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Setor deve puxar o crescimento do País, seguindo à frente do Produto Iterno Bruto em 2011 e 2012
Curitiba – Apesar de sentir efeitos das medidas de contenção do consumo adotadas pelo governo federal no primeiro semestre, a construção civil brasileira deve seguir à frente do PIB em 2011 e 2012. No Paraná, o setor vai crescer 4,8% em 2011, índice que ficará acima do Produto Interno Bruto (PIB) nacional, previsto pelo Ministério da Fazenda para terminar o ano em 4%. A informação faz parte do balanço anual do Sindicato das Indústrias da Construção do Estado do Paraná (Sinduscon-PR) apresentado ontem de manhã em Curitiba. 
O Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 4,8% vale para todo o Brasil e não apenas para o Paraná – o VAB é conhecido como o PIB da Construção Civil. Para 2012, esse índice deverá continuar subindo, podendo chegar a 5,2%, pois segundo o presidente do Sinduscon-PR, Normando Baú, o ”crescimento do setor é cem por cento sustentável”, pois não depende de capital externo e conta com financiamentos para grandes obras de infra-estrutura, como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Minha Casa, Minha Vida. 
Na avaliação do Sinduscon-PR, o otimismo encontra respaldo no fato de que essas grandes obras de infraestrutura ainda não começaram, como é o caso da construção do metrô e das reformas do estádio do Atlético para a Copa de 2014 e do Aeroporto Afonso Pena, todos na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Além disso, a união de alguns fatores contribuem para o crescimento do setor: boa oferta de emprego, crédito fácil e renda em alta. 
A preços correntes, o VAB da Construção Civil alcançou em 2010, em todo o Brasil, R$ 165 bilhões, um aumento de 278% desde 2001. Os empregos também continuaram em ascendência este ano, sendo que o índice de contratações na capital paranaense ficou acima da média nacional e estadual (veja nesta página). 
A contratação de mão de obra qualificada é a grande dificuldade do setor. Para o presidente do Sinduscon/PR, para o ano que vem haverá serviço no setor da construção civil para contratação superior a 10% em relação ao ano passado. ”Mão de obra para carregar saco de cimento nas costas não falta. Mas a indústria da construção civil não é mais feita assim”, comenta Normando Baú, em referência aos avanços tecnológicos que marcam o dia a dia do trabalho nos canteiros de obra.