzir os impactos ambientais. “Por isso o engenheiro precisa de atualização constante”. O esforço compensa: um especialista em construções sustentáveis ganha salário inicial de R$ 5.000 a R$ 7.000. 

TRANSPORTE

Os desafios do profissional não param na construção de edifícios. Afinal, a área de transportes também precisa de engenheiros civis.

Antonio Benedito Rossitto, 52, é um deles. Começou aos 14 como aprendiz de almoxarifado em uma empresa ligada ao transporte ferroviário. Aos 16, após se formar em desenho técnico, passou para a área de projetos. “A engenharia civil tem diversidade enorme de atuação. No meu caso, voltei-me para obras de infra e superestrutura ferroviária.”

Para Rossitto, o transporte de passageiros em uma região metropolitana como a nossa assusta qualquer especialista no assunto. A necessidade de aumentar a oferta para a população em crescimento e oferecer transporte em condições de conforto, regularidade, confiabilidade e outros atributos de qualidade são desafios constantes do profissional que se aventura nesta área. “É preciso estar disposto a pesquisar muito, inclusive os modelos de ferrovias internacionais.”

Para quem quer fazer engenharia ou arquitetura, o mercado está aquecido, mas é preciso ter vontade de estudar e se atualizar. Você está pronto para o desafio?

MULHERES GANHAM DESTAQUE NO CANTEIRO 

O pedreiro autodidata, aquele que aprendeu a profissão nos canteiros de obras, vem sendo substituído pelo profissional especializado nas grandes construções. E não pense que a profissão é exclusivamente masculina: as mulheres começaram a explorar o mercado, e obtêm sucesso na área.

É o caso de Sônia Ribeiro da Silva Souza, 43 anos. Ela fez o curso de pedreira oferecido pela Prefeitura de São Bernardo por meio do programa Mulheres Construindo Autonomia, convênio com a Secretaria de Políticas para as Mulheres, do governo federal. Há dois meses trabalha no canteiro de obras de um grande supermercado na Avenida Senador Vergueiro. “Logo que me formei consegui emprego, e com carteira assinada”, comemorou.

Sônia transferiu a habilidade manual que utilizava como esteticista e massagista para o canteiro de obras. “Meu marido é pedreiro e falava que eu não ia aguentar o serviço pesado. Mas o que vale é a experiência e a força de vontade”, garantiu.

A especialização deu a Sônia a oportunidade de ampliar os ganhos da família. “Recebo salário de R$ 2.000 por mês. E olha que acabei de começar.”

Até o relacionamento com o marido melhorou depois que ela começou a atuar na profissão que escolheu. “Ele diz para todos os colegas que a esposa é pedreira, e com orgulho.”

No trabalho, são quatro mulheres para 300 homens. No entanto, Sônia afirmou que o clima é de respeito. “A partir do momento em que vestimos o uniforme, somos iguais e temos o mesmo objetivo”, concluiu.